A arbitragem no futebol sempre foi um grande problema para seus organizadores e torcedores. No Brasil que é o país penta campeão mundial de futebol a coisa não poderia ser diferente, ao contrário, aqui temos uma das piores arbitragens de futebol do mundo.
As regras são simples, poucas, na verdade temos dezessete apenas, porém algumas são interpretativas, fato que por si só, complica e muito o trabalho dos nossos árbitros em campeonatos regionais ou nos nacionais. Não há coerência nem mesmo num mesmo jogo. Às vezes duas decisões são tomadas num mesmo lance numa partida.
Outra questão que não pode conviver com os tempos em que vivemos é a ausência da profissionalização da arbitragem no mundo do futebol. Seja como Empresas formais ou em grandes Cooperativas, um árbitro deve se dedicar a manter a forma e o foco na sua atividade esportiva.
Para tanto, deveria receber salários compatíveis com sua importância no esporte que arrasta multidões, movimenta bilhões e precisa de seriedade nas decisões que vão permear seu trabalho dentro de campo.
Com a dupla jornada os árbitros não conseguem manter uma forma física e mental a altura dos compromissos que possuem na sua agenda dos campeonatos em que trabalham. São viagens, hospedagens e retorno ao trabalho sem tempo para reflexão e aprimoramento do que realizou em campo.
No Brasil apenas políticos gozam de imunidade total em todas as coisas que o brasileiro comum sofre para conquistá-las. O jogador e o árbitro de futebol não têm regras claras para suas aposentadorias, algo deveria ser estudado, não para aposentá-lo ao parar precocemente sua carreira curta, mas para ter condições quando completasse 35 anos de trabalho somados ao futebol poder ter uma aposentadoria digna.
As federações e os clubes deveriam ser obrigados a manter planos previdenciários privados para que os jogadores pagassem às suas expensas e garantissem minimamente seu futuro. Enfim, algo deveria ser discutido, porém nem as partes envolvidas (Atletas, Clubes, Sindicatos, Árbitros) nem o governo o fazem, deixando a situação cada vez pior.
A profissionalização dos árbitros também afastaria de certa forma o árbitro dos poderes das nefastas comissões de arbitragem das Federações Estaduais e da CBF. Quem definiria a escolha da arbitragem dos jogos do campeonato com critérios técnicos seria a Cooperativa ou Empresa contratada previamente.
Sem isso, continuaremos convivendo com erros grotescos, desconfiança dos torcedores e o risco de na Copa do Mundo do Brasil não termos ao menos um árbitro em condições técnicas de representar o nosso país.
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