“Conscientizar-se da própria ignorância
é um grande passo para aprender"
Disraeli
A expressão volume morto vem sendo muito utilizada em São Paulo desde que o governo estadual percebeu que nada tinha sido realizado para evitar o desabastecimento de água em parte da cidade através de seu reservatório do sistema Cantareira.
Volume morto na linguagem técnica significa a reserva técnica disponível no reservatório do Sistema Cantareira, que nesta data em que escrevo o texto está com 9,4% de sua capacidade total.
Na verdade em São Paulo, bem como, nos demais Estados e Municípios o chamado “Volume morto” pode ser definido como o governantes eleitos para administrar, planejar e executar todas as ações relativas a gestão de seus cargos à frente dos Estados ou Municípios.
E por que eles (governantes) são um volume morto? Porque nada fazem exceto administrar de forma porca e chula sem que seja feito qualquer ação de planejamento para prover a população por eles representadas de um mínimo de retorno do que se chama administração pública.
Em São Paulo o partido que governa o Estado (PSDB) e está há 20 anos à frente dos destinos do maior e mais rico Estado da Nação nada fez neste longo período para evitar que esta calamidade do desabastecimento de água que afeta milhões de pessoas acontecesse.
A preocupação dos governantes com seus próprios interesses pessoais e partidários sempre à frente dos interesses da população são uma das causas das péssimas gestões dos nossos despreparados políticos. A outra é falta de capacidade dos indicados pelos governantes e seus partidos para gerir empresas estatais, fundações, autarquias e secretárias de governo. Neste ambiente inexiste o planejamento como ferramenta fundamental para evitar que a sociedade seja surpreendida pela escassez de energia, água, etc.
Ou será que os pseudos especialistas da empresa paulista responsável pelo abastecimento de água para São Paulo não sabiam que a população iria crescer, que a demanda iria aumentar consideravelmente com o passar do tempo e que novas opções de abastecimento deveriam ser criadas pelo governo paulista?
A Sabesp, ao contrário, se preocupou apenas em expandir seu crescimento em direção ao interior do Estado, deixando de lado ações de planejamento que pudessem evitar a situação caótica em que a cidade se encontra neste momento. Ainda, gastou milhões com publicidade desnecessária que poderia ter sido investida em novas alternativas de captação de água potável. Culpar a natureza ou ter esperança na utilização do volume morto da Cantareira é um dos indícios da incompetência gigantesca da administração pública de São Paulo.
O governador indeciso e sempre preocupado apenas com o poder em Brasília, que hoje está nas mãos de outro partido (Volume morto) é o maior dos responsáveis pela situação, até porque desde 1995, raramente esteve ausente do poder no Palácio dos Bandeirante, sede do governo de São Paulo.
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