A vaidade é o caminho mais curto para o paraíso
da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo,
o solo onde a burrice melhor se desenvolve.
Augusto
Cury
Os nossos
governantes raramente fazem aquilo que prometem em suas campanhas eleitorais
milionárias. Às vezes sequer fazem o que são obrigados por leis. São prazos não
cumpridos, obras paradas como verdadeiros elefantes brancos como se fossem Estátuas
do Desperdício do dinheiro público no país.
Outros
resolvem mexer aonde a população não pediu, gerando confusões, insatisfação e
muitas reclamações da mesma sociedade que muitas vezes ajudou a eleger aquele
político.
Assim é o caso
do Estado de SP, governado há 21 anos pelo mesmo partido, onde o atual
governador já esteve neste período por onze anos a frente do Palácio dos
Bandeirantes ocupando o cargo de governador, fora outros seis anos como
vice-governador. Totalizando, portanto dezessete anos de poder no Estado de SP.
O governador
resolveu fazer uma reforma na Educação, porém, não aquela que todos gostaríamos
que acontecesse em nosso país. Uma reforma estrutural com respeito ao professor
e a toda a estrutura que envolve a educação em cada escola paulista.
Ao contrário,
o governador resolveu reorganizar as escolas por ciclo único (Fundamental I, II
e Ensino Médio) em unidades separadas. Isso causou uma enorme confusão antes
mesmo de sua aplicação, revoltando alunos, pais e professores.
Imaginem que
os alunos das escolas públicas que não são ricos, e, que moram em bairros
distantes sem transporte público a disposição. Seus pais têm dois ou três
filhos em idade escolar e neste caso terão de levar filhos ou gastar com
tarifas de ônibus, trens ou metrô para deslocar cada filho para uma escola
diferente em locais muitas vezes distantes.
Com a mudança
o governador e sua equipe da Secretaria de Educação mais uma vez tentam enganar
a sociedade, alegando que a alteração tem como objetivo reestruturação, quando
na verdade planejam fechar escolas em todo Estado de São Paulo.
Tanto que a
Secretaria de Educação diz que “alguns estabelecimentos de ensino poderão ser
disponibilizados para outras finalidades educacionais”. Alckmin esqueceu apenas
de um pequeno detalhe antes de soltar a bomba nas salas de aula, conversar,
dialogar, ouvir e depois planejar com calma aquilo que fosse o melhor para a
sociedade paulista.
Mexer em
escolas não é como alterar o fluxo viário de ruas e avenidas da cidade, não se
trata de decisão fácil, sem que seja planejada por muito tempo e com razões
claras e objetivas plenamente divulgadas e discutidas com todos os envolvidos.
Os alunos
estão nervosos e já começam a participar de algumas manifestações no interior e
na capital do Estado. Os professores terão suas rotinas alteradas e também vão
sofrer com o custo do deslocamento para mais de uma escola por dia para poder
cumprir sua extensiva e desgastante carga horária.
Os pais que
elegem, pagam impostos e sustentam o governo estão revoltados e sem saber para
onde seus filhos serão transferidos e por quê. Ninguém lhes procurou, ninguém
os ouviu, são tratados com descaso monumental.
A APEOESP –
Sindicato dos professores em SP foi informada pelos professores que 155 escolas
receberam avisos que podem fechar em 2016. O governo Alckmin nega, dizendo que
se trata de boatos e que nenhuma escola será fechada em 2016.
Não acredito
neste governador nem no seu governo, portanto, aguardarei o começo de 2016 e
voltarei a escrever caso eles mais uma vez estejam mentindo para a sociedade.
Aliás, não acredito em nenhum governante deste país.
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