Seria uma atitude muito ingênua
esperar que
as classes dominantes
desenvolvessem uma forma de
educação que permitisse aos menos
favorecidos
perceberem as injustiças sociais
de forma crítica.
Paulo Freire
Neste próximo domingo, 13 de julho de
2014, aproximadamente às 18:50 o árbitro escolhido pela FIFA para apitar a
final da Copa do Mundo no Brasil estará trilando seu apito e dando por
encerrada a partida entre as duas seleções finalistas. Isso se não houver
prorrogação e cobranças de penalidades máximas.
De qualquer forma, no máximo a partir
das 20:00 horas o mundo conhecerá o novo campeão mundial de futebol do planeta.
E o povo brasileiro começará a conviver com uma nova campanha eleitoral. Com
gastos quase tão obscenos como a Copa do Mundo.
Ao contrário da Copa que mobilizou
milhões de pessoas no Brasil e foi levada a bilhões de pessoas ao redor do
mundo, nossa campanha começará tímida, com poucas ideias, raras jogadas
inteligentes e muita baixaria até o apito final das urnas em outubro.
Até o momento três são os partidos que
largam na frente pela disputa do Palácio do Planalto.
Ä
O PT – Partido
dos Trabalhadores que já habita
aquele lugar há doze anos e tem causado verdadeira ojeriza nas classes mais abastadas
e na classe média. Basta entrar nas redes sociais ou nas conversas nos bares e
restaurantes, empresas e escolas para perceber que o tempo passou para este
Partido, ao menos neste universo eleitoral. A falta de combate à corrupção e a
mancha do mensalão e outras falcatruas são o cenário de fundo para os que
querem ver o partido descer a rampa do planalto. Pouco fizeram nas áreas de
transportes, agricultura e ainda deixaram a economia desandar e pondo em risco
o plano real.
Ä O PSDB Partido da Social Democracia Brasileira seu maior
adversário não tem militância, seu maior aliado são os anti-petistas e aqueles
que mesmo sem opção partidária querem mudanças no poder federal. Em SP estão no
poder há 20 anos, tendo feito muito pouco par quem está há duas décadas no
poder do Estado mais rico da Nação. Não revolucionaram a Educação, nem a Saúde
Pública muito menos a Segurança e dançam a dança da chuva diariamente para ver
se os reservatórios que nunca cuidaram enchem de água para evitar o colapso no
sistema combalido. Só falam mal do PT, porém não possuem planos alternativos
para redução dos impostos, combate austero a corrupção e um novo modelo de
gestão para o país.
Ä PSB – Partido Socialista Brasileiro é o partido que traz a ambiguidade entre Marina
Silva e Eduardo Campos, além de participar nos Estados e uma miscelânea
completa onde se alia a gregos e troianos sem pudor algum. Vai subir no
palanque do PSDB em SP, do PT em outros Estados, enfim, como poderá propor uma
nova concepção de poder se já começa as eleições usando e abusando do modelo
antigo e ultrapassado. Será difícil se impor como terceira via para aqueles que
não suportam mais PT nem PSDB no poder. Eduardo Campos não é conhecido e nem
traz no bojo de sua recente história política algo que nos faça esquecer que
era aliado de Lula até alguns meses atrás.
Caberá ao eleitor escolher e, pelo
visto não será nada fácil, a grande maioria não estará fazendo as análises que
deveriam ser feitas nestas ocasiões. Muitos vão votar com ódio deste ou daquele
partido o que nunca foi uma opção inteligente. Outros ainda, talvez a maioria,
votaram nas pessoas e não no conteúdo programático e ideológico dos partidos.
Correndo o risco por exemplo, de Eduardo
Campos vencer a eleição e o PT e o PSDB terem maioria no Congresso Nacional,
pois os eleitores votam nas pessoas, esquecendo-se que quem governa é o
partido.
Dilma e Lula, assim como FHC tiveram
nos últimos 20 anos de poder maioria folgada no Congresso, porém, não pelo
efeito do nosso voto necessariamente, mas sim daquilo que se denominou mais
tarde chamar-se de Mensalão.
A compra dos votos para a aprovação da
emenda da reeleição em 1998 com FHC é exemplo clássico e foi imitado à exaustão
pelos que vieram depois. Se todos os casos de compra de votos fossem expostos à
população brasileira, por certo muitos candidatos metidos a éticos estariam
muito perto da Papuda.
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