Seguidores

24 de dezembro de 2017

Mensagem de Boas Festas do Blog

O tempo está passando de forma acelerada e aqui estamos nós diante do Natal e das Festas de Final de mais um ano em nossas vidas. Agradecemos ao Senhor pela saúde e eu aproveito para agradecer às milhares de pessoas, que acessaram o conteúdo do meu Blog, nos mais diversos locais desse nosso mundo gigante fisicamente, mas pequeno do ponto de vista digital.

Neste ano de 2017 foram aproximadamente 16.500 acessos mensais perfazendo um total de 437 mil acessos desde que o Blog foi lançado. 
Agradeço aos amigos que compartilham os textos e artigos nas suas redes sociais, levando a mais pessoas o que escrevo e que também posto de articulistas renomados de diversos canais de comunicação do nosso país.

Espero sinceramente que todos tenham um 2018 melhor do que 2017, e que possamos rir mais, ler mais, ouvir cada dia mais e nos informar sempre, para que nosso alicerce de informações e cultura nos faça mais fortes perante os problemas que enfrentamos em nosso cotidiano.

Sejamos felizes, pratiquemos o amor e façamos com que a Corrente inquebrantável do Bem seja estendida a todos que estejam ao nosso redor.

Obrigado

Rafael Moia Filho - Autor dos Livros O tempo na varanda e O humor no trabalho.

Histórias similares com finais completamente diferentes!

O ex-agente da NSA/CIA Edward Snowden alertou em 2011, que o Brasil, Paraguai e Honduras estavam sendo espionados de forma descarada pelos americanos. Honduras em virtude da Lei contra o trabalho escravo, visto que naquele país da América Central estão instaladas várias indústrias têxteis americanas e fábricas de jeans que usam trabalho infantil (vide vídeo: Iluminatti).
No nosso vizinho Paraguai, o objetivo era a queda de Fernando Lugo, conhecido como o "bispo dos pobres" por seu histórico de liderança dos movimentos sociais quando era bispo católico. Lugo assumiu a Presidência com uma ampla aliança, porém, acabou governando sem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado.
Embora praticamente nenhum veículo da mídia tenha noticiado, uma das causas foi a Lei dos Transgênicos, que afetou a Empresa Monsanto. O golpe contra a democracia do Paraguai contou com a participação dos tucanos do Paraná. Na capital daquele país, Assunção eles usaram na mesma época o jato do doleiro e office boy dos tucanos Alberto Youssef.
A família Dias é velha conhecida do doleiro tucano Youssef, pois ele financiou em 2009 várias campanhas tucanas. O ex-agente da CIA, Edward Snowden alertou que o Brasil estava ultrapassando a Inglaterra em taxas de crescimento na indústria com a produção no pré-sal e gerando empregos para milhões de pessoas em estaleiros recém-construídos.
O jornalista americano Glen Greenwald, reforçou a denúncia do ex-agente da CIA e alertou que a descoberta do pré-sal estava colocando o Brasil em destaque. O que poderia possibilitar que a Petrobras dominasse a produção com altas taxas de produtividade, pois atingiu a meta de um milhão de barris em tempo recorde de apenas quatro anos.
Convém lembrar que o pré-sal é a última descoberta de campo gigante feita no planeta com 176 bilhões de barris e poços com elevadíssima produtividade. Portanto as petrolíferas anglo- americanas logo trataram de conspirar contra o Brasil com ajuda da Rede Globo, que foi criada totalmente com capital norte americano em 18.06.1963 para derrubar o então presidente João Goulart - Jango.
Segundo o: livro A história secreta da Rede Globo, escrita por Daniel Herz, a emissora foi criada com capital da Time e dos bancos credores sediados em New York. Teriam sido usados U$ 61 milhões que ajudaram a financiar a derrubada de Jango, por causa da Lei 4131 de controle de remessas de lucros ao exterior.
Em março de 2015 vazaram e-mails entre o senador José Serra (PSDB-SP) com a empresa americana Chevron que já havia sido expulsa do Brasil pela tentativa de roubo de óleo do pré-sal no campo de prospecção de Frade, o que acabou resultando num desastre ambiental.
Aliás, a Chevron Exxon Mobil Shell e a BP respondem a centenas de processos no mundo por desastres ambientais. Os casos de Macondo e Exxon Valdez são os dois maiores da história do petróleo. Na troca de mensagem entre José Serra e a Chevron havia a seguinte mensagem: “Calma, vamos derrubar o governo e entregar o pré-sal, vamos revogar a Lei da Partilha e isentar as petrolíferas estrangeiras de impostos”.
Para entender toda essa trama do golpe ocorrido em 2016, teremos que reprisar a história das privatarias tucanas que transferiram para o capital estrangeiro 137 (Cento e trinta e sete) empresas nacionais. Ação que teve no Estado do Paraná o local da captação de propinas pagas a 300 políticos obedientes a FHC. Escândalo que ficou conhecido como Banestado. Apelido do Banco do Estado do Paraná que captou U$ 125 bilhões pagos pelas multinacionais a políticos picaretas e corruptos.
O escândalo Banestado envolve os mesmos doleiros, os mesmos procuradores e os mesmos juízes que abafaram esse esquema gigantesco de captação e lavagem de dinheiro no Paraná. O caso era considerado por alguns políticos com a Nitroglicerina da política brasileira, muito diferente do rigor da planejada e bem executada Operação Lava Jato que ocorre na capital do mesmo Estado.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

Carta aberta aos ministros do STF!


