Paraná Pesquisas perguntou a 4.066
brasileiros de 214 municípios e 24 estados. Para qual time você torce?
Deu o que se sabe há décadas, embora
nas últimas três tenha crescido demais a torcida corintiana. Uma vez Flamengo,
16,5% Flamengo. 13,6% Corinthians. 7,6% o São Paulo de tantas conquistas nos
últimos 25 anos.
Preocupa sempre os 19,4% que não
torcem por clube algum. Fatia importante que não tem departamento de marketing
que dê jeito. Ainda mais quem manda o torcedor deixar o sofá.
Interessante na pesquisa é a segunda
pergunta: qual o time que você mais odeia?
É próprio do futebol. O mais amado é o
mais odiado. O futebol tolera que se ame um clube e se odeie outro. Ou até mais
a segunda alternativa à primeira opção.
Interessante a “vitória corintiana''.
14,6% são antis. 8,6% são da turma do arco-íris que não gosta do Flamengo.
Muito por conta de Eurico Miranda, o Vasco é o terceiro, com 5,9%. Palmeiras é
o quatro colocado nas duas listas.
A goleada corintiana não é
surpreendente contra a maior torcida do Flamengo. Quase todo mundo adora não
gostar do Corinthians. Todo mundo não quer ver Timão. Todo mundo é “anti'' para
o corintiano.
Por que será?
Preconceito? Desprezo? Despeito?
Receio? Medo? Raiva? Inveja? Ciúme? Como pode um time tão amado ser tão odiado?
Talvez por ser algo além do amor que eles têm.
Talvez por ser algo além do amor que eles têm.
Mais que ter amor pelo Timão, eles têm
Corinthians pelo Corinthians.
Deve ser isso. O corintiano
Corinthians o Corinthians.
Um substantivo que é verbo. Adjetivo.
É tudo. Resume todos. É mais que amor. É Corinthians.
São eles. Um bando de loucos.
São eles. Um bando de loucos.
Mais que os rubro-negros que ainda são
tantos mais. Mas parecem mais festivos. Alegres. Cariocas na melhor acepção do
termo. No mais desbragrado estereótipo. O rubro-negro tem um quê de festa, de
graça e até de tirar sarro que falta ao paulista de anedota.
Ele meio que se leva menos a sério. Não sei. Mas, nessa, por mais que “deixaram chegar'', tem o seu ar de graça e mistério.
Ele meio que se leva menos a sério. Não sei. Mas, nessa, por mais que “deixaram chegar'', tem o seu ar de graça e mistério.
É diferente. Por isso acaba criando
menos animosidade.
O corintiano também é diferente. Como
são todos os clubes. Mas a alegria de um corintiano se basta só de ver outro
corintiano pela vida. Ele celebra o Corinthians acima do jogo.
Ali é Corinthians. Fica difícil
entender. Ainda mais medir o amor. E mesmo o desamor alheio. Tem quem
gosta de ser amado. A maioria. Mas também tem outra maioria que adora ser
odiada. É Corinthians.
Texto do brilhante
jornalista e palmeirense Mauro Betting
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