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9 de dezembro de 2009

Políticos vivem num mundo paralelo

O que nós presenciamos nos últimos vinte e nove anos dentro e fora da vida pública brasileira é algo ignóbil, assustador e sem palavras para definir. Qualquer adjetivo seria pequeno demais para expressar o sentimento de ultraje e nojo que o trabalhador honesto tem dos nossos políticos.
Collor, P. C. Farias, Renan Calheiros, Valdomiro Diniz, Sarney, anões do orçamento, dólares na cueca, mensalão, projeto Sivam compra de deputados para aprovar a reeleição, desvios de verbas, superfaturamento de obras, ambulâncias, sonegação de impostos, castelos não declarados, dinheiro roubado e depositado em contas na Suíça, Ilhas Jersey, Caribe, contas fantasmas, caixa dois, enfim, uma lista que poderia alcançar a lua partindo da terra.
Sabe quem foi preso, julgado, condenado e está preso? Ninguém. Sabe quem devolveu tudo que foi roubado aos cofres públicos brasileiros? Ninguém. Sabe quando isso vai parar no Brasil? Nunca. Sabe quem cria as leis e os atalhos para que isso possa continuar acontecendo? Eles, os políticos desde a mais humilde Câmara até o Congresso Nacional.
Essa gente podre, sem alma, sem pudor, com muita ganância e esperteza vive em mansões espalhadas pelo país, mudam de partidos, mudam de cargos, mas jamais deixam de roubar e prejudicar o povo. Nós vivemos num mundo paralelo, cheio de filas, problemas, falta de serviços públicos decentes, com miséria espalhada por todos os lados.
Somos brasileiros que elegemos essa escumalha e que depois não cobramos e nem fiscalizamos seus atos. Somos nós os grandes responsáveis por esse circo onde atuamos como palhaços enquanto eles nos roubam até a bilheteria e os sonhos mais inocentes de nossas crianças.
Os políticos brasileiros são desprovidos de escrúpulos, o DNA é idêntico sejam eles da oposição, situação ou governantes, nada disso importa, vão nos roubar, vão nos prejudicar, vão nos ignorar e não permitirão que os critiquemos ou tentemos derrubá-los de suas bigas de ouro.
Eles roubam, eles criam impostos, eles instituem taxas e modificam tributos sempre a favor de seus interesses pessoais. São auxiliados pela justiça que ao invés de defender o povo, ajudam a escaparem de processos e crimes de toda ordem. Se condenados, os governantes não são presos e os valores que nos devem são então apelidados de “precatórios” e nunca mais são pagos.
Sim, eles têm o poder supremo, estão acima do bem e do mal, são onipotentes e poderosos quando estão em seus gabinetes nefastos. Bondosos durante o período de campanha eleitoral, mas nunca, jamais são generosos, ao contrário, mentem tanto que até acreditam em suas mentiras e pensam ser o que na verdade nunca foram.
Pois essa escória agora está na televisão na forma de adoradores de dinheiro nas cuecas. São os filhos de Arruda que estão mais uma vez enojando Brasília. Quem vota e elege mora nas cidades satélites, são pobres e jamais vão entender da onde vieram tantas notas de R$ 100,00 reais.
Mas o povo sabe de uma coisa, nesse mundo paralelo, o escândalo dura somente até o momento em que surge outro novo e patético crime contra o erário. A partir desse momento é como se os crimes anteriores fossem deletados das mesas e gavetas do poder judiciário e apagados para todo sempre.

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