Eu quero agradecer, em meu nome e em nome de todas as pessoas comuns, cidadãos simples do meu país como eu, pelas últimas decisões tomadas pelo nosso egrégio Supremo Tribunal Federal. Sim, o supremo fez de nós pessoas melhores do que pensávamos ser.
Quando olhávamos aqueles ministros sob suas togas, com passos lentos e decididos, altivos, queixos erguidos, vozes impostadas, ditando verdades absolutas e supremas, envoltos numa aura de extrema importância e autoridade, nos sentíamos pequenos, minguados e reles plebeus diante de uma corte que beirava o sublime, o inatingível e o intangível.
Com essas decisões o supremo conseguiu fazer com que a minha percepção sobre mim e sobre nós, mudasse. Eles não são deuses. São pessoas tão pequenas e tão venais, que qualquer comparação que se faça de nós em relação a eles, seria desqualificar-nos a um nível abissal.
Tudo aquilo é fantasia, tudo aquilo é pose e tudo aquilo não passa de um teatro, mas nós somos reais. Foi aí que eu vi o quanto somos mais importantes que eles! Enquanto as divindades supremas encarnam seus personagens de retidão e lisura, mas com suas decisões abduzem a moral e destrói o país (e de quebra a reputação do judiciário), nós brasileiros comuns e sem toga trabalhamos arduamente dia e noite para construir o país, ou pelo menos para minimizar os danos que eles provocam.
Então… como é que um dia eu pude vê-los como sendo superiores a nós? Eu estava enganado. Nós somos muito superiores a eles, mesmo sendo Josés, Joãos e Marias, desde o pequeno ambulante ao médico ou engenheiro. Nós somos as verdadeiras autoridades, porque nossa autoridade não foi conferida por um político malandro capaz de tudo com uma caneta. Nossa autoridade nos foi dada pela nossa força de continuar tentando fazer um Brasil melhor.
Fico sinceramente com pena é dos advogados, que são obrigados a chamar esses ministros de excelência, ainda que com a certeza de não haver excelência alguma nos serviços que eles estão prestando à nação. Acho que deve ser o mesmo sentimento de ser obrigado a chamar o cachorro do rei de “my lord”.
Agora eu sei o quanto somos bem maiores que eles, mesmo sem aquelas expressões em latim e doutrinas rebuscadas cheias de pompas e circunstâncias, que no final significam apenas passar perfume em estrume.
Se há alguém realmente importante no Brasil, esse é excelentíssimo povo brasileiro, que apesar de tudo é obrigado a sentir o mau cheiro que vem da grande corte, e mesmo com náuseas e ânsia de vômito, tem que acordar às 5 da manhã pra fazer aquilo que eles não fazem: produzir.
“Obrigado, STF, por nos mostrar que hoje o rei sou eu e o povo brasileiro”.

Autor: Marcelo Rates Quaranta

18 de dezembro de 2017

Pequeno mapa do tempo ou alguns dados de Gilmar Mendes!

“Nossa geração não lamenta tanto os
crimes dos perversos quanto o
estarrecedor silêncio dos bondosos"
Martin L. King

