Seria
uma atitude muito ingênua esperar que
as
classes dominantes desenvolvessem uma forma
de
educação que permitisse aos menos favorecidos
perceberem
as injustiças sociais de forma critica.
Paulo Freire
Com relação à divulgação por parte da
mídia dos benefícios, penduricalhos ou adicionais como queiram, recebidos por
parte da alguns membros dos 3 Poderes constituídos da República tenho o seguinte
a dizer:
“Por sua imoralidade e
incompatibilidade com aquilo que a maioria recebe analogamente em suas
profissões em todo território nacional, todos e quaisquer benefícios de auxilio
moradia, paletó, educação, concedidos aos servidores públicos do alto escalão
da Justiça, Legislativo e Executivo, deveriam ser banidos imediatamente dos
seus vencimentos através de lei específica. "Eles" deveriam receber
apenas a semelhança do trabalhador comum”.
Num país onde a desigualdade gritante
explica o massacre que as classes menos favorecidas sofrem para poder
sobreviver num país tão rico. Com abundância de terras férteis, minérios e
riquezas diversas em seu vasto subsolo, é inaceitável que justamente aqueles
que são eleitos representantes do povo ou que galgaram postos no poder
judiciário, recebam benefícios que deveriam sim, existir, porém destinados para
a camada mais necessitada da sociedade.
Mas aqui no país, ao contrário do que
acontece nos países do chamado primeiro mundo, os políticos e os membros da
casta dos marajás do serviço público têm acesso privilegiado as riquezas,
oportunidades e os benefícios legislados por eles mesmos.
Isso faz com que não tenhamos nenhuma
esperança de um Brasil melhor, de uma nação que seja grandiosa e pudesse
construir sua história em cima de crescimento social, desenvolvimento econômico
sob a batuta de gestores políticos competentes.
Infelizmente, aqui vigora a Lei de
Gérson – Levar vantagem em tudo. Para nossa tristeza, essa máxima é praticada
pelos políticos, grandes empresários, lobistas, pessoas de todas as classes
sociais com raras exceções.
Se a maioria do povo brasileiro
soubesse a força que possui e colocasse isso em prática, fiscalizando, cobrando
e atuando em defesa do que é público, do que é nosso, por conseguinte, muitas
coisas seriam diferentes no país.
Em Santo Antônio da Platina – PR, uma
brasileira, inconformada com a aprovação em primeira instância na Câmara, de um
projeto que aumentava os salários do Prefeito, Vice e Vereadores em quase cem
por cento foi até o local falar com o autor do projeto.
Sua conversa com ele foi gravada por
um celular de um amigo. Na conversa ela critica o aumento e cita a crise pela
qual todos na cidade e no país estavam passando. Ele então retruca dizendo
desconhecer qualquer crise, que para ele não existia.
A conversa viralizou na internet e nas
redes sociais. No dia da votação final do projeto para sua aprovação, a Câmara
estava abarrotada de moradores da cidade. A pressão foi tamanha que o projeto
foi reprovado, e, em seguida aprovado um novo texto que reduzia o salário dos
vereadores para um salário mínimo.
Vitória da sociedade local, dessa
senhora corajosa e da democracia. Não é apenas votar, mas sim participar,
cobrar e fiscalizar o Poder Executivo e Legislativo que está ao seu lado em seu
município principalmente. País limpo, município limpo!
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/um-terco-da-renda-de-elite-do-funcionalismo-e-isento-do-imposto-de-renda/
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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