Quase toda absurdidade de conduta
vem da
imitação daqueles com quem não
podemos parecer-nos. Samuel Johnson
No mundo civilizado, no chamado
primeiro mundo, os indivíduos que cometem crimes são presos, respondem a
processos, são julgados e se condenados, cumprem penas em regime fechado em
Presídios construídos pelo Estado ou pela iniciativa privada.
Nestes lugares, os presos são
obrigados a trabalhar e não recebem bolsa reclusão, algo impensável em países
sérios administrados por governantes inteligentes e preocupados com a
sociedade. Muitas vezes podem estudar e tem acesso a bibliotecas, porém, não
podem receber visitas intimas, nem tem acesso a celulares e outras formas de
comunicação com o mundo externo.
Afinal estão presos por que cometeram
crimes contra a sociedade, motivo pelo qual perderam as vantagens que tinham
antes de se aventurarem pela criminalidade, escolha deles e não da sociedade
que paga impostos e trabalha para se sustentar e manter-se. Simples assim!
Aqui no Brasil, nossos sistemas
judiciário e penitenciário são administrados de forma a crermos que o criminoso
é vítima, que para tanto precisa ser tratado como se fosse um cidadão de
primeira classe, quando na verdade não é nem nunca foi.
A nossa Justiça é frouxa, omissa e
vive perdida em meio a poeira de seus milhares de processos guardados em porões
à espera do milagre do julgamento. Muitos crimes prescrevem por culpa da
própria justiça. Milhares de condenados estão nas ruas à espera do cumprimento
do mandado de prisão.
Essa mesma Justiça que concede aos
marginais o auxílio reclusão, progressão de regime, redução de penas, teto
máximo de 30 anos para reclusão em regime fechado e indultos nos feriados.
O sistema penitenciário que no país
com algumas exceções é um lixo mal administrado e sem quaisquer resquícios de
gestão prisional permite visitas intimas, entrada de drogas, celulares,
televisores e muito mais com a conivência da direção de alguns presídios.
No Maranhão recentemente o país viu um
pouco do que é norma em vários Estados brasileiros. Crueldade, crimes, máfia,
corrupção e desmandos sem controle algum por parte da direção e do Estado, que
se omite diante de sua incapacidade gerencial.
O Estado do Paraná na Cadeia Pública
de Guarapuava acaba de nos dar mais um exemplo de como funciona o sistema
prisional brasileiro, ao permitir que as presidiárias postassem fotos e
acessassem redes sociais de dentro da cadeia. Ou seja, mulheres presas por
tráfico de drogas, vivem dentro da Cadeia como se estivessem em suas casas.
Elas provaram que não só em
Guarapuava, mas sim, em todas as prisões brasileiras entram celulares,
carregadores de baterias, drogas, alimentos, aparelhos diversos, enfim, o que
os criminosos quiserem a qualquer tempo. O Estado brasileiro é refém das
grandes facções criminosas e demonstra esta sua fraqueza diariamente.
As autoridades dos três poderes
constituídos não se impõem, fingem nada saber, se omitem de tomar providências
definitivas que recoloquem o Estado no comando. A degradação do sistema
penitenciário, a omissão da Justiça e o crescente aumento da violência
epidêmica no país não mexem aparentemente com nenhuma autoridade brasileira.
Todos são a sua maneira, coniventes e tem culpa pelo que está acontecendo.
Presidente, Ministro da Justiça,
Presidentes do Senado e da Câmara Federal, Presidente do STF, ninguém ao menos
mostra um pouco de indignação com fatos como estes abordados diariamente nos
nossos telejornais e na mídia em geral. Estão aparentemente felizes e vivem
alhures ao processo que já passou dos limites do bom senso há muitos anos no
Brasil. Até quando senhores (as)?
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