O senhor Gilmar Ferreira Mendes (Nascido em Diamantino, em 30/12/1955) é jurista, magistrado e professor brasileiro. É ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 20 de junho de 2002, tendo presidido a corte entre 2008 e 2010. Foi indicado pelo então Presidente da RepúblicaFernando Henrique Cardoso - PSDB-SP em cujo governo exerceu o cargo de Advogado-Geral da União desde janeiro de 2000.
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Suas posições, no entanto, têm recebido inúmeras críticas, e sua carreira tem sido alvo de diversas polêmicas. Sua verborragia compromete a isenção com a qual se espera que, comportem-se todos os magistrados da corte suprema do país.
Gilmar Mendes, casado com Guiomar Feitosa, além de Ministro do STF, Presidente do TSE, é latifundiário, pecuarista fornecedor da JBS e dono de um Instituto de Educação que recebeu patrocínio de R$ 2 milhões de Joesley Batista.
A sua esposa, além de advogada do escritório Sergio Bermudes, que defende Eike Batista, julgado por Gilmar Mendes, é natural de uma família cearense do ramo dos transportes, sendo tia e madrinha de casamento junto com Gilmar, de Francisco Feitosa Filho, casado com Beatriz Barata, neta de Jacob Barata, que é dono de 13 empresas de ônibus com contratos com o estado do Rio e Portugal, país este, onde o Instituto de Gilmar faz seminários anuais com patrocínio da FECOMERCIO-RJ, também cliente de Guiomar, e tendo como convidados FHC e João Dória do PSDB.
O irmão de Guiomar e sogro de Beatriz Barata, Francisco Feitosa, é ruralista, ex-deputado federal e filiado ao PSDB. É ele o suplente de Tasso Jereissati, Senador tucano que comprou parte das Teles privatizadas por FHC para fundar a Oi Telecomunicações, empresa da qual é dono e que recentemente entrou em processo de recuperação pedindo 65,4 bilhões de reais ao governo.
Tasso tem uma fortuna de 400 milhões de reais declarados, é Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e fervoroso defensor da reforma trabalhista proposta por Meirelles.
O atual ministro da fazenda Henrique Meirelles é ex-funcionário do grupo JBS, banqueiro e consultor financeiro, além de responsável por aprovar o aporte do Governo para salvar a empresa de Tasso, que além de tudo era Presidente interino do PSDB no lugar de Aécio.
O senador Aécio Neves é padrinho de casamento da Andreia Sadi, repórter da emissora Globo News casada com o Editor do canal em Brasília, ambos funcionários do Grupo Globo, que apoiou a candidatura do Senador em 2014, ignorando o aeroporto particular construído com recursos públicos e um helicóptero com 450 kg de cocaína do amigo Perrella, com quem Aécio dividiu a propina paga por Joesley.
Este por sua vez era o maior anunciante da Globo, que teve processo contra ela desaparecido misteriosamente na Receita Federal pela funcionária Cristina Ribeiro, que mesmo após ser condenada, foi solta pelo Ministro Gilmar Mendes, alçado a esse posto por FHC.
Em 23 de dezembro de 2009, Gilmar Mendes, na época presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus que revogava a prisão preventiva do médico Roger Abdelmassih acusado por 56 crimes sexuais. Como consequência, o médico permaneceu foragido até o ano de 2014, quando suas vítimas mobilizaram-se e conseguiram encontrá-lo no Paraguai.
Em junho de 2010, concedeu efeitos suspensivos a recurso de Heráclito Fortes (DEM-PI), condenado por um colegiado do Tribunal de Justiça do Piauí por conduta lesiva ao patrimônio público em novembro de 2009. Seu argumento foi de que o condenado tem um recurso parado na justiça.
Em matéria de 2012, a revista Carta Capital veiculou diversas denúncias contra Gilmar Mendes.  Nela, Mendes é acusado de sonegação fiscalde ter viajado em aviões cedidos pelo ex-senador Demóstenes Torresde intervir em julgamentos em favor de José Serrade nepotismo, e testemunho falso ao relatar uma chantagem do ex-presidente Lula para que adiasse o processo do Mensalão para depois das eleições municipais de 2012. A revista repercute acusações de certos movimentos sociais que indicam que ele seria o "líder da oposição", de estar destruindo o judiciário e de servir a interesses de grandes proprietários. Mendes, porém volta a afirmar não ser o líder da oposição.
Com esse currículo invejável e a presença certeira na defesa de vários políticos e empresários corruptos o magistrado é a voz que destoa no STF. Voz que está sempre ao lado dos que são denunciados ou presos pela PF, PGR ou MPF. Raramente se posiciona a favor da sociedade brasileira, preferindo sempre estar ao lado dos políticos, dos poderosos e dos corruptos que inundam o país de golpes e falcatruas. 
Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.

15 de dezembro de 2017

A guerra civil como forma de governo!


Há dias um juiz negou o pedido de uma ex-funcionária do banco Itaú para processar seu antigo empregador por fazê-la trabalhar em horas extras não pagas, além de praticar assédio, obrigá-la a acúmulo de função e desrespeitar outros direitos trabalhistas elementares.
No entanto, baseado na nova lei trabalhista, o juiz em questão resolveu obrigar a trabalhadora a pagar os custos dos advogados do banco, ou seja, R$ 67 mil. Ele deve esperar, com isto, criar uma jurisprudência que desestimule de vez trabalhadores a acreditar terem o direito de usar a Justiça para se defender de seus empregadores.
Na mesma semana que ficamos sabendo desta nova modalidade de Justiça, uma das maiores empresas nacionais de expropriação de alunos, uma empresa que não teme macular o termo "universidade", demitiu sumariamente 1.200 professores. Sem se preocupar minimamente com o impacto de tal decisão no ensino oferecido aos alunos, nas pesquisas desenvolvidas e orientações, a dita empresa de expropriação estudantil espera aproveitar-se das nova legislação trabalhista para oferecer salários ainda mais aviltantes a professores atemorizados em regime precário.
Esses dois fatos não são fenômenos isolados, mas expressam de forma cristalina a razão pela qual atualmente existe governo no Brasil.
Há governo no Brasil para levar ao extremo uma guerra civil não declarada contra aqueles que vivem de salários, para submetê-los a um regime de medo e insegurança social absoluta a fim de quebrar qualquer ímpeto possível de mudança nos padrões de circulação do dinheiro e das riquezas. Por isto, o paradigma para entender o Brasil atual não é o paradigma do governo, mas o paradigma da guerra.
Ele começou com o uso da instabilidade política para insuflar a crise econômica por meio de pautas-bombas no Congresso, de assalto aos cofres públicos por meio de aumentos aviltantes ao Poder Judiciário, de queda completa da credibilidade internacional do Brasil por meio de um governo de presidentes indiciados. Uma crise do tamanho da que vemos atualmente não foi resultado apenas de descaminhos econômicos. Colaborou de forma decisiva uma dose maciça de produção política. Pois em situação de crise, o paradigma da guerra civil pode reinar.
Mas para que esta guerra avance a ponto de levar a população à capitulação faz-se necessário o golpe final da reforma previdenciária, que deve ser dado na semana que vem. É digno de um cinismo diabólico ver a casta de privilegiados que passa incólume da crise econômica atual (representantes do sistema bancário-financeiro, grandes empresários, políticos com aposentadorias garantidas, juízes) tentar vender à população a necessidade de destruir o sistema previdenciário brasileiro sob a capa exatamente do "combate aos privilégios".
A não ser que, de agora em diante, o simples ato de aposentar-se seja descrito, na novilíngua neoliberal, como "privilégio".
No entanto, "privilégio" não foi o termo usado para a decisão da Câmara de conceder isenção fiscal a gigantes petrolíferos que explorarão o pré-sal (MP 795/2017) impondo perdas de até R$ 1 trilhão em 25 anos. O governo aponta que tal isenção gerará bilhões para o país.
Deve ser um processo de geração da mesma natureza dos empregos que o mesmo governo prometia com a aprovação da reforma trabalhista. Algo cuja existência é da mesma ordem do círculo quadrado, do unicórnio e da honestidade do presidente Michel Temer. Se democracia houvesse em nossas terras, o fato de a maioria esmagadora da população preferir candidatos fora do horizonte de sustentação do "governo" atual seria elemento fundamental impedir sua guerra travestida de política econômica.
Como democracia aqui é só uma fachada já bastante puída e degradada, o "governo" de menor aprovação popular do mundo, que inveja até mesmo os índices de aprovação de Nicolás Maduro, pode usar todo seu aparato jurídico-policial para quebrar o ímpeto de defesa da classe trabalhadora. O que passa por prisões arbitrárias, "condições coercitivas" surreais, multas milionárias para sindicatos que procuram exercer o direito de greve, ameaças de golpe militar, entre outros.
Melhor seria que a população brasileira entendesse de vez que estamos em uma forma de guerra civil de baixo impacto no qual Estado brasileiro mostra claramente sua face de instância beligerante. 

Autor: Vladimir Safatle – Professor livre docente do Departamento de Filosofia da USP. Escreve as Sextas para a Folha de SP.

8 de dezembro de 2017

MBL - Movimento Brasil Livre - Quem são e quem os financia?

 Não há nada bom nem mau a não ser estas duas coisas: 
a sabedoria que é um bem e a ignorância que é um mal. 
Platão
O Movimento Brasil Livre - MBL é um movimento político brasileiro que defende o liberalismo econômico e o republicanismo e estão ativos desde 2014. O MBL tem como colunista Luan Sperandio Teixeira, que é colaborador da rede Estudantes para Liberdade. Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal de Estudos Empresariais e diretor executivo do Instituto Ordem Livre.
Para entendê-los é preciso ver quem são os seus financiadores que bancam seus gastos, suas viagens e despesas gerais. Por trás dos movimentos está a Indústria Koch que tem um faturamento aproximado de 115 bilhões de dólares anuais. A indústria Koch tem suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás; ela esteve envolvida no roubo de cinco milhões de petróleo em uma reserva ambiental e foi multada em 30 milhões de dólares por conta de vazamento de óleo.
De acordo com publicação da Revista Carta Capital, os irmãos Charles e David Koch são sócios, possuem 42,9 bilhões de dólares e estão em sexto e sétimo lugar na última lista dos 10 maiores bilionários do mundo. O irmão caçula, Bill Koch, tem um império de 2,8 bilhões e financia políticos conservadores norte-americanos. Eles são filhos de Fred Chase Koch, um empresário de petróleo, admirador de Mussolini e um dos fundadores em 1958 da organização ultradireitista John Birch Society, cuja sede foi estabelecida ao lado do túmulo do paranoico senador anticomunista Joseph MC Carthy e foi notório pelo combate à lei dos direitos civis promovida por Lyndon Johnson, nos anos 1960.
Já a organização internacional Estudantes para a Liberdade conta com uma forte atuação e articulação em países que passaram por período de turbulência política, como a Venezuela e a Ucrânia. Na Venezuela, o grupo Estudantes para a Liberdade tem como articulador o economista Oscar Torrealba, que trabalha para o jornal EI Universal, veiculo da oposição burguesa ao governo de Nicolas Maduro.
No site de uma das organizações internacionais envolvidas com a empresa Koch e com os Estudantes Para Liberdade, coloca-se que a “a missão do Movimento Brasil Livre é mobilizar indivíduos para um ativismo em favor da liberdade, da justiça e de uma sociedade mais próspera”.
O Movimento Brasil Livre se apoia numa enorme insatisfação da população com os políticos e como resposta coloca que o “Estado seja reduzido”, ou seja, que o problema da crise e da corrupção se dá porque o governo faz muitas concessões para os trabalhadores e o povo pobre. Esse movimento reivindicou o impeachment da presidente Dilma, pois achava que os ajustes que o governo estava aplicando era insuficiente e por isso queriam substituí-la por um governo mais “ajustador”.
O discurso de que o MBL é contra a corrupção é totalmente falacioso. Para travar um combate efetivo contra a corrupção é preciso questionar a relação entre os banqueiros e empresários com os políticos. Um movimento que se coloca contra a corrupção teria que se colocar contra os ataques aos trabalhadores e ao povo pobre que o Estado impõe, mas o objetivo do Movimento Brasil Livre é justamente tentar garantir os ataques contra os trabalhadores.
A prova mais viva de que o MBL não é contra a corrupção é que duzentos integrantes do movimento irão concorrer às próximas eleições em partidos da direita, oposição ao PT e outros partidos de esquerda. Saíram candidatos com o PSDB, DEM, PMDB e outros, envolvidos nos mesmos esquemas de corrupção que o PT, além de estarem envolvidos em seus próprios esquemas, como o Desvio das Merendas, Rodoanel, Cartel dos Trens em São Paulo.
Numa entrevista de Kim Kataguari, concedida para o Globo, o MBL afirma que irá filiar integrantes nos partidos de oposição burguesa ao PT, para poder criar uma “bancada liberal independente”, que seja a cartilha da “redução do Estado na economia e na vida da população”. Um dos coordenadores nacionais do MBL, o advogado Rubens Nunes, afirma que, para conseguir uma mudança efetiva, é preciso sair das ruas e participar da política representativa.
A entrada da FIESP, junto com o MBL diz muito sobre eles, afinal não podemos esquecer que o presidente da FIESP, Paulo Skaf (PMDB), foi um grande defensor da PL 4330, cujo objetivo era ampliar a terceirização do trabalho no país, precarizando ainda mais a força de trabalho. Além do que, Skaf está sendo investigado na Lava Jato.
A Apropriação de pautas conservadoras faz o grupo radicalizar suas posturas contra manifestações artísticas, como a do Queermuseum, em Porto Alegre, e no MAM, em São Paulo.
As controvérsias e incoerências dos líderes e criadores do MBL acompanham o crescimento do movimento, que nasceu com o objetivo de mobilizar as ruas a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de pregar o liberalismo econômico e exigir o combate à corrupção.
Com relação a este último ponto, eles ainda concentram seus ataques, de forma obsessiva, ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é acusado de corrupção em vários processos e já foi condenado em um deles. Falam pouco, contudo, de políticos como Geddel de Oliveira, Sergio Cabral, os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá, Aécio Neves (PSDB) e o presidente Michel Temer (PMDB), ainda que Aécio tenha sido gravado pedindo dinheiro a Joesley Batista, da JBS, e Temer tenha sido alvo de duas denúncias por corrupção e organização criminosa da Procuradoria-Geral da República.
"O MBL se articula em torno de alguns temas, mas os principais são ainda o antipetismo e a defesa das propostas liberais do governo. Isso explica o alinhamento com o PMDB e o PSDB", explica Fábio Malini, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenador do Laboratório de estudos sobre Internet e Cultura (LABIC).
A artilharia contra a esquerda e qualquer tese defendida por grupos que eles vinculam a ela é o que mais se destaca em suas páginas. Só a do Facebook soma 2,5 milhões de curtidas. Mas de um tempo para cá o MBL vem se apropriando de pautas ultraconservadoras em diversos campos, firmando-se como porta-voz e tropa de choque desses setores.
Com forte discurso punitivista, seus membros defendem, por exemplo, a redução da maioridade penal e o fim do estatuto do desarmamento. Se antes se recusavam a comentar temas morais ou comportamentais, hoje participam ativamente da chamada "guerra cultural".
Pregam contra o aborto, o feminismo, a "ideologia de gênero" e o "politicamente correto". Não raro dizem que negros, homossexuais e mulheres têm discursos "vitimistas" e "infantis". O "livre" que carrega em seu nome também se contradiz com uma das pautas preferidas do grupo: o Escola Sem Partido, que prega o que eles chamam de "o fim da doutrinação" nas escolas. O Ministério Público Federal já alertou sobre a inconstitucionalidade do projeto, enquanto que especialistas argumentam que, na prática, ele atenta contra a liberdade do professor na sala de aula.
Em resumo, é uma lástima que jovens brasileiros se dediquem a combater a corrupção, exceto se ela for cometida por seus aliados políticos. A vida democrática deve permitir ideias de todos os espectros ideológicos, desde que, sejam em favor da população e da Nação. Esse grupo chamado MBL, não percebe que comete os mesmos equívocos que os chamados grupos radicais xiitas de esquerda que eles tanto odeiam.
Querem impor ideias sem que haja debates democráticos, querem que esqueçamos que a corrupção está enraizada nos partidos que eles apoiam cegamente apenas porque são de direita. 

Áudio do MBL onde Renan Santos fala da ligação do MBL com partidos políticos: https://tv.uol/14XKA

Pesquisa: Wikipédia, Guilherme de Almeida Soares, Site Gazeta do Povo, Controvérsia Blog, Jornal El Pais e UOL Notícias.

6 de dezembro de 2017

Entenda o que são os Bots e como eles são usados pelos partidos políticos!

Distorcem-se fatos para satisfazer
teorias, e não o contrário.
Sherlock Holmes
Depois do experimento da Microsoft com o Tay, um bot que interagia com usuários pelo Twitter e que acabou sendo transformado em um robô nazista e ignorante no início deste ano, muita gente começou a questionar como que a tecnologia tem o poder de criar uma máquina capaz de aprender novas coisas e interagir com outras pessoas sem ser controlada por qualquer indivíduo. Bom, trata-se de um bot e chegou a hora de explicar, de uma vez por todas, o que é isso.
Primeiro, é preciso entender que um bot é um programa de computador que foi fabricado para automatizar procedimentos, geralmente repetitivos, em ordem de ajudar as pessoas. A palavra “bot” vem de “robot”, que, em inglês, significa “robô”. Ou seja, um bot nada mais é do que um robô, mas que existe apenas em formato digital.
Os bots não são exatamente uma novidade tecnológica. Jogadores de videogame e computador estão acostumados a encontrar bots principalmente em jogos clássicos como “Counter-Strike” e "StarCraft", por exemplo.
Não é apenas a Microsoft que está apostando nessa inovação para tentar dominar o mercado na próxima década, outros gigantes do ramo também estão de olho nas novidades para ingressarem em peso no setor.
Google e Facebook, por exemplo, já trabalham com bots há algum tempo. Quando você busca algo na internet e essa busca aparece em sua rede social, foi porque um bot a posicionou para você. Geralmente isso acontece com a pesquisa por artigos comerciais.
Os Bots sem que uma grande maioria soubesse, já tiveram papel importante nas eleições presidenciais de 2014, foram fundamentais para o impeachment e agora, mais sofisticados, decidirão os rumos da eleição de 2018.
O ano de 2014 foi um marco na política brasileira. Pela primeira vez, a disputa eleitoral aconteceu em grande parte na internet. É claro que, em 2010, a rede já existia, mas seu papel na tomada de decisão dos eleitores era outro. Naquela época, predominavam os veículos impressos, os portais e o SMS, todos com possibilidades de interação limitadas. Em 2014 o engajamento foi aprimorado: o Whatsapp tomaria o país; o Orkut daria lugar ao Facebook, uma rede social com base e conversações muito maiores, e a sensação de insatisfação, que antes ficava oculta a comentários na internet, se amplificaria em debates online e protestos.
Na época das eleições, enquanto Dilma Rousseff e Aécio Neves se digladiavam em debates, discursos e programas de TV, a força oculta da internet era usada como impulso extra. Um novo fenômeno aparecia na campanha virtual: os robôs programados para replicar conteúdo, os sociais bots.
Ainda que não tenha aparecido no mainstream (conceito que expressa uma tendência ou moda principal e dominante, a tradução literal de mainstream é "corrente principal" ou "fluxo principal". Em inglês, main significa principal enquanto stream significa um fluxo ou corrente). O pesquisador Daniel Arnaudo, da Universidade de Washington, nos EUA, e do Instituto Igarapé, no RJ, mostrou em estudo publicado em junho, que a ferramenta foi fundamental no processo eleitoral e, também, no processo que culminou no impeachment de Dilma. "A propaganda computacional em formas tais como redes de bot, notícias falsas e manipulação algorítmica desempenham papéis fundamentais no sistema político na maior democracia da América Latina", disse ao Motherboard.
Uma grande parte dos usuários replica essas notícias mentirosas que ganham uma multiplicação sem precedentes e acabam virando verdades para muitos incautos. [Se no Brasil já temos problemas demais com corrupção, mentiras por parte dos governantes, com os Bots sendo utilizados por estas pessoas bem remuneradas pelos partidos nas redes sociais, tornam-se uma temeridade].
Hoje as redes de bots estão mais fortes do que nunca. Os dados revelam que a atividade continuou, e ao mesmo tempo, existe uma linha entre a campanha de 2014 e o processo de impeachment. A campanha online nunca acabou, continuou depois da eleição de 2014, e só vem crescendo até os dias atuais. As redes têm a prova desse fio entre o processo de impeachment e a campanha eleitoral de 2014.
E não é só no Brasil que os Bots estão aparecendo em campanhas eleitorais. O governo americano descobriu que a propaganda eletrônica patrocinada pela Rússia teve papel importante nas eleições de 2016. Essa afirmação veio diretamente do diretor de inteligência nacional. Segundo ele, as táticas incluíram a distribuição de notícias falsas. O Facebook disse que seus dados internos não contradizem essa afirmação.
Os robôs eleitorais saíram do armário principalmente durante os debates de 2014. Após 15 minutos que o programa havia começado hashtags relacionadas a Aécio Neves triplicavam. "Esse tipo de aumento anormal é um forte indicador de que robôs estavam sendo usados, especialmente quando hashtags rivais apoiando a presidenta Rousseff não aumentaram numa proporção equivalente", diz o relatório.
E, de fato, foi possível provar a ligação entre alguns robôs e simpatizantes da campanha de Aécio Neves. A maioria dos retweets feitos pelos bots pró-Aécio tinha como fonte um publicitário que trabalhava para a campanha do tucano nas redes sociais. O PT usou das mesmas táticas, embora em menor escala. E com eficiência menor. Um documento de 2015 da Presidência da República revelou que o partido da então presidenta também possuía seu exército virtual, embora tenha causado menos estrago que a oposição. Segundo o documento, foram gastos R$ 10 milhões para manter a estrutura robótica mobilizada na campanha de 2014 funcionando entre novembro e março.
É preciso que o cidadão comum, o eleitor, ou aquele que apenas é usuário das redes sociais fique atento aquilo que é postado nas redes e que antes de compartilhar algo, pesquise, saiba que não está sendo usado por um partido ou por pessoas interessadas em algo que nada tem a ver com ideologia nem campanha política, mas sim muito dinheiro as suas custas.

5 de dezembro de 2017

Revolução silenciosa!


Para fazer uma "Revolução", não precisamos pegar em armas ou acabar com a vida de ninguém. A nossa "arma", são as redes sociais e a internet, acredite no poder que nós temos. Basta que cada um faça a sua parte e com isso amplificar. Estão em suas mãos. Na nossa mão. Seja bastante coerente. Esta é uma Matéria que vale a pena repassar, chega de nepotismo e de interesses ardilosos!

