O título do artigo não fala dos nossos empresários que sonegam impostos e depois aparecem na mídia reclamando dos juros altos e da concorrência “desleal” chinesa.
Nem tampouco dos brasileiros que reclamam do país, mas não levam a sério as eleições nem se comportam como deveriam frente às coisas mais simples do nosso cotidiano, como por exemplo, educação no trânsito, respeito ao meio ambiente, crianças, idosos, etc.
Não falo daqueles brasileiros que adotam a “Lei de Gerson” e fazem de tudo para levar vantagem sobre tudo e sobre todos ao seu redor, desprezando a ética, os bons costumes, a educação e todos os princípios morais que regem nossa vida em sociedade.
Nem tampouco o titulo tem algo a ver com os que mentem em tribunais, os incautos que seguem falsos messias ligados ao enriquecimento ilícito e não a Bíblia que carregam embaixo dos braços.
Afinal de contas, estes nunca tiveram vergonha na cara, apenas fazem parte de uma imensa escória que impede o país de avançar de forma célere rumo a um novo tempo. Eles não se preocupam com nada além do próprio nariz e bolso. São pessoas desprovidas de moral, são antiéticos e viciados em dinheiro ganho de forma fácil.
Na verdade o título tem a ver com nossos políticos, aqueles em especial que nos governam na esfera federal, estadual ou municipal.
Aqueles que prometem o que sabem que não vão cumprir e acabando agindo de acordo com a seguinte ordem:
1º: Seus interesses pessoais;
2º: Os interesses de seus partidos;
3º: Os interesses de seus financiadores de campanhas;
4º: Os interesses de seus aliados;
5º Os interesses de seus correligionários;
6º: Somente depois de exaurida esta lista, eles então vão pensar na sociedade, nas promessas de campanha, na administração pública e nos preceitos legais e morais que os levaram até aquele cargo.
Portanto, no Brasil atual, não importa o preço da carne, do café, do arroz ou do pão, muito menos do etanol, isso somente vai ser discutido se estiver entre o item um a cinco daquela lista no parágrafo anterior, caso contrário, é como se diz ultimamente – São coisas de mercado.
O artigo excelente do Jornalista Carlos Alberto Sardenberg chamado “Esquizofrenia na política econômica brasileira” cita entre outras coisas que em Portugal o café expresso custa em torno de R$ 0,70 (setenta centavos) enquanto no Rio de Janeiro, por exemplo, o mesmo café custa R$ 3,00 (três reais). Sendo que ao contrário do Brasil, Portugal não planta café nem produze açúcar.
O preço dos automóveis já foi muito discutido na internet, custa no México 50% do que custa no Brasil. O governo brasileiro em todos os seus níveis, não levanta a voz, não discute as questões, não chama ministros e secretários para avaliação, simplesmente deixa o barco navegar.
Entretanto, quando professores fazem um pedido de aumento salarial, ou simplesmente exigem que o piso nacional seja praticado em seu Estado, governantes mandam a polícia militar bater nos professores. Agredir grevistas, impedir qualquer movimento ou reclamo.
Por quê? Simples, professores estão na posição seis da lista de interesses acima colocada. Enquanto que o orçamento dos governos em todas as esferas está no topo da lista, pois é preciso sobrar dinheiro para poder contemplar a todos os envolvidos nos esquemas.
É por isso que afirmo, os políticos brasileiros perderam a vergonha na cara, é preciso que o povo, seja através de movimentos sociais, reivindicativos ou por meio de Organizações não Governamentais faça valer seus direitos.
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