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12 de março de 2013

INSS - Dois pesos e muitas medidas

“A história é uma galeria de quadros em
que há poucos originais e muitas cópias"
Tocqueville

Se existe um órgão no Brasil que comete injustiças em nome de regras, regulamentos e leis este é o Instituto Nacional do Seguro Social vinculado ao Ministério da Previdência Social.

Durante minha vida profissional de trinta e oito anos numa mesma empresa cansei de ver e ainda sei de colegas eletricitários que trabalharam em áreas de risco, como subestações, laboratórios químicos e mesmo com atestado assinado pela direção da empresa tiveram seus pedidos de Aposentadoria Especial negados.

Todos estão com seus processos apodrecendo nas gavetas do INSS, sem que sejam devidamente julgados e as decisões colocadas em prática. Vejam que no caso acima citado, não foi uma empresa qualquer que atestou a permanência dos empregados em áreas passíveis do pagamento do benefício de aposentadoria especial, mas sim uma Empresa do Governo Paulista.

Meu sogro entrou com ação na justiça pedindo recuperação de perdas e correção do pagamento de seu benefício há mais de dez anos. Hoje ele está com 76 anos de idade. Mesmo com idade acima de 70 anos e tendo contribuído sua vida inteira ele não conseguiu ao menos uma resposta do INSS. O processo está parado aguardando alguma sandice qualquer solicitada por algum burocrata do órgão.

Não há justiça quando o processo trata de pedidos juntos ao INSS. O órgão desrespeita prazos, alega estudos de viabilidade ou de análises que nunca são feitas ou ao menos explicadas ao beneficiário. Tenho dúvidas se este “Modus Operandis” não é ditado em off pelo próprio Ministério da Previdência aos seus comandados.

Os trabalhadores com carteira assinada recolhem suas contribuições pesadas em seus avisos de pagamento sem que possam sequer atrasar ou deixar de pagar religiosamente a cada mês e ao final do tempo de contribuição ficam muitas vezes sem o benefício pago e não concedido. Isso é crime!

Enquanto isso no mesmo Brasil, um assassino réu confesso, mata sua esposa e pasmem – Recebe mensalmente uma pensão pela morte da esposa que foi por ele estrangulada. Mesmo sendo informada pela polícia do processo de homicídio contra a esposa, o INSS continuou pagando o benefício desde 2010 até os dias atuais.

Ou seja, bandidos e assassinos tem por parte do INSS muito mais respeito e consideração do que aposentados que trabalharam honestamente e requerem um simples revisão de seus benefícios. Muito mais do que os trabalhadores de empresas do setor de energia que colocaram suas vidas em risco e hoje não podem receber um benefício que está na Lei.

Assim é o Brasil e sua burocracia criminosa, leis demais e justiça de menos num país onde criminosos possuem Auxilio reclusão e com certeza não ficam esperando muito tempo a sua concessão...

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