Que venha um referendo:

Voto facultativo? SIM!
Apenas dois Senadores por Estado? SIM!
Reduzir para um terço os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e NÃO por nepotismo? SIM!
Reduzir os 39 Ministérios para 12? SIM!
Cláusula de bloqueio para partidos Nanicos de aluguel e sem voto? SIM!
Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM!
Ampliação da Lei da Ficha-limpa? SIM!
Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas, Tribunais de Contas e Ministérios Públicos? SIM!
Cadeia imediata para quem desviar Dinheiro Público elevando-se para a categoria de Crime Hediondo? SIM!.
Atualização dos códigos penal e processo penal? SIM!
Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM!
Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um quinto? SIM!
Voto em lista fechada? NÃO!
Financiamento Público das Campanhas? NÃO!
Horário Eleitoral obrigatório? NÃO! Exceto se os partido financiarem com recursos próprios.
Mandatos com 5 anos, para todos os cargos do Executivos e Legislativo, e sem direito a reeleição? SIM!
Eleições Diretas e Gerais de 5 em 5 anos? SIM!
Um BASTA! Na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM!

O dinheiro faz homens ricos; o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz homens grandes. Divulguem pelo menos para dez pessoas dos seus contatos e vamos começar a mudar o Brasil? Está em nossas mãos. Lembre-se: a ficha limpa só está aí por mobilização do povo!

Carmem Lucia Prima: Carta publicada ontem no O Globo...
Carta publicada ontem no Globo por Gil Cordeiro Dias Ferreira

4 de dezembro de 2017

Sobre os boatos a respeito das urnas eletrônicas!

“Jornalismo é publicar o que alguém
não quer que seja publicado:
todo o restante é publicidade”
George Orwell

         Ao longo dos últimos anos, sempre que nos aproximamos das eleições, surgem boatos de fraudes nas urnas eletrônicas. O objetivo às vezes é tentar justificar a derrota de um partido ou até a vitória de outro que não é do agrado ideológico de quem espalha a notícia.
 Infelizmente, o nível dos candidatos é tão baixo que muitos chegam a fazer campanha com o número errado (acredite, isso acontece muito), ou simplesmente seus eleitores, os poucos que imagina ter, dizem que votou nele, mas a bem da verdade, não quiseram ou não souberam votar no referido candidato.
A urna eletrônica não é implantada em muitos países por questões puramente financeiras, visto que sua implantação é cara dependendo do tamanho do país. No quesito "segurança", não há como negar a eficiência do equipamento e de todo o sistema criado para empregá-la.
Para citar apenas um único sistema de segurança que impediria de acontecer o que é narrado nos posts nas redes sociais, destaco a "votação paralela", que consiste no seguinte:
Essa coisa de dizer que há fraude na urna eletrônica é mais ou menos como dizer que viu um OVNI, ou que Elvis não morreu, ou que foram os próprios Estados Unidos que mandaram derrubar as torres gêmeas. São apenas teorias da conspiração que encontram eco naquilo que algumas pessoas da sociedade querem ouvir, não nos fatos.
É óbvio que a votação paralela não é o único sistema de segurança, nem sequer é o mais importante. Há dezenas de outras formas de segurança que funcionam conjuntamente.
No dia da eleição duas urnas de cada Estado são sorteadas por uma comissão composta por servidores da Justiça Eleitoral, membros da magistratura, membros do MP, membros da OAB e dos Partidos Políticos. Essas urnas são retiradas das seções eleitorais onde seriam utilizadas e levadas de helicóptero para a sede de cada um dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais. Lá, os membros da comissão votam aleatoriamente em quem desejarem e seus votos são filmados. Depois, o resultado da votação é conferido com o resultado da urna. Até hoje jamais ocorreu uma única divergência entre as filmagens e o resultado da urna.
Um caso famoso que foi publicado pela Revista Veja é o da candidata à vereadora em Guajará-Mirim, interior de Rondônia. Edilamar Quintão Pimentel (PTN-RO) descobriu, na última hora, que fez toda a sua campanha com o número errado. A postulante digitou seu número de campanha na urna e verificou que não estava registrado. O número correto da candidata era 19.789, porém os santinhos – com erro de impressão – informavam o número 19.159.
Segundo o 1º Cartório Eleitoral, uma audiência pública foi realizada logo após o deferimento das candidaturas de Guajará-Mirim para resolver possíveis erros e alterações, mas a candidata não compareceu para verificar seu número. Edilamar, que fez toda a sua campanha com um número errado, não conseguirá receber nem o próprio voto.
Assim como a incauta Edilamar, muitos são os candidatos colocados sem critérios técnicos pelos partidos e que mal sabem ler e escrever. Culpar a urna pelo fracasso eleitoral é mais simples do que admitir fraquezas, péssimas indicações ou até campanhas realizadas apenas para justificar o contingente necessário de candidato por chapa.
Em SP há 23 anos o PSDB vence as eleições para Governador. Eleições que foram realizadas sempre no mesmo dia e horário das demais (Presidente, Senadores, Deputados Federais e Estaduais), sem que ninguém jamais questionasse a vitória daquele partido. Estranhamente quando se fala de fraudes, essas são imaginadas pelos membros das redes sociais justamente no pleito para Presidente. Será que as urnas são fraudadas apenas para um resultado, deixando que os demais fiquem acima de quaisquer suspeitas?
O sistema nunca foi implantado nos EUA ou em outras Nações por que seu custo é muito alto, desde a implantação até sua manutenção. No caso particular dos americanos, suas cédulas de votação contêm muitas informações, muitos candidatos a delegados e ainda cada Estado promove plebiscitos diferentes. Temos um sistema que é melhor e mais seguro, mas por motivos desconhecidos, ignoramos e achamos que o voto em papel é melhor nos outros países. Pobre país que copia o que não presta e não valoriza o que é inteligente. 
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

3 de dezembro de 2017

Quando se fala em poder político, nada é o que parece ser!


