“Somos uma
empresa, instituição de inteligência,
que em
qualquer época com ou sem crise,
terá lugar
assegurado. Os governos passam,
nós ficamos”. Júlio Bozano
Nos últimos anos a situação da saúde
pública tem ficado cada dia pior, muitos dizem que ela agoniza nos corredores
de seus próprios hospitais, porque não tem vaga em UTI para ela ficar.
Os gestores públicos (Governo e
Diretores de Unidades Hospitalares) ou por incompetência ou por má fé, não
conseguem de forma alguma melhorar a situação com criatividade,
profissionalismo e a aplicação de métodos que revolucionem a administração
hospitalar brasileira.
Sendo assim, não resta nada a não ser
sucumbir, ser sucateada e deixar milhões de brasileiros sem atendimento digno
em todos os cantos do nosso imenso país. Recursos existem, falta capacidade,
vontade política e fiscalização constante para que a situação caótica comece a
melhorar.
Temos percebido que algumas
nomenclaturas novas começaram a surgir nas médias e grandes cidades brasileiras
ultimamente. Em SP nota-se com frequência prefeitos e o governador usando essas
siglas para justificar o injustificável normalmente.
Começo com uma meia verdade. Chamar
alguns Hospitais e Unidades médicas de “Centro de Referência” é muitas vezes
uma mentira gigantesca. Eles existem é verdade, mas em número bem menor do que
supomos e gostaríamos de ver em nossas cidades.
Alguns destes centros de referência
são:
Saúde
da mulher – Campinas - Hospital
da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti (Caism/Unicamp).
Doenças
renais – São Paulo - Hospital do
Rim e Hipertensão
Há
dez anos, é o hospital que mais realiza transplante de rins no mundo.
Doenças
da Tireoide – São Paulo - Hospital Israelita
Albert Einstein.
Câncer
– São Paulo - Instituto do Câncer do Estado
de São Paulo Octávio Frias de Oliveira (Icesp)
Traumato-ortopedia
e reabilitação física – Rio de Janeiro Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into)
Alguns como podemos observar estão
longe do acesso da população mais carente e necessitada de cuidados médicos,
outros são exclusivos para abastados e políticos tão somente.
Além deles foram criadas algumas
unidades com as seguintes siglas. AMA –
Assistência Médica Ambulatorial, UPA – Unidade de Pronto Atendimento. Notem que
nos dois casos poderíamos dizer que nada mais são do que uma versão com siglas
do nosso antigo e bom Pronto Socorro.
Em Bauru – SP, estas unidades existem,
entretanto, nem sempre funcionam aos finais de semana por falta de médicos. Em
algumas cidades faltam equipamentos, medicamentos, profissionais de enfermagem,
etc.
Há 50 anos tínhamos basicamente as
Santas Casas, Prontos Socorros e os Hospitais e Maternidades. De lá para cá,
criaram siglas, nomes modernos, porém a saúde pública piorou e muito. As
gestões dos hospitais e das unidades de atendimento são vitimas dos péssimos
governos que temos e também das gestões fraudulentas de muitos de seus
diretores e funcionários.
Se nada for feito, logo o sistema
entrará em colapso total, pessoas vão morrer nas portas dos hospitais sem
conseguir sequer entrar na recepção dos mesmos. Infelizmente, isso já está de
certa forma acontecendo em alguns lugares do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário