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28 de abril de 2017

Um país dividido nas ruas e nas redes sociais!

"A democracia sobrevive quando a
inteligência do sistema compensa
a mediocridade dos atores"
Daniel Inneraty
          Desde 2002, quando Lula venceu as eleições contra José Serra do PSDB, para depois se reeleger graças à emenda de FHC do mesmo PSDB, e, ainda fazer sua sucessora Dilma Rousseff, o país vive uma crescente onda de ódio, intransigência e divisão política.
A vitória de Dilma em outubro de 2014, num segundo turno cravado de declarações odiosas de ambos os lados, reafirmou a todos que o país estava literalmente dividido. O resultado da eleição demonstra isso de forma inequívoca: Dilma obteve 54.501.118 de votos contra 51.041.155 obtidos por Aécio Neves do PSDB.
As acusações do uso eleitoreiro do Programa Social Bolsa Família, criado por coincidência pelo mesmo FHC, e os ataques aos pobres e nordestinos em geral, causou revolta e muitas discussões acaloradas na internet, em especial nas redes sociais.
Inconformados com a derrota, Aécio Neves e seu partido tentaram várias alternativas para impedir a gestão de Dilma. A primeira foi pedir recontagem de votos, alegando fraude. O processo foi julgado no TSE e arquivado por falta de conteúdo e provas.
Em seguida, o PSDB protocola no mesmo TSE um pedido de anulação da chapa Dilma/Temer, processo que nos dias atuais começou a ser apreciado pelo tribunal. Entretanto, entre o dia do protocolo dos documentos e a data atual, ocorreu um impeachment, que levou Temer ao poder com as mãos dadas com o mesmo PSDB.
Para culminar com o terceiro turno criado por Aécio e aliados, ele disse o seguinte:
“Aécio Neves afirmou em entrevista ao "La Nación" que o Brasil tem "uma presidente que já não governa mais, apenas cumpre os ritos constitucionais". Segundo Aécio, Dilma "entregou todo o poder aos membros de sua base aliada, ao PMDB, partido que depreciou durante seu primeiro mandato, e transferiu a condução política ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva". "Não acho que (Dilma) tenha cometido abuso de poder em benefício próprio, mas o sistema em que ela está foi organizada a partir desses jogos de manipulação que são corruptos”.
Interessante que após o Impeachment, Aécio e seu partido se atrelaram ao mesmo PMDB e aos mesmos corruptos que estavam na base aliada de Dilma. Juntos estão agora governando o Brasil, esqueceram tudo que criticaram no governo anterior, não desaparelharam o Estado, não fizeram uma só auditoria e não reformularam o Bolsa Família...
A única alteração foi à divulgação de que o PMDB, o PSDB, o DEM e outros partidos estão na Lista de Fachin para investigação do STF com relação à corrupção, sonegação e envio de dinheiro a paraísos fiscais com recursos ilícitos ou de Caixa 2.
Enquanto tudo isso ocorreu e está acontecendo no país, o povo brasileiro nas ruas e nas redes sociais permanece dividido, facilitando sobremaneira a atividade dos parlamentares e dos governantes. Não há união, pelo contrário, a divisão é latente entre os que apoiam e os que odeiam o PT.
No meio deste turbilhão insano, estão milhões de brasileiros que não pertencem a nenhuma destas duas correntes, não são filiados a partidos políticos, mas continuam sendo prejudicados pelo descaso do governo e pela omissão do Congresso Nacional, seguramente, a pior legislatura desde a instauração da república no país.
A internet possibilitou muitas coisas excelentes para nossa sociedade, porém, trouxe consigo, uma ralé que não lê, não está preocupada com a verdade, a ética e a honestidade. São os vândalos digitais, os xiitas das redes sociais que espalham inverdades, opiniões sem conteúdo, desprovidos de educação e conhecimento da história do pais.
É preciso, portanto, cuidado ao repassar posts, fatos e fotos publicadas nas redes sociais, sem antes checar a fonte e a veracidade das informações divulgadas. Assim, preserva-se a verdade e a ética num país desprovido da capacidade de pensar.
Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Graduado em Gestão Pública.

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