            O libertário Alejandro Chafuen, argentino-americano, passou sua vida adulta se dedicando a combater os regimes de esquerda e os movimentos sociais na América do Sul e Central na tentativa de substituí-los por empresários do chamado libertarianismo. O libertarismo, algumas vezes traduzido do inglês como libertarianismo, é uma filosofia política que possui a liberdade como seu núcleo. Libertários buscam maximizar a autonomia e liberdade de escolha, enfatizando as liberdades políticas, associações voluntárias, e a primazia do julgamento individual.
Estes grupos patrocinados pela Atlas Economic Research Foundation, uma organização sem fim lucrativo conhecida como Atlas Network (Rede Atlas), que Chafuen dirige desde 1991 festejou vitórias recentes na América do Sul.
Recentemente esteve no Latin America Liberty Forum, uma reunião internacional de ativistas libertários que a Rede Atlas banca financeiramente.
A falta de recursos financeiros aliados aos crescentes casos de corrupção na América Latina, fizeram com que alguns governos de esquerda tivessem problemas para se manter no poder. Estes libertários vislumbraram então o surgimento de uma oportunidade e uma demanda por mudanças, e tinham pessoas treinadas para pressionar por certas políticas.
Com isso, diversos líderes ligados à Rede Atlas conseguiram ganhar notoriedade: ministros do governo conservador argentino, senadores bolivianos e líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), que ajudaram a derrubar a presidente Dilma Rousseff.
Um exemplo vivo dos frutos do trabalho da rede Atlas, que Chafuen testemunhou em primeira mão. Ele inclusive esteve nas manifestações no Brasil e pensou: “Nossa, aquele cara tinha uns 17 anos quando o conheci, e agora está ali no trio elétrico liderando o protesto” diz, empolgado.
É a mesma animação de membros da Atlas quando o encontram em Buenos Aires; a tietagem é constante no saguão do hotel. Para muitos deles, Chafuen é uma mistura de mentor, patrocinador fiscal e verdadeiro símbolo da luta por um novo paradigma político em seus países.
Uma profunda guinada a direita está em marcha na política latino-americana, destronando os governos socialistas que foram a marca do continente durante boa parte do século XXI – de Cristina Kirchner, na Argentina, ao defensor da reforma agrária e populista Manuel Zelaya, em Honduras –, que implementaram políticas a favor dos pobres, nacionalizaram empresas e desafiaram a hegemonia dos EUA no continente.
Essa alteração pode parecer apenas parte de um reequilíbrio regional causado pela conjuntura econômica, porém a Atlas Network parece estar sempre presente, tentando influenciar o curso das mudanças políticas.
A história da Atlas Network e seu profundo impacto na ideologia e no poder político nunca foi contada na íntegra. Mas os registros de suas atividades em três continentes, bem como as entrevistas com líderes libertários na América Latina, revelam o alcance de sua influência. A rede libertária, que conseguiu alterar o poder político em diversos países, também é uma extensão tácita da política externa dos EUA, associados à Atlas que são discretamente financiados pelo Departamento de Estado e o National Endowment for Democracy (Fundação Nacional para a Democracia – NED), braço crucial do soft power norte-americano.
Isso nos mostra que por trás de falsos discursos pseudos moralistas contra a corrupção e os grupos de esquerda, o que temos na verdade são grupos organizados com muitos recursos e disponibilidade para ajudar políticos e empresários que não estão no poder a conquistá-los.
Essa mudança visa colocar no topo das negociações o governo americano, obviamente o grande defensor da liberdade (Deles) e a democracia dos outros.
Ao longo dos anos, a Atlas e suas fundações caritativas associadas, realizaram centenas de doações para grupos conservadores e defensores do livre mercado na América Latina, inclusive a rede que apoiou o Movimento Brasil Livre (MBL) e organizações que participaram da ofensiva libertária na Argentina, como a Fundação Pensar, um grupo da Atlas que se incorporou ao partido criado por Mauricio Macri, um homem de negócios e atual presidente do país. Os líderes do MBL e o fundador da Fundação Eléutera – um grupo neoliberal extremamente influente no cenário pós-golpe hondurenho receberam financiamento da Atlas e fazem parte da nova geração de atores políticos que já passaram pelos seus seminários de treinamento.
No ano de 2018, teremos eleições no Brasil, é preciso que nos informemos muito bem e saibamos quem está por trás de cada candidatura. Que grupos apoiam segmentos de esquerda e direita. E quanto dinheiro está sendo colocado em jogo para que podemos saber o que se dará em troca deste apoio para eleger simpatizantes deste ou daquele segmento político ou organizações como a Rede Atlas.

Fonte de pesquisa realizada por Danielle Mackey