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24 de setembro de 2018

A educação agoniza na UTI de um hospital em obras!

Educai as crianças, para que não
seja necessário punir os adultos.

Quem vaticinou anos atrás que o Brasil seria o “País do futuro”, de tanto esperar em vão deve ter cometido suicídio. Principalmente ao notar que em pleno Século XXI o nosso país está muito distante da realização de sua profecia.
O futuro do Brasil está pendurado nas mãos nem sempre hábeis de políticos e partidos perversos, corruptos e sem alma, deixando seu maior patrimônio que é a sua gente sem qualquer cuidado e zelo.
Neste sentido nota-se que a educação e os educadores, cientistas, pesquisadores ficam em terceiro plano, jogados às traças sem qualquer reconhecimento, investimento e cuidado, mesmo sendo parte das mais importantes de uma Nação.
Não é difícil apurarmos o quão distante estamos do futuro em relação aos demais países do nosso planeta. O último apontamento do Instituto Nacional de Alfabetismo Funcional – INAF em 2018 apontou que três em cada dez brasileiros com idade entre 15 a 64 anos no País – 29% do total, o equivalente a cerca de 38 milhões de pessoas – são considerados analfabetos funcionais.
Esse grupo tem muita dificuldade de entender e se expressar por meio de letras e números em situações cotidianas, como fazer contas de uma pequena compra ou identificar as principais informações em um cartaz de vacinação. Há dez anos, a taxa de brasileiros nessa situação está estagnada, como mostram os dados do Indicador do Alfabetismo Funcional - INAF 2018.
Se considerarmos que temos 8% da população completamente analfabeta, teremos um quadro assustador onde quase cinquenta milhões de brasileiros não sabem ler e escrever ou são analfabetos funcionais.
O indicador tem como objetivo medir o quanto o brasileiro consegue entender e se fazer entendido em uma sociedade letrada. Infelizmente, estamos estagnados há muitos anos em patamar muito preocupante, diz Ana Lucia Lima, coordenadora do INAF.  
Com estes dados atuais e sem que tenhamos qualquer movimento por parte do governo federal e dos futuros candidatos à presidência em outubro próximo, como esperar uma revolução na educação e um futuro digno para nossa Nação?
Estamos caminhando celeremente para sermos o “País do Passado”, pois já tivemos educação de boa qualidade no ensino público, já tivemos bons professores bem remunerados e motivados, e agora vivemos uma época de incertezas rondando a educação pública nacional.
Não podemos perder a esperança, porém, caberá à sociedade mudar este estado de coisas que afetam e comprometem o futuro do nosso sistema educacional. Não podemos aceitar que alunos saiam do ciclo inicial sem a menor condição de progredir na sua vida escolar nem tampouco de integrar o mercado profissional que é cada dia mais exigente.
Esse quadro não pode simplesmente ser atribuído ao fato econômico de sermos uma Nação subdesenvolvida, pois países recém-saídos de uma guerra tiveram desempenhos muito maiores que os nossos, como a Coréia do Sul, por exemplo. É preciso um esforço gigantesco para que possamos enfim começar a caminhar na direção certa no que tange ao alcance de resultados satisfatórios no âmbito da educação.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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