"Todo
governo que não age na
base do
princípio da república, isto é,
que não faz da
'res publica' o seu objetivo
completo e
único, não é um governo bom."
Thomas Paine.
No momento em que alguns setores da
sociedade começam a se interessar pela discussão de itens da possível reforma
política, um item ganha destaque – Financiamento das Campanhas eleitorais.
Entretanto, precede que se discuta primeiro o fim do caixa 2, a punição severa
para a sonegação, lavagem de dinheiro e outros crimes correlatos no país.
O mais recente exemplo vem de Londrina
(PR), onde um auditor da Receita Estadual preso naquela cidade afirmou, em
depoimento ao MP, que a campanha da reeleição do governador Beto Richa (PSDB)
recebeu parte da propina do dinheiro desviado dos cofres públicos do Paraná.
Cerca de R$ 2 milhões foram repassados à campanha eleitoral de Richa.
Por infeliz coincidência, o segundo
mandato de Beto Richa está marcado desde janeiro na sua posse, por uma crise
financeira interminável, que culminou com uma greve dos professores da rede
estadual e depois dos servidores, quando estes tiveram seu fundo de Previdência
vilipendiado pelo governador e sua base aliada na Assembleia.
O governador nega, o PSDB nega o que não
deixa de ser prática normal, o PT também negava. Todos negam, porém, é preciso
que o MP vá fundo nas investigações, assim como a Justiça está fazendo no
próprio Estado do Paraná com o juiz Sérgio Moro na operação Lava a Jato.
Não se pode conceber que dinheiro de
campanha eleitoral seja desviado para caixa 2, prática comum, realizada
impunemente por quase todos partidos no país.
Ainda é cedo para afirmar que Beto
Richa seja culpado, afinal de contas, deve-se apurar com rigor e cuidado todas
as denúncias do auditor preso e dos envolvidos nos esquemas citados por ele nos
seus depoimento preliminares.
Mas o caso serve como exemplo para que
a sociedade fique atenta, com relação à forma de financiamento a ser proposta
pelos nossos atuais congressistas. Não importa em princípio se privada ou
pública, desde que haja rigor absoluto na apuração, fiscalização e controle dos
TSE, MP e demais órgãos afins do país.
Basta de tanta corrupção, de tanta
desfaçatez de políticos que se passam de honestos enquanto seus partidos
manipulam dados, verbas, recursos públicos ou provados à revelia das leis.
Infelizmente, mensalão, escândalo da Petrobrás, não são exclusividade de um
partido, existem muitos golpes, operações e corrupção no subterrâneo da
política brasileira, onde o povo é coadjuvante num processo que deveriam ser
atores principais.
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