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1 de fevereiro de 2011

Aumento de vereadores - Uma imoralidade maior que o Brasil

“Aqueles que corrompem a opinião pública
são tão funestos como aqueles
que roubam as finanças públicas”
Adlai Stevenson

Está sendo discutido à revelia da sociedade civil um debate nos subterrâneos sinuosos da política nacional para voltar à carga a questão do aumento obsceno dos vereadores nos municípios brasileiros. Sou contra por princípio e pela questão simples que os que já existem trabalham aquém do que deveriam.

Por exemplo, na maioria absoluta das cidades brasileiras o cargo de Vereador exige uma reunião por semana, quinzena ou até mensal. Se quiserem aumentar os coleguinhas de bancada, por que não aumentam a ridícula carga horária e dão exemplo?

Na cidade de Bauru com trezentos e cinqüenta mil habitantes e centenas de problemas a serem resolvidos, com a necessidade iminente de mais fiscalização ao Poder Público os vereadores são dezesseis. Querem com certeza que este número suba para vinte e um e vinte e três. Simples, trabalhem mais do que uma vez por semana. Sejam úteis!

Claro que, existem aqueles que se dedicam integralmente ao ofício de servir a municipalidade com sua representação, mas são exceções a regra, são minoria infelizmente.

A maioria tem empregos ou atividades informais, são profissionais liberais, etc. A vereança é um mero trampolim para saltos mais altos no futuro. Estes antes de discutir aumento de vereadores deveriam discutir éticas e se inteirar um pouco mais das agruras dos trabalhadores para sustentar suas famílias enquanto eles brincam de representar o munícipe.

Esta discussão deveria ser feita no sentido contrário, o Brasil precisa diminuir o número de Vereadores, Deputados Estaduais, Federais e até o número de Senadores. Em minha opinião, dois senadores por Estado estariam de bom tamanho. Um Estado rico como SP não deveria ter mais do que sessenta deputados estaduais.

O número de deputados federais deveria ser reduzido para 300 em todo território nacional, com a alteração de definição por Estado para sua representatividade. Além do mais temos o parlamento mais caro do mundo, um custo exorbitante para manter mordomias e uma estrutura nababesca de milhares de pessoas à serviço deles.

É ignóbil que SP, MG, RJ tenham proporcionalmente menos representantes que estados como Piauí, Maranhão, Acre, etc. O certo seria levar em conta a força de arrecadação de impostos, percentual do PIB, ou qualquer outro índice que não fizesse como que Estados menores pudessem ter representatividade maior do SP, MG, RJ, etc.

Aumentar o número de políticos depois de tantos escândalos e corrupções é ir contra o povo, a ética e a inteligência da nossa sociedade que paga impostos elevados sem receber nada em troca.

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