Nos governos corruptos, em que há
pelo menos suspeita geral de muita
despesa desnecessária e grande malversação
da renda pública, a quantidade e
quantia de impostos são enormes.
Adam Smith
No Brasil, para o cidadão arrumar um bom emprego, normalmente as
empresas exigem experiência profissional comprovada, escolaridade acima do que
a função necessita e toda uma série de documentos do candidato. Entretanto,
para exercer o cargo de Prefeito em nossas 5.570 cidades, pouco ou quase nada é
exigido.
Esse paradoxo é inaceitável, na medida em que, essas pessoas eleitas vão
administrar bilhões de recursos públicos e vão inclusive, em muitas ocasiões, interferir
na instalação ou contratação das mesmas empresas que dificultam tanto a entrada
de um empregado comum em suas organizações.
Hoje as exigências para ocupar um cargo de Prefeito são as seguintes:
Ter a nacionalidade
brasileira;
Estar em pleno
exercício dos seus direitos políticos;
Estar em dia com
o alistamento eleitoral;
Ter “domicílio
eleitoral” na circunscrição onde pretende concorrer há pelo menos um ano;
Ser filiado a
um partido político há pelo menos um ano;
Não pode ser
analfabeto;
Não pode ser
militar que esteja na ativa;
Também não podem
concorrer ao cargo no Poder Executivo, parentes dos titulares destes cargos;
Percebam que nenhuma exigência é feita quanto à experiência em
administração pública ou privada, tampouco se exige uma escolaridade compatível
com a importância do cargo de Prefeito, que vão ter sob suas responsabilidades
milhares de brasileiros, bilhões de reais em orçamentos e uma gama complexa de
situações que envolvem administração pública, saúde, engenharia, mobilidade
urbana, entre outras.
Esse é um dos motivos que possibilitam a existência de tantos candidatos
eleitos que são verdadeiras nulidades em termos de administração pública, mas
que, guiados por marqueteiros e assessores competentes conseguem ludibriar os
eleitores incautos. Lembrando ainda, que a mais importante das eleições é
justamente aquela que elege vereadores e prefeitos a cada quatro anos.
São eles que vivendo na mesma cidade que o eleitor irão destinar
recursos, licitar, comprar e administrar nosso valioso dinheiro. Portanto, é
para com estes candidatos que temos de ter atenção redobrada.
Temos de agir como se fossemos empregados do RH – Recursos Humanos de
uma empresa, escolhendo quem vai gerir nossos valiosos recursos por quatro anos.
Se não agirmos desta forma, estaremos elegendo ratos para tomar conta do
nosso estoque de queijo. Pensem muito nisso!
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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