Estamos vendo nas últimas semanas
mercados que se achavam "consolidados" iniciando o seu processo de
reconstrução. Os taxistas tentando de tudo para acabar com o Uber, de
lobby político a agressão verbal e física, e recentemente os executivos
de TV por assinatura no Brasil começam a reclamar do Netflix, já que o
modelo de streaming não tem a mesma carga de impostos.
Porém, o real motivo é que a TV
por assinatura está prevendo perda de audiência e consequentemente de receita
enquanto ver a Netflix ter um faturamento estimado de no mínimo 500 milhões de
reais no Brasil com um modelo de negócio totalmente novo que não necessita
vender R$1,00 de publicidade. Tal faturamento coloca a Netflix no mesmo tamanho
ou maior que a TV Bandeirantes, a quarta maior emissora
aberta em apenas quatro anos de operação.
E o que podem fazer os taxistas e as
emissoras de TV e outros segmentos como agências de viagens, revistas e tantos
outros para evitar o colapso?
Adaptação é a palavra de ordem é
necessário encontrar o caminho no ambiente digital de seus negócios,
e está não é parte mais difícil, o que realmente atrapalha é o medo da mudança,
é este medo que coloca tudo a perder e que favorece os novos modelos de
negócio.
Em momentos como esses de grandes
mudanças e quebra de paradigmas, o foco daqueles que precisam se adaptar
precisam estar em dois pontos:
1. Competências e
habilidades já adquiridas
2. Usuário /
consumidor final
Manter o foco nas conquistas que
realmente agregam valor ao consumidor final é um excelente ponto de partida, no
caso dos taxistas eles têm uma série dessas conquistas, vamos listar
duas e comentar um pouco como isso pode fazer toda a diferença e
oferece uma vantagem frente ao Uber:
Quantidade de carros disponíveis: O
Uber precisa construir a sua rede de carros enquanto os taxistas já há têm! Não
é possível oferecer um serviço de locomoção em massa sem ter veiculo
disponível, se compararmos hoje a frota que atende Uber é infinitamente
menor que a de taxi.
Localização: Os taxistas já estão nos
melhores locais da cidade. O Uber ainda não tem esta capilaridade, os taxistas
com certeza na maioria das vezes podem chegar primeiro aos clientes. Ninguém
quer ficar esperando o que todos querem é agilidade, querem chegar logo ao
destino.
Perceba que com estas duas vantagens
de exemplo os taxistas precisam apenas se organizar e manter o foco nos
pontos certos e irão tornar a vida do Uber muito mais difícil, porém é claro
que o Uber tem uma série de vantagens e a principal é estar focado totalmente
em facilitar a vida do usuário e ela encontrou no Brasil um cenário na qual
taxistas estão indo no caminho contrário ao de facilitar a vida
do cliente, quem nunca ficou desconfiado ou foi enganado por um taxista
que andou um pouco há mais? E os preços dos taxis que saem dos aeroportos?
Para os canis de TV's é necessário
fazer a mesma reflexão, será que os usuários estão felizes? Que valor que a
Netflix gera para o cliente que os canais fechados não conseguem? Será que o
modelo de negócio atual é sustentável em longo prazo?
O fato é que muitos mercados a mudança
já aconteceu, outros vêm mudando e muitos outros vão mudar não têm como fugir
disso, para se manter saber se adaptar é vital, caso o contrário os incomodados
terão que se mudar!
Mantenha o foco primeiro nas
competências que a sua empresa / segmento já conquistou e pare de pensar
por um instante no que ainda não têm, veja quais competências geram valor para
o usuário e depois repense ou até recrie se necessário o serviço ou produto com
foco total no cliente.
Texto
de Galileu Prezzotto publicado no site www.linkedin.com
Imagem original postada no Site da Série House of Cards.
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