Tem políticos que aspiram tornar-se Mickey
Mouse...
Ser tão encantador que as pessoas
esqueçam que eles são ratos.
Autor desconhecido
Começou neste dia 12 de maio de 2016,
o governo provisório de Michel Temer, denominado por seus homens de marketing
como “Governo da Salvação”, cujo logotipo é a bandeira nacional estilizada com
as palavras Ordem e Progresso.
A escolha de sua equipe de governo
deixou de lado mulheres, negros e foi recheada de velhos políticos da nossa
combalida escória partidária. Nenhuma surpresa, nem nomes oriundos da ciência,
das universidades, que pudessem dar um pouco mais de esperança ao povo
brasileiro.
Dentre os nomes do chamado “mais do
mesmo” da política rasteira do Brasil, Temer caprichou na busca por gente que
deve muito à justiça do nosso país. Isso sinaliza que nem as recentes prisões e
investigações assustam alguns políticos e partidos brasileiros. Dentre estes
chama a atenção os seguintes escolhidos por Temer e seus partidos aliados:
O novo ministro da Agricultura é
Blairo Borges Maggi (PP-MT) considerado pelos ambientalistas como um dos
maiores promotores do desmatamento e destruição da Floresta Amazônica.
Apelidado de Motosserra ele não tem escrúpulos e teve a coragem de criar o Programa
MT Legal, que visava estimular a regularização e legalização fundiária, algo
que obviamente não realizou.
É sua a famosa frase: "Para
mim, um aumento de 40% no desmatamento não significa nada; não sinto
a menor culpa pelo que estamos fazendo aqui. Estamos falando de uma área
maior que a Europa toda e
que foi muito pouco explorada. Não há razão para se preocupar”. Será esse
senhor que cuidará da política de agricultura do Brasil neste governo da
Salvação Nacional.
Outro nome emblemático da equipe de
Temer é o de seu Secretario de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), político
que assim como outros da equipe esteve nas gestões petistas de Lula ou Dilma.
Geddel ocupou o cargo de Ministro da Integração Nacional na segunda gestão de
Lula entre 2007 e 2010. Período em que privilegiou seu Estado natal com 90% (Noventa
por cento das verbas liberadas).
Por liberar essas verbas, Geddel foi
acusado de favorecimento, mas todas as acusações foram desmentidas pelo
presidente Lula. Que amigo hein? Em troca Lula se manteve distante do processo
eleitoral na Bahia.
Mas o grande desempenho de Geddel foi
no escândalo envolvendo os chamados "Anões do orçamento",
descoberto em 1993, em que parlamentares manipulavam emendas orçamentárias com
a criação de entidades sociais fantasmas ou participação de empreiteiras no
desvio de verbas.
O esquema era comandado pelo deputado
baiano José Alves, que ficou conhecido por afirmar ter ganhado 56 vezes na
loteria em 1993. Geddel era apoiado pelo político de João Alves e foi
responsável pela liberação de várias emendas para ele. Foi também acusado de
ter recebido verba de empreiteiras.
Outro ministro escolhido pelo governo
da Salvação Nacional foi Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do
Turismo, onde estava até poucas semanas atrás na gestão de Dilma Rousseff.
Henrique Alves teve seu nome envolvido
na Operação Lava Jato a partir
dos termos de colaboração do doleiro Alberto Youssef e passou
a ser investigado pelo MPF, estando presente na lista do PGR, conhecido popularmente como lista de
Janot.
Em 15 de dezembro de 2015, uma nova
fase da Lava Jato, batizada de Operação
Catilinárias,
o STF, através do ministro Teori Zavascki autorizou
buscas pela Polícia Federal na casa
de Henrique Alves. É mais um que a corrupção não cola e tem imunidade Mega
Blaster na esfera do STF e da Justiça. Assim como tantos outros delatados que
nunca foram ouvidos na PF, nem no STF.
Para não me alongar muito vou citar o
novo Ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab do PSD-SP.
Era aliado e braço direito do PT, mas de repente resolveu mudar e apoiar o
outro lado da força. Força que imediatamente após o impeachment lhe dá um
ministério para ocupar.
Kassab foi acusado de irregularidades
sobre a origem de seu patrimônio, que aumentou 316% acima da inflação (de R$
102 mil para R$ 985 mil), de 1994 a 1998, período em que exerceu o cargo de
deputado estadual e de secretário de planejamento do ex-prefeito de São Paulo,
Celso Pitta. Já o patrimônio declarado no ano de 2008 era de R$ 5.107.628,31.
Em 2004, a juíza Maria Gabriella Sacchi, da 11ª Vara da Fazenda Pública, determinou a quebra dos sigilos
bancários do então candidato a vice-prefeito na chapa de José Serra (PSDB), sob
a acusação de enriquecimento ilícito. Em 2005, o Conselho Superior do
Ministério Público de São Paulo confirmou arquivamento do inquérito de
enriquecimento ilícito contra o vice-prefeito.
Em 20 de fevereiro de 2010, o juiz da
1ª zona eleitoral de São Paulo, cassou os mandatos de Kassab e da vice-prefeita
Alda Marco Antônio por
entender como ilegais as doações feitas pela Associação Imobiliária Brasileira
(AIB), construtoras e Banco Itaú, mas, no
dia seguinte, garantiu a permanência do prefeito de São Paulo até o julgamento
final do processo de cassação de seu
mandato. As doações ilegais somariam dez milhões de reais. As empreiteiras
patrocinadoras teriam recebido 243 milhões de reais em contratos já pagos pela
prefeitura desde 2009.
Nota-se que as acusações são muitas e
as atuações da Justiça são sempre excessivamente benevolentes e imorais com
essa gente que usa seus cargos e poder político para se safar de penas de todo
tipo. Para que serve mesmo a Lei da Ficha Limpa?
No total são 13 investigados premiados
com o voto de confiança de Temer e a nomeação para um ministério da Salvação
nacional. Deus nos ajude e proteja!
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