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3 de junho de 2010

O que os Governantes se recusam a fazer?

Não me recordo de um governo sequer em nosso país seja na esfera Estadual ou Federal que tenha tido a coragem e a inteligência de realizar uma profunda reestruturação administrativa durante suas gestões.
Gastam sem saber o porquê, torram dinheiro com vultosas folhas de pagamento e não sabem quem estão pagando, onde os funcionários estão alocados e quais são as deficiências e os pontos de gargalos de seus governos.
Enquanto incham a máquina administrativa com empregados através de concursos públicos e com assessores sem concursos, fica evidente a falta de critério e capacidade da nossa classe política. Não planejam, não priorizam ações pró-ativas, não pensam, apenas gastam nosso dinheiro como se fosse nosso, por que se fosse deles não o fariam com certeza.
Assumem o poder pensando na reeleição deles próprios ou de seus aliados, nunca pensam no real objetivo para o qual foram eleitos, aliás, deletam tudo que falaram, ouviram e pensaram entre o último dia antes das eleições e o dia da posse.
A outra parte do dinheiro que é para eles sagrada chama-se verba para propagandas em todas as mídias disponíveis no mercado. Torram milhões todos os anos e nunca cortam um centavo dessa verba, haja a crise que houver, cortam da Educação, Saúde, Programas Sociais, mas nunca da propaganda.
No âmbito federal nem Sarney, nem Collor, nem Itamar, nem FHC e muito menos Lula, fizeram algo que pudesse ao menos se assemelhar com uma pequena reforma na obesa máquina de triturar dinheiro conhecida como estrutura do governo federal. Não podem nem querem demitir ninguém por mais ocioso que possam estar em suas funções.
Também não realocam ninguém mesmo sabendo que isso evitaria ociosidade, desperdício e a existência de áreas carentes de mão de obra qualificada, principalmente nas atividades de fiscalização. Se fizéssemos um Raio-X imenso do funcionalismo público federal ficaríamos estarrecidos com a quantidade de empregados ociosos, usufruindo licenças intermináveis, fora de suas atividades profissionais e sem quaisquer necessidades.
Em compensação iríamos descobrir muitos buracos negros, onde faltam empregados, sobram problemas e não existe qualquer iniciativa do governo para saná-las. Tem professor na área de saúde, profissionais qualificados totalmente fora das atividades para as quais foram concursados. Engenheiros fora de sua área de atividade, técnicos agrícolas na previdência e assim por diante.
Uma torre de babel que ocorre pela falta absoluta de comprometimento dos mesmos políticos que ficam durante anos desperdiçando tempo e dinheiro de uma sociedade que carece urgente de um Estado forte, soberano e eficiente.

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