A
irracionalidade de uma coisa não é
argumento
contra a sua existência,
mas sim uma
condição para ela.
Nietzche.
No Brasil, as Federações,
Confederações, Comitês e outras entidades esportivas que agregam e representam
milhares de atletas e clubes recebem verdadeiras fortunas de seus filiados, dos
torcedores e do governo federal. São bilhões de reais que entram em contas
jamais investigadas pelos órgãos que deveriam fazê-lo, mas não o fazem.
A maioria dos clubes de futebol deve
para o governo pelo não recolhimento de impostos, o governo não executa a
dívida como faz com o cidadão comum por medo de retaliações. Algumas federações
tem no seu comando a mesma figura nefasta há anos, sem que nada seja feito em
nome da decência, do estatuto de torcedor ou da moralidade.
Apesar de tantos recursos os
resultados do esporte brasileiro são pífios no exterior, não formamos atletas
de ponta, nem tampouco construímos centros de excelência para o esporte
olímpico. Construímos na verdade arenas para Copa do Mundo, cuja maioria está
deteriorando e sem uso frequente.
As federações que comandam o futebol
são exemplo de que o dinheiro arrecadado com o esporte das multidões e paixão
de parcela considerável dos brasileiros não tem fiscalização alguma. Ao invés
de ser destinada aos clubes pequenos do interior do país, esta fortuna está
sendo utilizada para erguer sedes monumentais onde seus marajás desfilam
carrões de luxo e uma vida incompatível com o que recebem.
Neste sentido a CBF é o ícone das
arrecadações nababescas e dos gastos maiores ainda com terrenos, prédios e
outros investimentos imobiliários. Alguns de seus dirigentes possuem Iates de
luxo, mansões ou apartamentos de cobertura cuja renda seria difícil de
comprovar caso houvesse uma investigação rigorosa.
As transações comerciais dos
dirigentes parecem que possuem isenção fiscal e tributária neste país. A
seleção brasileira de futebol virou uma verdadeira mina de ouro para
empresários e a CBF. Contratos revelam (Fonte: Estadão/SP) que a entidade leiloou
a seleção em troca de milhões de dólares em comissões a agentes, cartolas,
testa de ferro e empresas em paraísos fiscais (Cadê vocês Ministério Público,
Receita Federal e Congresso Nacional?).
A situação se estende aos esportes
olímpicos que recebem verbas vultosas do governo federal oriundas de programas
sociais e loterias da Caixa. São patrocinados pelo Banco do Brasil e ainda
assim não conseguem ter estrutura compatível com a receita recebida. Em parte o
dinheiro não chega ao seu destino final, ficando pelo caminho nas mãos de
terceiros, de ONGs ou de dirigentes inescrupulosos que habitam o cenário
esportivo nacional.
Se o Brasil fosse um país sério... Se
tivesse uma Justiça proativa e célere... Se não tivéssemos tantos “se” para
justificar nossa ineficiência ampliada pela nossa burocracia corrupta, talvez
os milhares de contratos que circulam no esporte nacional fossem auditados e o
mundo saberia a verdade sobre a quantidade de recursos do esporte que estão descansando
no exterior em paraísos fiscais.
Até que isso aconteça - “Bem amigos da
Rede Globo”...
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