Uma comissão consiste de uma reunião de
pessoas importantes que, sozinhas,
não podem fazer nada, mas que,
juntas, decidem que nada pode ser feito.
Fred Allen
O povo brasileiro embora não admita, acabou se acostumando com o execrável “jeitinho brasileiro” para resolver as coisas que lhe são afetas em seu cotidiano pessoal e profissional. Não existe país no mundo onde leis, decretos, regras e regulamentações sejam tão burladas, combatidas e não cumpridas.
Tanto é verdade que antes das leis, regulamentos ou ordens serem dadas alguém na galera já saí na frente e diz: “Esta coisa (Lei) não vai pegar”. Fica claro a cada dia que muitos querem viver de seu jeito, dentro de sua zona de conforto, sem precisar cumprir regras e determinações oficiais que alterem sua vida.
No momento estamos com alguns exemplos claros desta forma de viver a vida do nosso povo. Em São Paulo uma regulamentação da profissão de Mototaxista e Motoboys sofre uma imensa rejeição por parte dos interessados que protagonizaram um dia de fúria na cidade, parando diversas avenidas em protesto contra a mesma.
O Contram (Conselho Nacional de Trânsito) exigiu em 2010 que para a regulamentação da profissão os envolvidos deveriam realizar um curso de capacitação que deveria entrar em vigor a partir de sábado próximo dia 04/08/12. Ou seja, dois anos após publicar a resolução.
Os sindicalistas representantes das duas categorias alegam que não houve tempo para que os mesmo cumprissem a regulamentação. Estranho, em dois anos apenas 20% da categoria concluiu o curso e agora os demais alegam falta de tempo...
Os caminhoneiros estavam parando as rodovias brasileiras pelo mesmo motivo até ontem. Não querem aceitar uma regulamentação que beneficia a própria categoria. Na verdade neste caso, desconfia-se que os empresários do ramo estejam pro trás da ordem para paralisação.
Mas que categoria é esta que aceita que seus comandados sejam obrigados a parar em nome de uma regra que os beneficiam no cumprimento de suas atividades?
O código florestal brasileiro sofreu do mesmo problema, ninguém se entende, todos os itens têm duas ou três versões diferentes e no fim, tudo cai no esquecimento e a população arca com os prejuízos.
Ninguém quer na verdade regras rígidas, leis firmes, ficam procurando brechas para poder burlar o que é certo. Recorrem, fazem greve, mas na verdade estes mesmos cidadãos jamais participariam de uma greve geral contra a Corrupção no país.
A maioria dos mototaxistas, motoqueiros, motoboys, caminhoneiros e brasileiros em geral são corretos, mas infelizmente, a minoria grita mais alto e acaba levando vantagem sobre um maioria inerte, sonolenta e conformada com o destino de suas vidas e de nosso país.
Quem dera todos eles se unissem em prol do bem comum. De uma sociedade mais justa e correta. Por que não parar o país contra a corrupção? Por que não fazer paralisações na frente do STF para mostrar nossa indignação contra os mensaleiros corruptos?
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