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28 de março de 2017

Pelegos!

“Política é a arte de conciliar
os interesses próprios,
fingindo conciliar o dos outros”.
Menotti Del Picchia

No Aurélio a definição para Pelego é: “Aquele que, nos sindicatos, trabalha sorrateiramente contra os interesses dos trabalhadores.” Nenhum país do mundo possui uma casta tão arraigada ao poder e aos recursos oriundos dos trabalhadores como o sindicalismo brasileiro.
 O Brasil convive com um sindicalismo que mantém os mesmos métodos de quando começou suas atividades na década de “40, sempre visando obter vantagens financeiras através de contribuições, taxas e benesses governamentais.
Como enormes baratas, sobreviveram ao getulismo, regime militar, nova república, era Collor, FHC, PT e agora chafurdam na lama do espólio do governo Dilma ao lado de Michel Temer.
Diante do espúrio projeto de reforma da previdência social, os membros das centrais sindicais aproximam-se do governo Temer na calada da noite para negociar apoio (Em nome dos trabalhadores) em troca da retomada da cobrança da contribuição assistencial (Paga pelos trabalhadores).
No último dia 21 de março, dirigentes da Força Sindical, presidida pelo ultra suspeito Paulinho da Força, reuniram-se com o ministro do trabalho Ronaldo Nogueira para costurar o acordo. No encontro, os dirigentes pediram que o presidente Temer edite uma medida provisória ou apoie no Congresso um projeto que regulamente a volta da nefasta contribuição assistencial.
Natureza: Também chamada de taxa assistencial, esta receita decorre das contribuições pagas pelos membros das categorias profissionais ou econômicas, filiadas ou não à entidade sindical que os representa. Portanto, uma vez instituída, é extensiva a toda a categoria representativa, tendo caráter compulsório.
O motivo do pedido, é que o STF em fevereiro proibiu a cobrança da taxa para os trabalhadores não sindicalizados. Para se ter uma ideia do que isso representa, somente em 2016, as Centrais, Sindicatos, Federações e Confederações arrecadaram a obscena quantia de R$ 3,5 bilhões.
Os representantes dizem que se não houver o recebimento da taxa, os sindicatos fecham. Será? Esse dinheiro mantém a estrutura das diretorias e custeia viagens ao exterior, refeições e encontros no país e no exterior. E os trabalhadores? Estrutura jurídica? Alguns parcos benefícios e o acesso a pousadas nas praias para lazer. Muito pouco se comparado à fortuna arrecadada por esta estrutura gigantesca montada ao longo das últimas décadas.
A Força Sindical tem o apoio nesta empreitada da União Geral dos Trabalhadores – UGT, Nova Central Sindical dos Trabalhadores – NCST e Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB. O trabalhador brasileiro não pode reclamar pela falta de representantes no país. Cada qual com seus sindicatos regionais, estaduais e uma sede nacional.
Milhares de empregos com bons salários ao contrário de quem eles representam. E o que é incompreensível, comandada por políticos cujos interesses sempre estiveram longe do alcance do trabalhador brasileiro.
Tanto isso é verdade, que esses pelegos estão ao lado da reforma da previdência que pode por uma pá de cal em cima dos sonhos dos assalariados brasileiros de um dia poderem se aposentar.

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