"O orçamento deve
ser equilibrado,
o Tesouro Público deve ser
reposto,
a dívida pública deve ser
reduzida,
a arrogância dos funcionários
públicos
deve ser moderada e controlada,
e a ajuda a outros países deve
ser eliminada,
para que Roma não vá à
falência.
As pessoas devem novamente
aprender a trabalhar,
em vez de viver à custa do
Estado".
Ano 55 a.C. Marco Túlio Cícero
Desde os
tempos da ditadura, ouvimos a expressão Brasil – O País do Futuro! Essa frase
ecoou aos quatro cantos do nosso imenso território por muitos e muitos anos.
Hoje, em pleno transcorrer do século XXI, esse verdadeiro mantra já não é tão
pronunciado como antigamente. Motivo? A população está envelhecendo sem ver o
país alcançar o futuro que tanto sonhou.
Em parte,
por culpa dos péssimos gestores que são eleitos à revelia de seus currículos
pobres, de suas antigas atuações em cargos que deveriam sinalizar para o
eleitor que aquele voto não poderia ser consignado. Nossa classe política está
com certeza no topo das piores do mundo, corrupção e falta de capacidade
técnica são apenas alguns dos seus problemas.
Em parte,
porque a sociedade brasileira vota e depois abandona completamente o processo democrático
em que está inserido. Não cobra, não fiscaliza nem se importa com sua cidade, Estado
e País. Acredita que a democracia começa e termina no ato de votar.
Após a
ditadura militar (1964-1985) o país retomou a democracia, porém, os atores
escolhidos pelo povo jamais conseguiram chegar próximo de algo que se assemelhe
com progresso, desenvolvimento ou futuro. Não houve planejamento de médio e
longo prazo, nem tampouco preocupações com ações pontuais de saneamento básico,
educação, saúde e habitação popular.
Para culminar
com essas administrações pífias, chegamos ao impeachment de Dilma Rousseff do
PT, onde, foi afastada e seu vice permaneceu. Um erro crasso por vários
motivos. A chapa é indissolúvel, os erros cometidos nas alegações da oposição
deveriam ter sido imputados a ambos os governantes.
Com isso,
ficou no poder o fraco, obtuso e suspeito de corrupção, Michel Temer, que nunca
havia ocupado cargo no poder executivo, mas que sempre esteve como uma ostra
agarrado ao poder, como se este fosse o casco de um navio nas profundezas do
oceano.
Sua
incapacidade salta aos olhos, e a escolha de sua equipe deixou claro que seriam
privilegiados justamente aqueles que estavam mais entranhados nos crimes da
Lava Jato. Dos seus ministros, treze eram investigados e seis já foram
afastados por corrupção. Seus líderes no Senado e Câmara estão igualmente
comprometidos com suspeitas junto a Lava Jato e a Justiça.
Nada fez no campo
econômico, apesar de que os índices inflacionários recuaram, não por mérito,
mas sim, por conta de uma tremenda recessão, que levou os consumidores a
recuarem nas compras e nos parcelamentos no comércio. A indústria recupera-se
de forma lenta e gradual, sem dar sinais de poder alçar voos maiores.
Os métodos utilizados
para se livrar das denúncias desqualificando os delatores beira o ridículo. Mesmo
neste momento, não abre mão de atitudes suspeitas como a compra de votos
através de liberações bilionárias de emendas parlamentares, sem o devido filtro
da equipe econômica.
Vivemos no
Brasil um momento de desesperança porque percebemos que o país está perdido,
sem rumo, sem políticos e sem lideranças calcadas em moral, ética e capacidade
de reverter situações como a que enfrentamos nestes últimos anos.
A presença
de Michel Temer no comando da Nação é uma afronta à inteligência e acaba
favorecendo as quadrilhas que atuam de forma organizada em todo território
nacional. Para complicar ainda mais, o Legislativo e uma parcela considerável
do poder judiciário estão coniventes com a bandalheira e a imundice desse
desgoverno chamado Temer.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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