Seguidores

24 de julho de 2016

Desmonte - Estradas, Segurança, Escolas, Universidades e agora a Saúde!

Se você planta a tragédia, você colhe o fracasso.
Se você planta o positivo, você colhe o sonho realizado.
Jaime Lerner

O governo do PSDB está no poder em SP desde 01 de janeiro de 1995. Neste longo período, ousou pouco, errou muito, mas consegue mesmo assim iludir com maestria o eleitorado do maior Estado da Nação eleição após eleição.
As coincidências nas gestões tucanas são o alto gasto com publicidade, a demora da conclusão das obras licitadas, o fato de nunca ter uma CPI levada a cabo na ALESP e o desmonte de alguns serviços ao longo destes anos.
O MP estranhamente não atua com o mesmo rigor em SP, assim como o faz em outros Estados comandados por partidos diferentes do PSDB. Senão vejamos: Cartel dos Trens, Desvios de recursos da Merenda, Fraudes em Licitações da PM, Composições de Metrô sendo sucateadas, etc.
O começo da gestão em 1995 tratou de terceirizar as estradas existentes, construídas pelo governo militar na década de 70 e 80. As praças de pedágio proliferaram e trouxeram ganho fácil para os empreiteiros amigos dos tucanos. Em contrapartida, todas as demais estradas vicinais não pedagiadas estão em péssimas condições de sinalização, capa asfáltica e segurança.
O preço do pedágio nas estradas paulistas é uma aberração, um dos valores mais altos do mundo. Os preços estão à disposição no link a seguir: http://www.emsampa.com.br/page12.htm Somente na Via Anchieta que liga SP ao Litoral de Santos o valor é R$ 50,40 ida e volta.
Depois começou o lento e gradual desmonte da segurança pública. O governo do Estado reduziu drasticamente o efetivo policial civil e militar, incluindo a Polícia Rodoviária Estadual.
Em Bauru, por exemplo, existem menos de 12 investigadores para atender uma população de quase 400 mil habitantes. O Estado compra veículos novos, mas esquece de que eles precisam de seres humanos treinados e bem remunerados para atuar no policiamento preventivo e ostensivo das cidades.
O salário dos membros de ambas as corporações são menores que os de muitos policiais de Estados menores do Norte e Nordeste. Falta investimento em unidades do IML, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica e demais áreas que englobam a segurança do Estado.
No ano passado o governador Alckmin começou o fechamento de escolas do ensino fundamental e médio. Sob o nome de reestruturação das escolas a Secretaria de Educação planejava fechar mais de cem escolas espalhadas pelo Estado. O movimento parou em virtude da reação dos jovens alunos que invadiram suas escolas em busca de diálogo.
Entretanto, os professores, diretores e demais funcionários das escolas estaduais são tratados como indigentes pelo estafe do governador. Reajustes salariais são sempre abaixo da inflação e muito aquém do merecimento pela importância da função que os professores possuem em qualquer lugar do mundo civilizado.
Existem escolas onde faltam merendas, materiais escolares e até papel higiênico nos banheiros. O discurso é de escolas britânicas, mas a realidade está perto de nações como Zimbábue, Senegal e Bangladesh.
Neste mesmo diapasão estão às três Universidades Públicas do Estado de SP (USP, Unicamp e UNESP), as maiores do país e da América do Sul. Atravessam no momento estado de calamidade publica, sucateadas pela indiferença do governo tucano e daqueles que foram colocados na função de reitores destas universidades.
O governador se esquiva da discussão e sempre que questionado finge que o ensino superior não faz parte do seu governo. Faltam recursos para pesquisas, qualidade de ensino e incentivo para centenas de professores com graduação acima da média nacional poder exercer suas atividades com respeito, tranquilidade e motivação.
Neste último ano a Saúde Pública começa a sofrer o mesmo problema no Estado de SP. Vagas em leitos hospitalares estão desaparecendo aos poucos. Faltam equipamentos e profissionais em muitos hospitais.
Em Bauru, o Hospital Manoel de Abreu foi fechado para uma suposta reforma, entretanto, ninguém na cidade viu o projeto desta reforma. O local está fechado há dois meses e os cidadãos estão privados de quarenta leitos num momento em que a necessidade é imperiosa de novas vagas.
Até o Centrinho – Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais que é uma referência nacional está sendo vitima do descaso e da política de economia sem sentido do governo estadual. Houve uma redução de cirurgias, internações e isso tem provocado uma enorme preocupação na sociedade.
A impressão que fica é de que o governador quer economizar recursos à custa do sacrifício dos contribuintes que pagam pesados tributos e não conseguem serviços de qualidade. Ao mesmo tempo em que perdoa uma divida de R$ 110 milhões de reais da empresa Alstom que estava envolvida no Cartel dos Trens em SP...

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.

Nenhum comentário: