Há os que lutam uma vez e são
importantes.
Os que lutam muitas vezes e são
fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses
são imprescindíveis.
Brecht
Em breve estaremos exercendo nosso
direito universal ao voto para elegermos nossos representantes nas esferas do
legislativo e do executivo estadual e federal. Como sempre, os brasileiros dão
muito valor à discussão em torno dos candidatos à presidência e pouco ou quase
nenhum valor aos candidatos ao poder legislativo.
Mesmo assim, nas últimas eleições a
discussão prende-se quase que totalmente ao fator ideológico, numa volta aos
tempos do Macarthismo (Na década de 1950, houve nos Estados Unidos da América uma
política intensa anticomunista. O senador norte-americano Joseph McCarthy
instituiu uma campanha de perseguição aos comunistas em território
estadunidense que ficou conhecida como macarthismo).
Não se discute planos de governo,
propostas para Educação, Saúde, Segurança, Habitação e Saneamento Básico, nem
questões importantes como política econômica, redução de impostos,
desenvolvimento sustentável, redução do desemprego, etc.
Muitos eleitores nem sabem por que vão
votar num determinado candidato, exceto que ele é contrário ao partido que ele
“odeia”. A discussão nas redes sociais se apequena, busca-se agredir aqueles
que “ousam” não concordar com opiniões pouco abalizadas de quem está postando
determinados assuntos ligados ao seu candidato ou partido preferido.
Existe segundo o IFC – Instituto de
Fiscalização e Controle do DF, uma teoria que é muito simples e deveria ser
seguida por todos os eleitores para resolver o problema da corrupção em nosso
país que é -
Município
Limpo, País Limpo!
Ou seja, devemos priorizar a escolha através do
Voto Consciente nos Vereadores, Prefeito, Deputados Estaduais, Federais,
Senadores, para depois então, buscar a escolha certa para os candidatos a
Governador e Presidente da República, seguindo esta ordem.
Pois é no município que vivemos, onde temos o
direito de usar escolas, hospitais, ter segurança e poder cobrar diretamente
com mais facilidade os vereadores e o prefeito da nossa cidade. Se os recursos
nos municípios forem usados com honestidade será um passo importante para que tenhamos menos desvios e corrupção.
Claro que, para isso funcionar é preciso que o
cidadão entenda que não basta votar, é preciso fiscalizar, cobrar, acompanhar
durante quatro anos os mandatos dos eleitos. Independente de seu candidato ter ou não sido
eleito, é nosso dever cobrar e fiscalizar a todos do poder legislativo e
executivo.
Ao fazermos isso estaremos cuidando dos nossos
próprios recursos, oriundos dos impostos que
recolhemos direta e indiretamente às três instâncias de poder. Você não olha
seu extrato bancário ou o boletim escolar de seu filho uma vez
a cada quatro anos. Portanto, não deve fazer o mesmo com relação aos políticos
eleitos, cobrando-os sistematicamente por e-mail, carta, telefone, de forma a
deixar claro que nós somos os únicos para quem eles devem prestar contas.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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