Sou
contra a violência,
pois
quando parece fazer o bem,
o
bem é apenas temporário.
O
mal que causa é permanente.
Gandhi
Tempos atrás ainda sob o governo de
Lula, um grande plebiscito foi realizado no país para decidir sobre o
desarmamento da população. Infelizmente como tudo que os governantes fazem, foi
mais um ato de marketing político do que verdadeiramente uma ação com objetivos
claros para a redução da violência.
Com o passar dos tempos à ação provou-se
inócua, visto que tiraram as armas dos incautos e o país continua permitindo
que milhões consigam armas clandestinas, contrabandeadas e ou roubadas.
A violência ao contrário não foi
reduzida, aumentou e muito nos últimos anos, mantendo seu crescimento à custa
de milhares de vidas inocentes que morrem diariamente nas cidades brasileiras.
Entretanto, se a atitude de desarmar a
população é discutível em vários sentidos, visto que foi uma ação isolada e não
como parte de uma grande estratégia de efetivo combate a violência e ao crime
organizado, nas ruas temos hoje dois tipos de assassinos – Os criminosos comuns
e os cidadãos que matam mulheres, familiares, pessoas em brigas no trânsito,
etc.
A criminalidade continua crescendo
amparada pela impunidade que é à base da nossa Justiça, colaboram também a
falta de ações preventivas e um maior investimento em ciência e tecnologia de
ponta para nossas forças policiais. Enquanto isso, cidadãos comuns usam armas
de fogo para matar ex-namoradas, ex-mulheres, vizinhos e se envolver em brigas
de trânsito com final trágico.
A legislação existente é branda,
fraca, omissa e permite que tanto os criminosos quanto os cidadãos comuns
saibam de antemão que dificilmente serão condenados para ficar por muito tempo
em presídios fechados.
Não existe estatística disponível, mas
o número de pessoas que morrem no país vítimas de armas de fogo por motivo
fútil é similar a das mortes de civis em países em guerra. Qualquer
desentendimento nos dias atuais é motivo para que algum celerado saque sua arma
e “resolva” o problema matando o oponente.
Com isso mulheres, crianças e adultos
morrem vitimadas por projéteis disparados por armas com numeração raspada,
contrabandeadas ou simplesmente adquiridas no comércio paralelo, sem registro,
sem documentação e sem a prerrogativa de que vá servir para sua defesa própria.
Nossa gente diante de tanta impunidade
e de uma justiça lenta e confusa, jamais poderia ter acesso a armas de fogo. As
penas para os portadores de armas de fogo após o desarmamento deveriam ser de
20 anos, sem direito a fiança ou quaisquer outras prerrogativas das nossas leis
brandas.
Quem sabe assim, poderíamos ver
reduzir a quantidade de mortes estúpidas motivadas pelas drogas, alcoolismo,
desinteligências e ignorância crônica de uma parcela significativa da nossa
sociedade. Parcela que preteriu os bancos escolares e prefere viver nos bares,
botecos e inferninhos espalhados pelo território nacional.
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