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26 de novembro de 2012

Insegurança Pública em SP


“As grandes ideias surgem da
observação dos pequenos detalhes”.
Augusto Cury

Quando Mário Covas foi eleito governador pelo mesmo PSDB que ainda governa o Estado de SP há 19 anos, ele começou uma política de interiorização dos presídios. Com isso esparramou presos por todo interior de S. Paulo. Livrou a capital e transferiram presos e familiares e amigos deles para o interior do Estado.

Ao invés de promover o desenvolvimento com a instalação de polos de tecnologia e indústrias modernas, trouxe presídios e com eles um processo de transferência do medo e da insegurança. Não bastasse isso, José Serra em 2007 transformou boa parte deles em presídios de regime semiaberto, dando condições aos presos de irem e virem sem que saibamos como isso é feito e por quem é autorizado e fiscalizado internamente.

O complexo penitenciário do Carandiru na capital foi demolido e havia a promessa de que naquele local o governo paulista iria construir parques, áreas de lazer em troca da desativação do presidio. Até hoje, desconheço alguma obra que tenha sido feita pelo partido no local.

Enquanto havia o Carandiru não havia PCC, não havia presos administrando de dentro do complexo tráfico de drogas e a criminalidade fora do presídio. O Carandiru era temido por qualquer marginal, ao contrário dos SPA’s que foram feitos pelo PSDB e servem de postos avançados para toda criminalidade no interior de SP.

O governador insiste em dizer que a situação está sob controle, claro que está, mas do controle do PCC – Primeiro Comando da Capital e não das autoridades constituídas que governam este Estado há 19 anos.

Tempo mais do que suficiente para que tivessem feito algo pela Educação e implantado projetos que evitassem o crescimento da marginalidade e da criminalidade nos níveis assustadores dos dias atuais. Será que noventa e cinco policiais e mais de duzentos civis mortos não caracteriza uma guerrilha urbana e um estado de guerra nas nossas ruas?

A solução da violência passa obviamente por Brasília, onde o governo federal oferece ajuda, mas também não faz nada para oferecer soluções. Mandar força militar ou tropas de inteligência são paliativos, é preciso descentralizar os presos e tirar do Estado de SP criminosos nascidos em outra regiões do Brasil. É preciso projetos claros e verbas para Educação.

Mas acima de tudo é preciso que PSDB e PT acordem, percebam o tamanho da criminalidade que nos apavora e comecem a trabalhar em prol da reforma do sistema penitenciário no país. Da união das forças policiais e da erradicação da miséria e da ausência do Estado nas comunidades. Temos muitas leis e nenhuma Justiça.

O governo federal e o Estadual são culpados, não tem inocente neste meio, exceto o povo que paga impostos escorchantes e não recebe nada em troca, exceto afirmações absurdas como a pérola de Geraldo Alckmin que ilustra a situação atual em SP:

“O Estado de SP é maior que a Argentina, logo não se pode culpar o governo paulista pela situação que vivemos na segurança pública”. Ainda bem que o senhor não é governador de Minas Gerais nem de alguma província chinesa...

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