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21 de junho de 2021

Mentira – Parceira fiel do governo federal!

 A CPI da Covid mapeou, no último mês, pelo menos 38 declarações contraditórias ou falsas de depoentes, a maioria do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O levantamento é feito durante cada sessão pela equipe do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e deve ser encaminhado ao Ministério Público e incluído no relatório final, segundo integrantes da comissão.

As mentiras dos bolsonaristas começaram muito antes da posse do presidente, elas vieram antes das eleições em 2018, na forma de fake news espalhadas massivamente por disparos de empresas contratadas por agências ligadas aos apoiadores de Bolsonaro.

Essa prática nociva e criminosa avançou na medida que o governo começou sua gestão em 2019. Permaneceu viva enviando mensagens mentirosas sobre obras falsas, ações governamentais que nunca existiram e isso inundou whatsapp e redes sociais.

As contradições e mentiras emanadas por integrantes do governo na CPI reforçam, entre integrantes da comissão, a avaliação de que as autoridades foram treinadas e orientadas para tentar blindar o presidente Jair Bolsonaro em seus depoimentos. O que nunca foi difícil para essa escória que o acompanha desde a campanha eleitoral até o atual momento de seu governo.

A desconfiança da CPI começou quando do depoimento de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social do governo federal. Ele negou a declaração que havia dado em entrevista à revista “Veja” de que teria havido “incompetência” de Pazuello.

Depois, a CPI pediu que o Ministério Público Federal (MPF) avaliasse se houve falso testemunho. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, defende que o mesmo seja feito com depoimentos do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e de Pazuello.

“Constatou que foi mentira, tem que encaminhar para o Ministério Público. A rigor, era para o cara ser preso na hora. Estamos fazendo uma concessão encaminhando para o Ministério Público depois”, diz Randolfe.

A rede formada pelo governo em torno da Cloroquina e do chamado tratamento precoce, algo que beira o charlatanismo explica de certo modo como operaram na divulgação de áudios, vídeos e muita fake news entupindo internet, whatsapp e redes sociais.

Recentemente, a sociedade ficou sabendo do gabinete paralelo e do orçamento paralelo. Isso mostra que o governo Bolsonaro é um governo paralelo a tudo que acontece no país, mortes pela covid, fome, desemprego, problemas de transmissão de energia elétrica, enfim, está à margem de tudo isso, desfrutando de um gabinete que contém seus íntimos assessores falando de cloroquina e tudo mais que o presidente quer ouvir e falar.

Nesta semana, a CPI da Covid deve ouvir o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República Filipe Martins, apontados como membros do “gabinete paralelo” que assessorou Bolsonaro a tomar decisões durante a pandemia.

A sociedade brasileira em “paralelo” torce para que haja um desfecho contundente dessa CPI no Senado, encaminhando para investigações todos os envolvidos em crimes praticados na pandemia e que o Presidente Paralelo Bolsonaro seja punido, se possível com a abertura de um processo de impeachment.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger, Analista Político e Graduado em Gestão Pública.

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