Estamos vivendo tempos difíceis nas médias e grandes cidades brasileiras, onde a criminalidade enfrenta muitos problemas para ser combatida com a eficiência que a sociedade necessita e que o Estado não possui e nem quer possuir.
O primeiro grande problema está no fato de que as cidades crescem, a criminalidade aumenta assustadoramente numa proporção inversa a contratação de novos policiais, bem como, a dotação dos batalhões existentes de estrutura para investimento em ciência e tecnologia de ponta para o eficaz combate ao crime organizado. Notoriamente em São Paulo percebemos que o Estado não contrata policiais em suas diversas corporações (Civil, Militar, Rodoviária e Bombeiros).
Aliado ao fato de que, nossos jovens vêem com desdém a carreira policial, que é desprezada pelos nossos governantes, pois os salários e vantagens (Seguro de Vida, Planos de Carreira, e Benefícios) são ínfimos se comparados aos perigos e riscos da profissão de defender a sociedade.
O segundo problema está na Justiça morosa e cheia de facilidades intrínsecas que, de certa forma motivam ainda mais os criminosos a agirem livremente. A lentidão, as penas leves, o sistema penitenciário sem trabalho e estudo para manter presos em atividade, a facilidade para a entrada de celulares e demais objetos usados para a prática dos crimes à distância são elementos motivadores.
Entretanto, um dos mais odiosos e permissivos itens que causam nojo profundo a toda a sociedade são as tais comutações de penas, progressões de regimes fechados para semi-abertos, indultos e outras regras que apenas facilitam o retorno dos monstros as nossas ruas.
Esse atestado de bom comportamento tem o caráter totalmente duvidoso, muitos foram os facínoras que conseguiram sair das prisões para em seguida matarem inocentes por culpa de psicólogos e diretores de presídios mal intencionados ou despreparados.
Em Goiânia recentemente um monstro foi libertado com atestado psicológico e em seguida matou vários jovens de forma brutal. Em Bauru no ano passado um estuprador estava solto graças a um indulto qualquer e em seguida estuprou na linha férrea uma jovem inocente.
Também temos o fato de que em nenhum lugar decente do mundo um preso deixa de cumprir a pena estipulada a ele em júri popular. Temos nas ruas do Estado de SP, estupradores, sequestradores, assassinos confessos que foram agraciados com regime semi-aberto e nunca mais voltaram à prisão, porém continuam barbarizando famílias inteiras nas nossas grandes cidades.
Sem contar os milhares de condenados que não foram encontrados pela nossa justiça e ficam cometendo crimes em conjunto com aqueles que fogem do sistema. O governo federal não constrói presídios na mesma proporção que torra nossos impostos na forma de desperdício, corrupção e publicidade. Em 16 anos quantos presídio s de segurança máxima foram inaugurados no país?
O cidadão comum paga elevados tributos e não tem serviços à altura do que deixa nos cofres federais, estaduais e municipais, entretanto percebe que os criminosos possuem mais regalias que o cidadão honesto neste país.
As redução de penas, regressão para regimes semi-abertos são válvulas de escape para monstros que estupram, matam e sequestram nossos filhos e irmãos nas ruas e residências. Isso é uma excrescência que precisa ser extirpada com coragem e determinação por aqueles que nos representam no Congresso Nacional sem medo e sem dó nem piedade.
Mirem-se no exemplo dos Estados Unidos da América, onde alguns Estados possuem penas de morte, penas de prisão perpétua, mas nenhum criminoso sai da cadeia antes de cumprir até o último segundo de sua pena. Não estou falando da eficácia das leis americanas, o que importa é que lá e na maioria dos países sérios não existem abrandamento de penas e nem indultos.
Se algum bandido quer ser libertado com base em bom comportamento, que o tenha antes de cometer crimes hediondos contra a nossa sociedade, depois de preso não interessa a ninguém aqui fora, se ele está "bonzinho" apenas para usufruir de benesses dadas por autoridades fracas e sem compromisso com o povo.
Recentemente enviei mensagens a vários senadores e deputados, a maioria deles sequer se deu ao trabalho de responder, a minoria respondeu e fez alusões a questões sociais, recursos federais que não são enviados aos Estados enfim, encheram lingüiça, mas não apontaram uma saída, não tiveram coragem de assumir a fraqueza do sistema que pune o lado honesto da nossa sociedade.
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