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5 de agosto de 2012

Regulamentações versus Jeitinho brasileiro!


Uma comissão consiste de uma reunião de
pessoas importantes que, sozinhas,
não podem fazer nada, mas que,
juntas, decidem que nada pode ser feito.
Fred Allen

O povo brasileiro embora não admita, acabou se acostumando com o execrável “jeitinho brasileiro” para resolver as coisas que lhe são afetas em seu cotidiano pessoal e profissional. Não existe país no mundo onde leis, decretos, regras e regulamentações sejam tão burladas, combatidas e não cumpridas.

Tanto é verdade que antes das leis, regulamentos ou ordens serem dadas alguém na galera já saí na frente e diz: “Esta coisa (Lei) não vai pegar”. Fica claro a cada dia que muitos querem viver de seu jeito, dentro de sua zona de conforto, sem precisar cumprir regras e determinações oficiais que alterem sua vida.

No momento estamos com alguns exemplos claros desta forma de viver a vida do nosso povo. Em São Paulo uma regulamentação da profissão de Mototaxista e Motoboys sofre uma imensa rejeição por parte dos interessados que protagonizaram um dia de fúria na cidade, parando diversas avenidas em protesto contra a mesma.

O Contram (Conselho Nacional de Trânsito) exigiu em 2010 que para a regulamentação da profissão os envolvidos deveriam realizar um curso de capacitação que deveria entrar em vigor a partir de sábado próximo dia 04/08/12. Ou seja, dois anos após publicar a resolução.

Os sindicalistas representantes das duas categorias alegam que não houve tempo para que os mesmo cumprissem a regulamentação. Estranho, em dois anos apenas 20% da categoria concluiu o curso e agora os demais alegam falta de tempo...

Os caminhoneiros estavam parando as rodovias brasileiras pelo mesmo motivo até ontem. Não querem aceitar uma regulamentação que beneficia a própria categoria. Na verdade neste caso, desconfia-se que os empresários do ramo estejam pro trás da ordem para paralisação.

Mas que categoria é esta que aceita que seus comandados sejam obrigados a parar em nome de uma regra que os beneficiam no cumprimento de suas atividades?

O código florestal brasileiro sofreu do mesmo problema, ninguém se entende, todos os itens têm duas ou três versões diferentes e no fim, tudo cai no esquecimento e a população arca com os prejuízos.

Ninguém quer na verdade regras rígidas, leis firmes, ficam procurando brechas para poder burlar o que é certo. Recorrem, fazem greve, mas na verdade estes mesmos cidadãos jamais participariam de uma greve geral contra a Corrupção no país.

A maioria dos mototaxistas, motoqueiros, motoboys, caminhoneiros e brasileiros em geral são corretos, mas infelizmente, a minoria grita mais alto e acaba levando vantagem sobre um maioria inerte, sonolenta e conformada com o destino de suas vidas e de nosso país.

Quem dera todos eles se unissem em prol do bem comum. De uma sociedade mais justa e correta. Por que não parar o país contra a corrupção? Por que não fazer paralisações na frente do STF para mostrar nossa indignação contra os mensaleiros corruptos?

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