“O
poder da observação cuidadosa é chamado
cinismo
por aqueles que não o possuem"
G. Shaw
Os empresários em geral reclamam muito e
sempre do governo com relação a economia instável do país, falta de
investimentos incentivos e principalmente pela obscena carga tributária que
incide sobre produtos e serviços no país. Porém, alguns, talvez a minoria, não
fazem o que pregam com relação a ética e a honestidade quando estão frente a
frente com o dilema do lucro fácil.
Muito são os produtos nas prateleiras
dos supermercados brasileiros, que independentemente de serem provenientes de
pequenas, médias ou grandes indústrias possuem alterações que levam o
consumidor ao erro e ao prejuízo. São manipulações em fórmulas, peso,
quantidade de nutrientes e informações que deveriam estar na embalagem e não
constam ou estão em letras tão pequenas que nem com uma lupa gigante o
consumidor consegue identificá-las.
Sem contar aqueles produtos que tem
sua embalagem alterada com a diminuição do seu peso liquido, mas mantendo o
mesmo preço do produto anterior com peso maior. Isso é golpe, é querer
ludibriar o consumidor para obter lucro fácil.
Recentemente o IDEC – Instituto de
Defesa do Consumidor divulgou que quase 10% dos produtos pesquisados por aquele
órgão estavam com variação incorreta de nutrientes. O sódio apontado nestes
produtos era inferior ou superior ao que realmente os produtos continham.
O número é significativo e mostra a
necessidade de se ampliar a fiscalização no setor, pois nos leva a deduzir que
se fazem isso com o sódio, com certeza o fazem com os demais ingredientes
(Calorias, Valor energético, Carboidratos, Gorduras saturadas, Gordura Trans,
Cálcio, Açúcar, etc.
Não é à toa que denúncias levaram a
fiscalização a encontrar recentemente produtos químicos no conteúdo de Leite
UHT Longa Vida no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Formol, e outras
sujeiras estavam no alimento que deveria nutrir crianças e adultos de forma
limpa e saudável.
Essa ganância de setores do
empresariado aliada a fraca fiscalização imposta pelos nossos governantes e
empresas criadas para esta finalidade fazem com que bandidos se aventurem no
meio para lucrar com golpes contra a saúde pública.
Na pesquisa recente do IDEC alguns
produtos continham mais de 40% de sódio em relação ao que informava o rótulo de
sua embalagem mentirosa. Na Salsicha Frigor Hans, por exemplo, foi identificada
uma quantidade de 66,3% maior de sódio do que informava o rótulo da sua embalagem.
Isso é crime e deveria ser punido com rigor absoluto sem perdão, pois leva o
consumidor contumaz a poder contrair doenças que o próprio governo tenta
reduzir para o bem da saúde pública.
Diferenças desta natureza comprometem
até um plano alimentar, pois as nutricionistas baseiam-se nas tabelas para
formar as dietas. O consumo exagerado de sal é considerado como fator de alto
risco para a hipertensão, doença que, por sua vez, pode levar a problemas
cardíacos, distúrbios renais e circulatórios.
Como podemos ver, essa situação é
grave e precisa ser combatida pelo governo através de fiscalizações mais
intensas e com o rigor indispensável do Poder Judiciário, que deve criminalizar
estes empresários donos destas marcas que enganam o povo com alterações propositais
na composição e na informação nutricional de seus produtos.
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