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31 de maio de 2013

Trabalhadores caem na malha fina, clubes de futebol tem imunidade!


“Nós somos aquilo que fazemos
repetidamente. Excelência, então, não
é um modo de agir, mas um hábito”.
Aristóteles

Um relatório divulgado pela empresa de consultoria BDO revela que a divida dos vinte e três principais clubes brasileiros atingiu a astronômica e obscena soma de R$ 4,72 bilhões. A dívida não para de crescer nos últimos anos.

A maior parte destas dividas refere-se à sonegação fiscal, com o não pagamento de impostos. Somente o Clube de Regatas Flamengo do Rio de Janeiro deve R$ 407,1 milhões em impostos.

Apesar destas dividas estes clubes recebem receitas oriundas das Loterias da Caixa, como a Timemania por exemplo. Alguns tem inclusive estampado em suas camisas patrocínio de empresas estatais (Caixa, Eletrobrás, Bancos Estaduais, etc.). Aliás, as receitas são altas, porém nada é destinada a pagar impostos e passivos trabalhistas.

O futebol carioca detém 47% (Quarenta e sete por cento) do total da divida dos 23 clubes pesquisados no país. Mesmo assim, diariamente vemos que eles não estão nem aí para o problema e continuam gastando, comprando jogadores, torrando recursos que deveriam estar sendo carreados para o tesouro nacional.

O governo através do Ministério dos Esportes e do Ministério da Fazenda fingem que não veem nada, não sabem de nada e não querem estragar a festa preparada para a Copa do Mundo. Chegará o dia em que estes clubes terão dividas maiores que a soma das empresas nacionais ou que a própria divida interna.

Isso tudo é uma amostra que neste nosso “equilibrado e justo” país, apenas os trabalhadores assalariados, aposentados, comerciantes regularizados e industriais pagam a conta para o bolso da viúva. O Imposto de Renda e a Previdência não dão espaço para manobras e qualquer deslize do contribuinte acarreta multa de 75% no ato. Se não for pago pode dar cadeia, falência, etc.

Sou fã de futebol, basquete, vôlei e outros esportes, porém, sou acima de qualquer coisa brasileiro e não vejo graça nesta comédia de absurdos proporcionada por um governo leniente para com um lado da sociedade e rígido para com os demais que geram empregos, riquezas e pagam em dia seus impostos.

Se o governo federal fosse sério (De Gaulle já havia avisado na década de ’60) nada disso estaria acontecendo, com Copa ou sem Copa do Mundo, todos os clubes deveriam estar adaptados a leis rígorosas, pagando em dia suas dividas através de refinanciamentos coordenados pela Receita Federal.

Mas vivemos no país da impunidade, da falta de seriedade para com o erário, onde tudo é apenas um jogo de poderes, em que importa estar no poder e usufruir dele o quanto puder. Aos clubes o perdão e ao cidadão de bem as dividas e as faturas. Vejam o relatório de dividas e das receitas dos clubes apurados pela BDO:

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