“O afã da riqueza obscurece
a noção do justo e do injusto"
Antífanes
O Brasil tem hoje aproximadamente uma população de 201 milhões de pessoas (IBGE-2013) espalhadas pelo quinto maior território do planeta, com 8.515.767.049 Km². Sendo o maior país da Américo do Sul com seus quase oito mil km de extensão litorânea.
Um país relativamente jovem, com média de idade de 30,3 anos para seu povo e uma expectativa de vida em torno de 73 anos. Podemos dizer que é um gigante que evoluiu bastante desde que aqui chegaram as 13 primeiras embarcações carregadas de portugueses, dando início ao nosso capitalismo selvagem e corrupto.
Mesmo assim, quinhentos e quatorze anos depois ainda vemos um país pobre, ignorante, violento e muito corrupto da raiz ao último fio de sua democracia ainda jovem, incipiente e imatura. A qualidade de vida dos países é medida pelo seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), onde o Brasil é apenas e tão somente o 85º entre 187 países analisados. O que demonstra que nossos governantes não estão fazendo absolutamente nada desde o fim do regime militar. Pior ainda, a corrupção e a inércia fazem com que uma boa parcela da população ainda sonhe com a volta dos mesmos militares ao poder.
Ao final da ditadura militar nosso IDH era de 0,522 (1980). O que demonstra que houve uma ligeira evolução até chegarmos aos atuais 0,730. Porém esta evolução foi lenta demais e parte da culpa está nas gestões políticas que tivemos desde a década de 80 no país. Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma prometeram muito, mas realizaram muito pouco.
O Brasil tem cerca de 25% dos seus municípios (1.431) que ainda estão nas faixas de baixo e muito baixo desenvolvimento humano. Onde faltam saneamento básico, água potável, habitação, desenvolvimento econômico e agrário, infraestrutura mínima para que possamos considera-los como brasileiros de verdade.
Ainda temos muito que avançar, porém existe um freio difícil de ser liberado, que são os nossos políticos. Essa classe consegue manter o país paralisado no Congresso Nacional, nas suas Assembleias Estaduais e nas mais de cinco mil Câmaras Municipais. Medidas, leis, projetos, trabalhos ficam paralisados por anos a fio nas gavetas destes políticos que apenas trabalham por suas eleições e reeleições quando não estão brigando por cargos e dinheiro junto ao Poder Executivo.
Somemos a isso a inércia e inaptidão dos nossos governantes eleitos nas três esferas do poder constituídos no Brasil. Onde Prefeitos, Governadores e os Presidentes da República não conseguem de forma alguma dar ao nosso povo saúde, educação, segurança pública, habitação e saneamento básico, preferindo investir neles próprios e nas suas bases eleitorais.
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