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26 de outubro de 2016

Ato falho ou inconsciente adormecido?

A tortura de uma consciência
culpada é o inferno do ser vivo.
John Calvin

A disputa pelo voto, no segundo turno em Belo Horizonte protagonizou no último debate entre os dois postulantes à prefeitura, uma daquelas frases que com certeza vão acompanhar o candidato até o fim de sua vida política.
Lá mesmo nas Gerais em tempos primórdios Paulo Maluf disse: “Estupra, mas não mata a mulher”. Isso lhe rendeu muitas dores de cabeça e vários pontos no ibope na eleição seguinte.
Agora em BH, Alexandre Kalil (PHS-MG) que disputa a prefeitura contra João Leite (PSDB), disse o seguinte: “Eu devo para o Sr. Geraldo [Ex-empregado], sim, mas essa mão aqui é limpa”. “Falou que eu roubo... Eu roubo, mas não peço propina em Furnas”, concluiu brilhantemente o candidato.
A frase inusitada do candidato Kalil acabou viralizando na internet e despertando reações diversas nas redes sociais. Seria um simples ato falho? Ou seria o inconsciente adormecido do candidato, aflorando em plena campanha no mais inusitado momento?
É fato, que a empresa de Alexandre Kalil - Erkal Engenharia deve ao FGTS a soma de R$ 1,3 milhão. Além de possuir mais de 2.000 títulos protestados em cartórios da capital mineira.
O que leva o eleitor mais atento a questionar se Kalil poderia mesmo ser um bom administrador público mesmo sendo um devedor de FGTS de sua empresa e, portanto péssimo administrador privado?
Um ex-dirigente de futebol que é um empresário praticamente falido concorre ao cargo mais importante das Minas Gerais, a terceira maior capital do país. Os partidos políticos se baseiam na memória fraca dos eleitores, e na falta de informação que os mesmos possuem, para colocar candidatos que não representam o anseio da sociedade.
Aproveitando o fato de usar um dirigente do clube de grande torcida nas Minas Gerais, o PHS tenta sair no lucro com a possibilidade de fazer um prefeito de uma das grandes capitais do país.
O eleitor mineiro de BH, que votar em Kalil, já sabe antecipadamente que ele jamais receberá propinas durante seu mandato, entretanto, ficará para sempre na dúvida se ele vai roubar ou não... O futuro dirá!
E disse, com o final das apurações no segundo turno o Prefeito de Belo Horizonte será Alexandre Kalil, que obteve 52,98% dos votos contra 47,02% do candidato João Leite. Para quase 53% dos eleitores provavelmente foi apenas um ato falho. Segue a vida...
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1877068-apos-pregar-chega-de-politico-na-eleicao-kalil-agora-diz-que-e-politico.shtml

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