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2 de maio de 2018

Medicamentos gratuitos que custam caro ao povo!

"A democracia sobrevive quando
 a inteligência do sistema compensa
a mediocridade dos atores"
Daniel Inneraty

O direito à saúde é resguardado pela Constituição Federal e, em respeito a ela, há medicamentos gratuitamente fornecidos pelo SUS àqueles que não têm como arcar com os custos dos remédios.
É possível que a solicitação seja feita na Justiça, mas antes é recomendável que o cidadão busque direto no posto de saúde ou por via administrativa, com o objetivo de evitar uma demanda desnecessária.
Vale lembrar que portadores de hipertensão, asma e diabetes têm direito a medicamentos gratuitos fornecidos pela Farmácia Popular, bastando dirigir-se a uma delas com documento, CPF e receita médica.
Entretanto, no maior e mais rico Estado brasileiro – São Paulo, há tempos que as pessoas não conseguem os medicamentos. Sejam eles de alto custo ou mesmo aqueles ditos gratuitos, como por exemplo, para portadores de diabetes.
As desculpas fornecidas pelas unidades do governo estadual ou municipal que repassam aquilo que recebem do Estado são sempre as mesmas, já foram decoradas e dizem sempre: “Estes medicamentos que estão em falta aguardam a licitação”.
A palavra licitação é muito utilizada pelos órgãos estaduais para tentar justificar a incompetência de quem tem os recursos, porém, não fazem aquilo que preconizam as leis estaduais e federais.
Outro dia foi divulgado na TVTEM, afiliada da Rede Globo na matéria em que o paciente portador de Câncer na cidade de Marília não estava encontrando o medicamento vital para seu tratamento no órgão que deveria fornecê-lo gratuitamente. A resposta foi que a compra do medicamento estava em processo de “Licitação”.
Os portadores de diabetes em Bauru e bem possivelmente no restante do Estado encontram algumas dificuldades para encontrar os remédios e os insumos.
Os remédios chamados de alto custo fazem um circulo vicioso onde o portador da doença busca junto ao Estado, não consegue, entra na Justiça e consegue liminar ou ordem judicial para que o Estado faça a compra. O Estado brasileiro desrespeita a Justiça e a entrega do medicamento demora tanto que muitas vezes o paciente foi a óbito enquanto esperava a liberação do medicamento.
São muitos os casos, porém, nem a Justiça consegue fazer com que o Estado cumpra seu dever e obrigação para com quem recolhe pesados tributos e tem este direito amparado na Constituição.
Sem contar que em SP, um paciente que requer uma cirurgia ou um exame laboratorial tem de esperar no mínimo dois a três anos para conseguir fazê-lo. Nas propagandas do governo estadual do PSDB tudo na saúde funciona em SP, na prática isso é uma grande mentira.

Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público.

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