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5 de novembro de 2011

A condenável invasão da reitoria da USP

Durante os anos difíceis da ditadura militar no Brasil por diversas vezes estudantes capitaneados pela UNE - União Nacional dos Estudantes condenaram e se revoltaram contra a invasão do campus da USP e de outras universidades no país.

O falecido coronel Erasmo Dias então Secretário da segurança pública em SP comandou invasão ao campus da PUC em SP num episódio deprimente. Talvez esteja neste aspecto um dos grandes erros da ditadura militar, que com sua truculência matou a renovação de futuras lideranças estudantis.

Hoje temos a falência da UNE que vive da esmola de verbas federais e jamais voltou a formar alguma liderança desde a década de oitenta. E nem sequer participa do debate sobre a educação e seus projetos em todo país.

Entretanto, em SP assistimos um episódio lamentável, onde a truculência, a intransigência e a defesa de interesses mesquinhos e ignóbeis ficam acima dos interesses da maioria dos estudantes da USP.

Depois de dois assassinatos de jovens estudantes a comunidade estudantil exigiu a presença da polícia militar para auxiliar na segurança do campus da USP junto ao governo paulista. Depois de muita discussão, foi firmado um convênio entre a Administração da USP e o Governo estadual para que fossem efetuadas rondas no campus pela PM.

Tudo corria tranquilamente até que alguns alunos foram flagrados consumindo drogas dentro do campus da universidade. A PM tentou prende-los e leva-los a uma delegacia para que fossem tomadas as medidas legais.

Entretanto, os alunos infratores conseguiram se esconder dentro das salas de aula e não puderam ser presos. Começava então um episódio que se arrasta há alguns dias onde alunos que defendem a liberação da maconha e não querem a polícia no campus contra a lei.

Eles invadiram como sempre a sede da Reitoria da USP, quebrando equipamentos, sujando tudo e mostrando a nossa sociedade que é preciso haver uma reavaliação de para quem estamos pagando com nossos impostos para estudarem na melhor Universidade da América do Sul.

Que tipo de alunos a USP está formando para amanhã ingressarem no mercado de trabalho? Que tipo de cidadão tem medo da polícia e coloca a maconha à frente dos seus interesses? Quem são estes alunos? Onde estão seus pais?

Qual a razão da USP não expulsar estes meliantes que por trás do discurso surrado da liberdade de ir e vir escondem o desejo latente de impunidade para o uso e o tráfico de drogas?

Quem são os traficantes que abastecem os alunos da melhor e maior universidade do pais?

Perguntas que precisam ser respondidas pelo Reitor, o Governador, os pais dos alunos, bem como todo conjunto da sociedade brasileira. Basta de maus exemplos, chega de impunidade.

O campus de uma universidade é sagrado desde que seja utilizado para finalidades acadêmicas e em prol do saber e da sociedade, quando ao contrário é franqueado a bandidos travestidos de estudantes precisa ser revisto e limpo.

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