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8 de junho de 2012

Gastos da Copa/2014 e Olimpíadas/2016 são obscenos!

“A maioria das pessoas não planeja fracassar,
fracassa por não planejar.” John L. Beckley


Ao afirmar perante o mundo que poderia organizar uma Copa do Mundo de Futebol em 2014 e uma Olimpíada em 2016, o governo brasileiro se inflou de ufanismo e bateu no peito dizendo em alto e bom som que nosso país teria condições técnicas, financeiras e organizacionais para provar ao mundo sua capacidade.

Ao fazê-lo mostrou aos organizadores e ao país quais seriam seus gastos em ambos os eventos, sendo que a Olimpíada no RJ envolve diversas modalidades e participantes do mundo inteiro. Enquanto a Copa do Mundo atraí as atenções do planeta para a bola e terá 31 países participando além do anfitrião.

Enquanto a Olimpíada envolve bilhões de investimentos numa única cidade, carente de mobilidade urbana, habitação e segurança para fica no mínimo. A Copa do Mundo envolve doze cidades que foram escolhidas sem critérios técnicos para serem sedes do grandioso evento.

A maior e mais severa crítica naquele momento era de que a corrupção iria grassar solta nas obras e serviços a serem realizados no país. Aproveitando dois pilares: Governo vulnerável + Obras emergenciais.

No caso específico da Copa do Mundo isto está bem claro, nenhum estádio está pronto, nenhum estádio está ao menos dentro do cronograma das obras. Nenhuma obra de infraestrutura nem de mobilidade urbana foi realizada e a maioria sequer foi licitada. Na data em que escrevo este artigo estamos a menos de dois anos do evento e nem assim percebemos nas autoridades brasileiras algumas rugas de preocupação, deixando a entender que os críticos estavam certos.

Segundo Romário, tudo será feito do “jeitinho” brasileiro, entregue em cima da hora e feitos de qualquer jeito para que se possa realizar o evento. Dane-se qualidade, dane-se comprometimento com o evento e a sociedade e acima de tudo dane-se o erário.

A Olimpíada RJ/2016 transformou a cidade do Rio de Janeiro num imenso canteiro de obras, aumento da oferta de energia, mobilidade urbana, infraestrutura, tudo andando em conformidade com as rigorosas exigências do Comitê Olímpico Internacional.

Entretanto dois problemas saltam aos olhos naquela cidade. O primeiro é que as arenas (Locais) onde serão realizadas as quase trinta modalidades olímpicas ainda não estão prontas e sequer estão adiantadas, muitas não licitadas. O segundo grande problema é o elevado custo desta brincadeira de meia dúzia de autoridades cariocas que vão levar o Estado e talvez o país ao caos. Somados os dois eventos poderemos ter algo perto de R$ 500 bilhões.

Nem o chamado legado dos jogos (Copa do Mundo e Olímpiadas) pode ser levado em consideração. No caso da Copa de futebol isto não existirá, pois não haverá obras significativas em aeroportos, hotelaria e muito menos em mobilidade urbana. No caso da RJ/16 ainda pode ser que a sociedade se beneficie de algumas vantagens.

O caos financeiro que hoje atravessa a Europa deveria servir de lição para governantes que não planejam, não prezam pelo dinheiro do povo e sequer se importam com suas pobres reputações. Para eles a carreira política é o jogo e não a Copa de Futebol ou os jogos olímpicos.

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