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15 de agosto de 2018

Impensável imaginar que viveríamos estas situações no século XXI!

Há muita gente infeliz por não saber tolerar
com resignação a sua própria insignificância.
Marquês de Maricá

A expectativa da grande maioria era viver uma era de transformações a partir do início do século XXI. Novas tecnologias superando tudo que o homem já tinha inventado e experimentado. Novas formas de comunicação com a utilização de meios que só apareciam em filmes futuristas.
A sensação era de que teríamos novas formas de contato e uma evolução do ser humano em todos os sentidos com a chegada do século XXI. Isso fazia muitos sonharem com mudanças benéficas em suas vidas.
Constatamos incrédulos que após transcorrermos dezoito anos do novo século, não temos carros voando pelas nossas cidades. Sequer dispomos de veículos elétricos para amenizar a poluição e o consumo de petróleo.
Não temos transportes coletivos utilizando tecnologia de ponta como o VLT, e percebemos que a população ainda sofre em velhos ônibus barulhentos, desconfortáveis e sujos.
No Brasil a única tecnologia que evoluiu foi a dos celulares e smartphones que inundam as lojas e estão em toda parte, nem sempre sendo utilizados para fazer jus ao seu preço e importância na comunicação.
Estamos vivendo numa situação que não condiz com o tempo presente, doenças antes erradicadas voltam a assombrar a saúde pública por falta de ações do governo federal e estaduais, bem como, pela ignorância dos intelectuais do Facebook, que resolveram crucificar as vacinas e assim, permitir que as doenças proliferem novamente.
A violência urbana no Brasil supera a de países em guerra, chegando ao descalabro de atingirmos 63 mil mortes por assassinato ao ano. Um número que mostra a situação de descontrole e desgoverno que o povo brasileiro está entregue, sem políticas públicas, com 14 milhões de desempregados e com as facções criminosas nadando na impunidade do nosso fraco sistema judiciário.
Não bastasse tudo isso, ainda temos em pleno século XXI falsos médicos matando mulheres que buscam aumentar ou corrigir aspectos de seus corpos, sem, no entanto, se atentarem para a inteligência ao buscar clínicas especializadas em cirurgias estéticas ou plásticas. A virada do milênio não produziu nada daquilo que imaginávamos na leitura dos textos produzidos no século passado, dando conta de avanços da humanidade. Ao contrário, estamos regredindo no Brasil a passos largos.
Os antigos trotes telefônicos viraram #Boatos nas redes sociais e se transformaram numa febre chamada Fake News, ajudando a desinformar ainda mais, se é que seja possível, o povo brasileiro.
A ciência sem recursos suficiente caminha vagarosamente na direção da cura de doenças que matam milhões ao redor do planeta. Os recursos estão sendo gastos em guerras, construções de naves e equipamentos para chegar ao planeta Marte, enquanto a Terra agoniza e pede socorro.
A poluição dos rios no Brasil e as queimadas das matas e da Amazônia para que gananciosos latifundiários capitaneados por políticos inescrupulosos possam instalar pastos e plantações, definem o perfil de um país que em breve não vai ter alimentos suficientes para por no prato de sua gente.
Ainda estamos no começo, claro que muitas coisas podem mudar e evoluir, mas confesso cético, que não consigo enxergá-las no atual momento em que vivemos. Ver uma mãe esclarecida, com formação universitária recusar-se a dar as vacinas a sua filha me levam a ser pessimista.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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