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20 de outubro de 2017

De país do futuro a nação sem rumo!

"O orçamento deve ser equilibrado,
o Tesouro Público deve ser reposto,
a dívida pública deve ser reduzida,
a arrogância dos funcionários públicos
deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve ser eliminada,
para que Roma não vá à falência.
As pessoas devem novamente aprender a trabalhar,
em vez de viver à custa do Estado".
Ano 55 a.C. Marco Túlio Cícero
Desde os tempos da ditadura, ouvimos a expressão Brasil – O País do Futuro! Essa frase ecoou aos quatro cantos do nosso imenso território por muitos e muitos anos. Hoje, em pleno transcorrer do século XXI, esse verdadeiro mantra já não é tão pronunciado como antigamente. Motivo? A população está envelhecendo sem ver o país alcançar o futuro que tanto sonhou.
Em parte, por culpa dos péssimos gestores que são eleitos à revelia de seus currículos pobres, de suas antigas atuações em cargos que deveriam sinalizar para o eleitor que aquele voto não poderia ser consignado. Nossa classe política está com certeza no topo das piores do mundo, corrupção e falta de capacidade técnica são apenas alguns dos seus problemas.
Em parte, porque a sociedade brasileira vota e depois abandona completamente o processo democrático em que está inserido. Não cobra, não fiscaliza nem se importa com sua cidade, Estado e País. Acredita que a democracia começa e termina no ato de votar.
Após a ditadura militar (1964-1985) o país retomou a democracia, porém, os atores escolhidos pelo povo jamais conseguiram chegar próximo de algo que se assemelhe com progresso, desenvolvimento ou futuro. Não houve planejamento de médio e longo prazo, nem tampouco preocupações com ações pontuais de saneamento básico, educação, saúde e habitação popular.
Para culminar com essas administrações pífias, chegamos ao impeachment de Dilma Rousseff do PT, onde, foi afastada e seu vice permaneceu. Um erro crasso por vários motivos. A chapa é indissolúvel, os erros cometidos nas alegações da oposição deveriam ter sido imputados a ambos os governantes.
Com isso, ficou no poder o fraco, obtuso e suspeito de corrupção, Michel Temer, que nunca havia ocupado cargo no poder executivo, mas que sempre esteve como uma ostra agarrado ao poder, como se este fosse o casco de um navio nas profundezas do oceano.
Sua incapacidade salta aos olhos, e a escolha de sua equipe deixou claro que seriam privilegiados justamente aqueles que estavam mais entranhados nos crimes da Lava Jato. Dos seus ministros, treze eram investigados e seis já foram afastados por corrupção. Seus líderes no Senado e Câmara estão igualmente comprometidos com suspeitas junto a Lava Jato e a Justiça.
Nada fez no campo econômico, apesar de que os índices inflacionários recuaram, não por mérito, mas sim, por conta de uma tremenda recessão, que levou os consumidores a recuarem nas compras e nos parcelamentos no comércio. A indústria recupera-se de forma lenta e gradual, sem dar sinais de poder alçar voos maiores.
Os métodos utilizados para se livrar das denúncias desqualificando os delatores beira o ridículo. Mesmo neste momento, não abre mão de atitudes suspeitas como a compra de votos através de liberações bilionárias de emendas parlamentares, sem o devido filtro da equipe econômica.
Vivemos no Brasil um momento de desesperança porque percebemos que o país está perdido, sem rumo, sem políticos e sem lideranças calcadas em moral, ética e capacidade de reverter situações como a que enfrentamos nestes últimos anos.
A presença de Michel Temer no comando da Nação é uma afronta à inteligência e acaba favorecendo as quadrilhas que atuam de forma organizada em todo território nacional. Para complicar ainda mais, o Legislativo e uma parcela considerável do poder judiciário estão coniventes com a bandalheira e a imundice desse desgoverno chamado Temer.

Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

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