Aprenda como se você fosse viver para sempre.
Viva como se você fosse morrer amanhã.
Outro dia recebi uma opinião através
de um texto no Whatts App de um grupo de amigos, que me fez refletir sobre
certas coisas no nosso país. Era um texto de Dom Helder Câmara falando sobre o
carnaval. Dizia o seguinte: “Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das
raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida. Peca-se muito no
carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus, se excessos, aqui e ali,
cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se
julga melhor e mais “santo” por não brincar o carnaval. Brinque meu povo
querido! Minha gente queridissíma. É verdade que na quarta-feira feira a luta recomeça, mas,
ao menos, se pôs um pouco de sonho na realidade dura da vida”.
Vivemos numa sociedade pouco
participativa, principalmente no que diz respeito à política, a vida
democrática e as questões sociais. Somos, é verdade, um povo solidário, porém,
essa solidariedade não exerce influência nas questões centrais da vida pública
nacional.
Sempre que falamos de futebol,
carnaval ou outra festa popular, ouvimos de alguém que isso é o ópio do povo,
que o governo concede o pão e o circo para poder enganar a sociedade enquanto
governa para si e seus aliados. Numa alusão ao que acontecia nos tempos do
Império Romano.
Um pouco de exagero ao analisarmos que
o cidadão comum que gosta de futebol e carnaval não é maioria no cenário da
sociedade brasileira, além do que, trabalha muito mais do que algumas classes
privilegiadas como Políticos, Magistrados, Ministros de Estado, etc.
Nossos problemas na indústria, por
exemplo, passam muito ao largo da simples questão de horas trabalhadas pelos
nossos operários. Qualificação, treinamento e modernização do parque industrial
sim, seriam problemas sérios a serem resolvidos.
O brasileiro fala pouco da
produtividade quase zero dos membros dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, porém, fica culpando aqueles que gostam de carnaval. A festa dura
uma semana no máximo, enquanto os poderes acima citados possuem férias de até
60 dias ao ano, sem contar emendas de feriados, viagens ao exterior e outras
paradas habituais em seus expedientes.
Pior, mais muito pior do que alguns gostarem
de futebol, novelas e carnaval, é serem alienados e não lutarem por seus
direitos políticos e sociais, não se esforçando para estudar o máximo possível,
atualizando-se e se qualificando melhor para o mercado de trabalho e a vida. É
não terem o hábito saudável de ler livros, jornais e revistas com a frequência
suficiente para mantê-lo antenados com tudo que está acontecendo ao seu redor.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.
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