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28 de fevereiro de 2018

Um dura e cruel "coincidência"!

Podeis enganar toda a gente durante certo tempo;
podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo;
mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.

Ligado ao PSDB paulista, o ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, tinha R$ 113 milhões em quatro contas na Suíça, como revelam documentos enviados por autoridades do país europeu ao Ministério Público Federal em São Paulo. Ele é investigado em São Paulo e em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de ser operador do senador José Serra (PSDB-SP) em desvios de recursos do Rodoanel. 
As informações sobre as contas em nome de Souza, segundo o Estadão e a Folha, estão na decisão em que a juíza federal Maria Isabel do Prado autorizou o bloqueio do montante e o estabelecimento de uma cooperação internacional entre o Ministério Público Federal e a Suíça para recuperar os valores.
“Constam das informações que em 7 de junho de 2016 as quatro contas bancárias atingiam o saldo conjunto de cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a 113 milhões de reais, convertidos na cotação atual”, diz o despacho da juíza. Maria Isabel disse ver fortes indícios da prática de crimes, “bem como o enriquecimento injustificado do investigado”.
Essas informações causam profunda estranheza, pois estão na contramão das investigações e da celeridade imposta pela equipe de Sérgio Moro em Curitiba aos investigados na Operação Lava Jato.
Existe em São Paulo uma incompreensível demora e muitas vezes não conclusão de processos que envolvem direta ou indiretamente membros do PSDB/SP. São casos como: Cartel dos Trens, Desvio das Merendas e Rodoanel, entre outros.
As investigações são lentas, desaparecem nos arquivos do MP ou simplesmente punem apenas um lado da operação. Como se os crimes citados pudessem ter sido realizados a revelia do conhecimento ou participação de pessoas do partido, ou melhor, do governo à época de seus acontecimentos.
Isso faz com que possamos até acreditar na matéria de um grande jornal de SP, que citava a enorme empatia entre alguns jovens promotores e a equipe de governo, fazendo com que alguns acabassem sendo convidados para fazer parte do tucanato paulista.
Claro que não acreditamos em conivência, podemos crer em enormes coincidências ou quem sabe num governo que está há 24 anos no poder e ao contrário de todos os demais partidos políticos brasileiros não tenha nenhum envolvimento com propinas, esquemas de licitações, caixa 2 ou quaisquer meios ilícitos de lidar com o erário.

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