“Estude as frases que parecem
certas e coloque-as em dúvida".
David Riesman
A compra de votos em currais
eleitorais é uma prática antiga, muito usada nos rincões brasileiros, onde o
coronelismo mandava prender e soltar, e, às vezes até matar para se perpetuar
no poder.
O sistema político mudou ao longo dos
últimos anos, leis foram sancionadas para coibir e punir as várias formas de
fraudes eleitorais, mas nada conseguiu o efeito desejado quando se fala em
compra de votos.
A impunidade, somada à baixa
escolaridade dos eleitores, a falta completa de informação e o sentimento
latente de usufruir da Lei de Gerson – Levar vantagem em tudo, são alguns dos
ingredientes perfeitos para que isso ainda ocorra em pleno século XXI.
Um exemplo aconteceu em Goiás, quando
investigações da Polícia Federal (PF), apontaram para a existência de esquemas
de doações de Cestas básicas, combustíveis e até o pagamento de contas pessoais
para poder comprar eleitores.
A PF deflagrou para tanto a sua
Operação Pão e Circo, que combate à compra de votos na cidade de Serranópolis –
GO. Foram cumpridas onze ordens judiciais expedidas pela 18ª Zona Eleitoral de
Jataí – GO, e mais dois mandados de prisão preventiva e nove de condução
coercitiva.
Com certeza esse expediente que levou
às investigações naquela localidade, ainda ocorre em outros Estados
brasileiros. A PF não teria contingente suficiente para investigar e prender a
todos que ainda praticam esse tipo de crime.
O enorme território nacional, e a
falta de informatização contendo um sistema de identificação com os dados dos
brasileiros são alguns dos dificultadores no combate ao crime no país.
Os investigados foram indiciados pela
prática de captação ilegal de sufrágio (Compra de votos), e por falsidade
ideológica eleitoral.
Resta saber por quanto tempo os
envolvidos ficarão presos, e, se julgados e condenados, qual será o tempo de
prisão. Com certeza responderão em liberdade, e caso condenados, terão uma pena
leve, que no fundo vai ter compensado o crime cometido.
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