Perdoamos uma criança que tem medo de escuro facilmente.
A verdadeira tragédia da vida é quando homens têm medo da luz.
Platão
Muitos são os exemplos de que nossa gente bronzeada precisa rever urgentemente vários conceitos e modos de vida atualmente empregados no conjunto da nossa sociedade. Desde o péssimo “Jeitinho brasileiro” até o “Querer levar vantagem em tudo” passamos por uma série de conceitos equivocados e que nos ajudam a ter uma péssima imagem no exterior e dentro do nosso próprio país.
Elegemos péssimos candidatos muitas vezes por brincadeira, gozação, mas na verdade desconhecemos o próprio sistema eleitoral brasileiro e isso traz consequências que muitas vezes transformam o chamado voto de protesto num ato de burrice sem limites. Essas atitudes inconsequentes não é primazia de uma ou outra camada da sociedade, nela estão inclusas todas as letras que compõe as classes sociais de A a E.
Esta semana tivemos um exemplo que graças aos celulares e a internet ficou conhecido dentro e fora do nosso país. Claro que, com repercussão altamente negativa. Um jovem de classe média alta chega ao campus da UNB – Universidade de Brasília com seu veículo e abalroa outro veículo que estava estacionado corretamente naquele imenso estacionamento da UNB.
Ele iria fugir do local e de sua responsabilidade de cidadão honesto quando percebe que havia testemunhas e estas tinha celulares nas mãos. Ele então pega um pedaço de papel, se dirige ao para brisas do veículo danificado e deixa um bilhete: “Olá, meu nome é João. Bati acidentalmente no seu carro e alguém viu. Por isso, estou a fingir que escrevo meus dados. Desculpe”.
Ele não se chama João, não tem senso de cidadania nem de qualquer resquício de honestidade correndo em suas veias, apenas é mais um brasileiro levando vantagem sobre outro brasileiro vitima de uma sociedade perversa, mal administrada, porém, especializada em dar golpes e tentar se safar de seus equívocos, seus crimes e problemas.
Isso poderia acontecer em qualquer lugar do Brasil, porém, seria muito difícil imaginar que ocorra num país de primeiro mundo, onde o respeito pelo próximo é algo que vem de berço, vem do seio da família, sim, ainda existem famílias nos moldes tradicionais, daquelas que põe crianças no mundo, criam, educam e tornam as crianças cidadãs autenticas.
Enquanto isso nós aqui no quinto mundo vamos convivendo com os “Joãos” da vida. Somos os manés do mundo, pensamos ser espertos quando deveríamos ser inteligentes e honestos.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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