Seguidores

2 de maio de 2015

A falência das instituições em todos os seus segmentos!

"Somente após a última árvore cortada,
após o último rio ser envenenado,
o último peixe ser pescado.
Somente então o homem descobrirá
que dinheiro não pode ser comido.
Provérbio Cree

Demorou para o castelo de areia da Petrobrás ruir e desabar sobre o mar de lama que destruiu sua reputação, afetou sua imagem no exterior e deixou claro que sua estrutura fora estuprada seguidas vezes com a indicação de membros de uma enorme zona de meretrício da administração política brasileira.
Dizer que as falcatruas começaram há doze anos com a gestão do PT seria desmerecer tantos outros pulhas que já se alimentavam de corrupção e propinas antes dos petralhas. Injustiça não! Vamos ser justos, porém, não podemos deixar de dar a eles o mérito que merecem, foram competentes e deixaram a empresa feito terra arrasada. Roubaram tudo e mais um pouco.
Enquanto a notícia da operação que levou à prisão os empreiteiros que agiam na Petrobrás ainda está no ar nos telejornais, mais escândalos agitam o noticiário nacional. Tem o caso Zelotes, uma operação deflagrada no final de março e com origem em uma carta anônima entregue num envelope pardo. A Operação Zelotes da Polícia Federal investiga um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas.
A entidade é um tribunal administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes (empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote, referente àquele que finge ter zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função dos conselheiros do Carf de resguardar os cofres públicos e os possíveis desvios que efetuaram.
Em geral, é julgada pelo órgão (Carf) uma empresa autuada por escolher determinada estratégia tributária que, segundo a fiscalização, estava em desacordo com a lei. Estão sob suspeita 74 processos que somam R$ 19 bilhões em valores devidos ao fisco.
A Polícia já confirmou prejuízo de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. O valor equivale a cerca de três vezes o dinheiro desviado da Petrobras por meio do esquema desarticulado pela Operação Lava Jato, se considerada a cifra levantada em janeiro pelo Ministério Público Federal (R$ 2,1 bilhões).
Tem o caso HSBC: O jornal inglês The Guardian e outros órgãos da imprensa (como o francês Le Monde) vazaram documentos internos da filial suíça do banco inglês HSBC, que mostram que essa instituição ajudou 106 mil clientes com contas secretas a sonegar impostos no valor de 120 bilhões de dólares (334 bilhões de reais) entre 1988 e 2007.
Segundo os documentos divulgados, o banco orientava seus clientes a fugir de impostos e permitia que sacassem grandes quantias em dinheiro.
Segundo o ICIJ existem 6.606 contas relacionadas ao Brasil, que somam juntas mais de sete bilhões de dólares (19 bilhões de reais). Na lista dos que têm conta no banco está o banqueiro Edmond J. Safra, morto em 1999.
Segundo o site do ICIJ, os representantes da viúva dele disseram que todas as contas serviram apenas para propósitos legais. A família Steinbruch, dona da indústria têxtil Vicunha, manteve 464 milhões de dólares no HSBC entre 2006 e 2007. Também foram divulgados os nomes de 11 envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras.
Por incrível que possa parecer o Brasil ainda não está investigando o caso, nem os deputados e senadores loucos por CPI colheram assinaturas para uma investigação no Congresso Nacional. Por que será?
O Brasil está cercado de casos de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, armas e influência, desvio de dinheiro público, fraudes em processos licitatórios e muito mais. As instituições estão sucumbindo a tanta impunidade no país e podemos arriscar que não exista um só canto do Brasil onde haja dinheiro que não tenhamos fraudes e golpes.
É a falência completa das instituições... Falta ética, moral e uma Justiça forte e inatacável, com rigor absoluto nas penas e sem abrandamentos de nenhuma natureza para com os criminosos.

Nenhum comentário: