“Política é a
arte de conciliar os interesses
próprios, fingindo
conciliar o dos outros”.
Menotti Del Picchia
Eu vi em São Paulo o começo do que
seria o Partido dos Trabalhadores. Havia ideais, sonhos, havia firmeza de
propósitos e centenas de pessoas que viriam a serem milhares em tempo razoável.
O cenário de abertura política favorecia o surgimento de partidos, discussões
sobre a participação política das pessoas após dezenas de anos na escuridão.
Neste sentido a gestão democrática de
Franco Montoro – PMDB a frente do governo do Estado de São Paulo, foi um oásis
dentro da política nacional. Ele incentivou a abertura democrática em SP,
dialogou com quase todos os setores e motivou a discussão política dentro e
fora das empresas estatais, inclusive incentivando a formação de Núcleos dos
Partidos.
Entre eles surgia o Núcleo do PT, não
com este nome no princípio, mas com seus aguerridos militantes querendo
recuperar anos perdidos de democracia com o fim da ditadura ou pelo menos com a
distensão gradual do regime até 1985.
Infelizmente ao contrário do que todos
poderiam imaginar, com o tempo veio o crescimento, o amadurecimento com as
derrotas a nível Estadual e Federal, e o poder com Lula em 2002. Neste período
algumas vitórias significativas aconteciam em alguns municípios importantes do
país.
Depois de 13 anos no poder a frente
dos destinos da nação e das muitas gestões em governos Estaduais e municipais
hoje o PT não tem nada para comemorar. Rasgou seu estatuto, perdeu sua
ideologia da época do início do partido, humilhou seus militantes e fundadores,
cujos princípios foram aviltados com tanta corrupção e desvios de toda
natureza.
Tudo que se esperava que fosse
acontecer ao contrário das gestões da ARENA, PDS, PFL, PMDB e PSDB foram
desmentidas. Ao contrário, agravaram-se os problemas, aumentaram a carga
tributária, reduziram a pó toda e qualquer esperança de um futuro digno para os
aposentados e trabalhadores deste nosso imenso país.
Sem contar que roubaram mais e se
perderam no submundo das propinas, das fraudes licitatórias e dos paraísos
fiscais que tanto criticaram antes de tomarem o poder nas eleições passadas.
A credibilidade do partido beira a
zero, assim como a avaliação da gestão de Dilma é um traço nas pesquisas que
estão por vir. Fruto do completo distanciamento do partido e seus caciques para
com a ética, a moral, a probidade administrativa e o combate à corrupção.
Os petistas, José Dirceu, Vacari Neto,
José Genoíno e Lula estão perdidos entre o mensalão e o escândalo das propinas na Petrobrás que
está agonizando na Bolsa de Valores e sem credibilidade no setor petroleiro
mundial. Sujos de lama do fundo do poço onde eles ajudaram a colocar o
partido outrora promissor, que hoje é odiado com razão pela mesma classe média
que os ajudou a eleger.
Essa escuridão que experimentam agora,
não deverá ser iluminada em 2016 nem em 2018, quando acontecem novas eleições
no país. O povo mesmo que de lanternas nas mãos vai cobrar caro cada voto que
for pedido pelos caras sujas do PT. As propinas jamais serão esquecidas por boa
parte do povo brasileiro, nem devem, diga-se de passagem.
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