A democracia... É uma constituição agradável,
anárquica e variada, distribuidora de igualdade
indiferentemente a iguais e a desiguais. Platão
Nada vai mudar, como vem acontecendo nos últimos trinta anos neste país abençoado por terras férteis, minérios em abundância, petróleo até na camada do pré-sal, extensão territorial marítima com farta opção de pescados, além é claro, de um leque sem igual de lugares para turismo interno e externo.
E nada muda, por que a classe política que aqui habita efetua um circulo pernicioso onde ao governar nega o acesso à educação de qualidade para aqueles que via de regra os elegem, num círculo vicioso e maldito para as esperanças deste próprio povo.
Nas duas gestões de FHC a inflação foi domada com a aplicação do plano econômico real, mesmo assim, nada mudou para a grande maioria. Criou a peso de ouro a nefasta reeleição. Lula ficou então mais oito anos e transformou alguns benefícios de FHC em moedas de troca por votos e embarcou na reeleição que os tucanos criaram.
Com a utilização de algumas medidas populistas o PT levou as classes C, D e E ao paraíso das compras, dos crediários e das dividas que até então somente a classe média possuía por meios de carnês a perder de vista. Numa economia volátil isso é tão bom quanto perigoso aos que agora são favorecidos.
Mas ao mesmo tempo, não investiu em educação, saneamento básico, saúde e habitação, ficando assim como FHC, nos nomes pomposos de planos de ação sem planejamento, sem controle de gastos e obviamente sem resultados palpáveis.
Hoje o país arrecada em números gerais R$ 1,5 trilhões em impostos de toda natureza nas três esferas de governo. Ao mesmo tempo somente o governo federal gasta R$ 210 bilhões com uma máquina administrativa inchada e mal distribuída por mais de 40 ministérios. Este número é um desrespeito à inteligência e a administração moderna.
O governo gasta ainda outros R$ 184 bilhões com despesas de custeio. Enquanto dispõe a titulo de exemplo de R$ 32 bilhões com benefícios a idosos e portadores de deficiências físicas.
Nada muda na distribuição de renda que privilegia a classe dominante e o alto empresariado em detrimento de milhões de brasileiros da classe média, que ao mesmo tempo é a que mais paga tributos e sustenta boa parte das demais classes sociais do país e este governo inepto.
O novo ano de 2014 muda apenas na numeração milenar, pula um ano a mais, porém não altera a perspectiva de termos mais um ano com:
1. Congresso ocioso, votando apenas e tão somente coisas de interesse do governo ao invés de votar por pautas significativas como as Reformas Política, Fiscal e tributária por exemplo.
2. Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais continuaram subservientes ao poder estabelecido formando verdadeiras barreiras facciosas em prol da chamada “Base governista” que mais se assemelha de uma Base Mafiosa. Ano de eleição é ano de ócio e foco apenas nos partidos e seus candidatos.
3. A carga tributária não vai diminuir, assim como não recuará os gastos públicos com pessoal e mordomias inaceitáveis em viagens e outros gastos nababescos dos governos nas suas três esferas. O 1º semestre terá gastos nababescos com publicidades nos governos estaduais e no federal também.
4. Nada mudará na Saúde Pública, Educação, Segurança, Habitação e Saneamento Básico que apesar de terem recursos nos cofres públicos não vão sair do papel em forma de projetos e ações concretas para tirar o país do lodo em que está na comparação com países menores e mais pobres.
5. Não teremos mudanças no Poder Judiciário que virou anexo do Poder Executivo no país. Os nossos juristas e legisladores não vão alterar significativamente as leis brandas que favorecem criminosos comuns, corruptos e a impunidade no que chamo de SPA Mundial da Corrupção.
6. Julgamentos como o do Mensalão atraem holofotes, mas não valem absolutamente nada se não tiverem continuação com a extensão para outros casos como Privataria Tucana, Caso Cachoeira, Mensalão mineiro, Operação Porto Seguro e o obsceno crime de Cartel dos Trens em SP, entre tantos que aparecem nos jornais.
Ao final de 2014 vamos conferir tudo isso e com certeza reescreve-lo como se fosse 2015. Acrescentando apenas os gastos obscenos do governo com a realização da Copa do Mundo de futebol no país. Gostaria de estar errado, mas não creio. O tempo me auxilia na minha convicção.
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