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19 de dezembro de 2010

Médicos recém formados - Perigo à vista

O Cremesp – Conselho Regional de Medicina do Estado de SP põe a prova os estudantes recém formados em Medicina nas faculdades paulistas todos os anos. Ainda não é obrigatório como o exame da OAB, deveria ser, pois faria um imenso favor a nossa sociedade.

Desde 2005 esta prova vem sendo realizada e os resultados deste ano preocupam e muito a todos os envolvidos, pois o percentual de reprovação foi altíssimo.

Foram 68% reprovados na prova que avalia o desempenho dos estudantes de 6° ano das escolas médicas de SP, por meio de uma prova objetiva e eliminatória (1ª fase) seguida de uma prova prática que simula atendimento médico.

A prova objetiva da primeira fase tem 120 questões abrangendo nove áreas básicas de conteúdo. Para passar à segunda etapa, quando é aplicada a prova prática, é preciso acertar no mínimo 60% ou 72 questões.

Essa situação preocupa e deveria ser motivo de uma análise profunda da Cremesp em conjunto com o governo federal, precisamos reavaliar os cursos com métodos mais rigorosos e fazê-lo constantemente com os profissionais de medicina que estamos colocando nas ruas e hospitais no Brasil.

Tal qual no Direito, seria muito interessante que o Cremesp e o CRM – Conselho Regional de Medicina implantassem algumas medidas para proteger os futuros pacientes, bem como aos novos médicos. Garantindo a sociedade a qualidade daqueles recém formados profissionais de medicina. Seriam elas as seguintes:

1. Manter o exame da Cremesp, tornando obrigatório para o exercício da medicina;

2. Incluir algumas etapas antes que o novo médico possa realizar sua primeira cirurgia, assim como é feito nos EUA, estipulando uma idade ou uma experiência necessária antes que o novo profissional possa adentrar um centro cirúrgico;

3. O governo federal deveria criar um planejamento que identificasse as maiores deficiências na saúde pública para poder com competência, com salários atrativos conduzir os médicos para estas áreas carentes no interior do Brasil;

4. Neste mesmo planejamento envolvendo as Universidades Públicas e as Privadas deveriam ser incentivadas as especializações que viessem ao encontro das maiores necessidades do povo, podendo ser estudados bônus para aqueles que cursem aquelas determinadas áreas prescritas pelo Governo/Universidades.

Esse bônus pode ser em forma monetária, desconto em mensalidades, prêmios, etc. O que não pode continuar é essa situação onde formamos pessoas para cuidarem da sua saúde financeira esquecendo-se da importância de sua correta formação em medicina para atender os preceitos de Sócrates em seu juramento formal ao final de seu longo curso.

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