"Somente após a última árvore cortada,
após o último rio ser envenenado,
o último peixe ser pescado.
Somente então o homem descobrirá
que dinheiro não pode ser comido.
Provérbio
Cree
Demorou para o castelo de areia da
Petrobrás ruir e desabar sobre o mar de lama que destruiu sua reputação, afetou
sua imagem no exterior e deixou claro que sua estrutura fora estuprada seguidas
vezes com a indicação de membros de uma enorme zona de meretrício da
administração política brasileira.
Dizer que as falcatruas começaram há
doze anos com a gestão do PT seria desmerecer tantos outros pulhas que já se
alimentavam de corrupção e propinas antes dos petralhas. Injustiça não! Vamos
ser justos, porém, não podemos deixar de dar a eles o mérito que merecem, foram
competentes e deixaram a empresa feito terra arrasada. Roubaram tudo e mais um
pouco.
Enquanto a notícia da operação que
levou à prisão os empreiteiros que agiam na Petrobrás ainda está no ar nos telejornais,
mais escândalos agitam o noticiário nacional. Tem o caso Zelotes, uma operação
deflagrada no final de março e com origem em uma carta
anônima entregue num envelope pardo. A Operação Zelotes da Polícia
Federal investiga um dos maiores esquemas
de sonegação fiscal já descobertos no país. Suspeita-se que quadrilhas
atuavam junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), órgão
ligado ao Ministério da Fazenda, revertendo ou anulando multas.
A entidade é um tribunal
administrativo formado por representantes da Fazenda e dos contribuintes
(empresas) que julga hoje processos que correspondem a R$ 580 bilhões.
O nome Zelotes vem do adjetivo zelote,
referente àquele que finge ter zelo. Ele faz alusão ao contraste entre a função
dos conselheiros do Carf de resguardar os cofres públicos e os possíveis
desvios que efetuaram.
Em geral, é julgada pelo órgão (Carf)
uma empresa autuada por escolher determinada estratégia tributária que, segundo
a fiscalização, estava em desacordo com a lei. Estão sob
suspeita 74 processos que somam R$ 19 bilhões em valores devidos ao
fisco.
A Polícia já confirmou prejuízo de R$
6 bilhões aos cofres públicos. O valor equivale a cerca de três vezes o
dinheiro desviado da Petrobras por meio do esquema desarticulado pela Operação
Lava Jato, se considerada a cifra levantada em janeiro pelo Ministério
Público Federal (R$ 2,1 bilhões).
Tem o caso HSBC: O jornal inglês The
Guardian e outros órgãos da imprensa (como o francês Le Monde)
vazaram documentos internos da filial suíça do banco inglês HSBC, que mostram
que essa instituição ajudou 106 mil clientes com contas secretas a sonegar
impostos no valor de 120 bilhões de dólares (334 bilhões de reais) entre
1988 e 2007.
Segundo os documentos divulgados, o
banco orientava seus clientes a fugir de impostos e permitia que sacassem
grandes quantias em dinheiro.
Segundo o ICIJ existem 6.606 contas
relacionadas ao Brasil, que somam juntas mais de sete bilhões de dólares (19
bilhões de reais). Na lista dos que têm conta no banco está o banqueiro
Edmond J. Safra, morto em 1999.
Segundo o site do ICIJ, os
representantes da viúva dele disseram que todas as contas serviram apenas para
propósitos legais. A família Steinbruch, dona da indústria têxtil Vicunha,
manteve 464 milhões de dólares no HSBC entre 2006 e 2007. Também foram
divulgados os nomes de 11 envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga casos
de corrupção na Petrobras.
Por incrível que possa parecer o
Brasil ainda não está investigando o caso, nem os deputados e senadores loucos
por CPI colheram assinaturas para uma investigação no Congresso Nacional. Por
que será?
O Brasil está cercado de casos de
corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, armas e
influência, desvio de dinheiro público, fraudes em processos licitatórios e
muito mais. As instituições estão sucumbindo a tanta impunidade no país e
podemos arriscar que não exista um só canto do Brasil onde haja dinheiro que
não tenhamos fraudes e golpes.
É a falência completa das
instituições... Falta ética, moral e uma Justiça forte e inatacável, com rigor
absoluto nas penas e sem abrandamentos de nenhuma natureza para com os
criminosos.
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