“Algumas pessoas nunca aprendem nada
porque entendem tudo muito depressa"
Pope
O povo brasileiro está à mercê de um policiamento composto por uma Força Policial dividida entre Militar e Civil. Ambas têm policiais mal remunerados, alguns com má formação técnica, recebem pouco treinamento e são obrigados a trabalhar nas ruas com equipamentos obsoletos ou abaixo daqueles que os criminosos utilizam.
Atualmente diante das recorrentes manifestações públicas assistimos a um festival de horror comandado pela policial militar que prende quem não deveria (Estudantes, advogados, manifestantes ordeiros) e deixa solto os vândalos e os marginais que destroem bancos, praças, lojas, etc.
A verdade é que a crescente criminalidade tem três grandes fatores variáveis que ajudam a impulsionar estes números estatísticos.
O despreparado da força policial brasileira, onde não temos policiais em quantidade suficiente nem com a remuneração e o treinamento devido. A Justiça omissa, fraca e benevolente a favor dos criminosos nos nossos tribunais e nas leis que perpetuam benefícios incompatíveis com o mundo em que vivemos. Soma-se a isso a falta de investimento em Educação, causa que é recorrente há séculos no país.
Para se ter uma ideia metade das escolas no Brasil formam policiais em até seis meses. Como que um policial pode em seis meses adquirir treinamento para estar na linha de frente do combate à criminalidade? Os dados de uma pesquisa feita em 44 instituições de ensino para formação de policiais englobam agentes, investigadores, delegados, soldados e tenentes militares.
Em São Paulo a remuneração de toda força policial é risível, ficando muitas vezes abaixo das praticadas em Estados muito mais pobres da nação. Além disso, não se contrata policiais em SP há muito tempo, embora sempre haja promessas neste sentido.
Outro fator em SP é que mais de quatro mil policiais ficam fazendo serviços administrativos nos quartéis enquanto deveriam estar nas ruas combatendo o crime. Os serviços burocráticos poderiam ser feitos por jovens na fase chamado primeiro emprego e de aposentados.
Não percebemos no Brasil quaisquer preocupações com a formação em larga escala e a valorização da polícia científica. A resolução plena de um crime depende muitas vezes da forma como ele é apurado utilizando-se de tecnologia de ponta e ciência.
A reformulação completa da polícia brasileira passa pela necessidade de uma mudança dos paradigmas dos nossos governantes. O policial precisa ter salários dignos, benefícios e equipamentos à altura de suas funções. Além de ter um seguro de vida que auxilie as famílias em caso de morte ou acidentes no trabalho.
Todo componente das forças policiais deveria ter acesso fácil a linhas de crédito para compra de habitação, automóvel e estudo superior.
Antes de colocar em prática estas medidas o governo deveria obviamente efetuar uma limpeza nos quadros da polícia civil e militar mantendo nos seus quadros apenas aqueles que queiram prestar este nobre serviço a sociedade. Os que insistirem e cometerem quaisquer deslizes deveriam ter penas em dobro e a mais dura lei do país, diante da importância de seus cargos.
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