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16 de julho de 2014

Prateleiras dos Supermercados estão cheias de produtos com fraudes!

“O poder da observação cuidadosa é chamado
cinismo por aqueles que não o possuem"
G. Shaw
        
 Os empresários em geral reclamam muito e sempre do governo com relação a economia instável do país, falta de investimentos incentivos e principalmente pela obscena carga tributária que incide sobre produtos e serviços no país. Porém, alguns, talvez a minoria, não fazem o que pregam com relação a ética e a honestidade quando estão frente a frente com o dilema do lucro fácil.
Muito são os produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros, que independentemente de serem provenientes de pequenas, médias ou grandes indústrias possuem alterações que levam o consumidor ao erro e ao prejuízo. São manipulações em fórmulas, peso, quantidade de nutrientes e informações que deveriam estar na embalagem e não constam ou estão em letras tão pequenas que nem com uma lupa gigante o consumidor consegue identificá-las.
Sem contar aqueles produtos que tem sua embalagem alterada com a diminuição do seu peso liquido, mas mantendo o mesmo preço do produto anterior com peso maior. Isso é golpe, é querer ludibriar o consumidor para obter lucro fácil.
Recentemente o IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor divulgou que quase 10% dos produtos pesquisados por aquele órgão estavam com variação incorreta de nutrientes. O sódio apontado nestes produtos era inferior ou superior ao que realmente os produtos continham.
O número é significativo e mostra a necessidade de se ampliar a fiscalização no setor, pois nos leva a deduzir que se fazem isso com o sódio, com certeza o fazem com os demais ingredientes (Calorias, Valor energético, Carboidratos, Gorduras saturadas, Gordura Trans, Cálcio, Açúcar, etc.
Não é à toa que denúncias levaram a fiscalização a encontrar recentemente produtos químicos no conteúdo de Leite UHT Longa Vida no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Formol, e outras sujeiras estavam no alimento que deveria nutrir crianças e adultos de forma limpa e saudável.
Essa ganância de setores do empresariado aliada a fraca fiscalização imposta pelos nossos governantes e empresas criadas para esta finalidade fazem com que bandidos se aventurem no meio para lucrar com golpes contra a saúde pública.
Na pesquisa recente do IDEC alguns produtos continham mais de 40% de sódio em relação ao que informava o rótulo de sua embalagem mentirosa. Na Salsicha Frigor Hans, por exemplo, foi identificada uma quantidade de 66,3% maior de sódio do que informava o rótulo da sua embalagem. Isso é crime e deveria ser punido com rigor absoluto sem perdão, pois leva o consumidor contumaz a poder contrair doenças que o próprio governo tenta reduzir para o bem da saúde pública.
Diferenças desta natureza comprometem até um plano alimentar, pois as nutricionistas baseiam-se nas tabelas para formar as dietas. O consumo exagerado de sal é considerado como fator de alto risco para a hipertensão, doença que, por sua vez, pode levar a problemas cardíacos, distúrbios renais e circulatórios.
Como podemos ver, essa situação é grave e precisa ser combatida pelo governo através de fiscalizações mais intensas e com o rigor indispensável do Poder Judiciário, que deve criminalizar estes empresários donos destas marcas que enganam o povo com alterações propositais na composição e na informação nutricional de seus produtos.

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