Se você planta a tragédia, você colhe o fracasso.
Se você planta o positivo, você colhe o sonho
realizado.
Jaime
Lerner
O governo do PSDB está no poder em SP
desde 01 de janeiro de 1995. Neste longo período, ousou pouco, errou muito, mas
consegue mesmo assim iludir com maestria o eleitorado do maior Estado da Nação
eleição após eleição.
As coincidências nas gestões tucanas
são o alto gasto com publicidade, a demora da conclusão das obras licitadas, o
fato de nunca ter uma CPI levada a cabo na ALESP e o desmonte de alguns serviços
ao longo destes anos.
O MP estranhamente não atua com o
mesmo rigor em SP, assim como o faz em outros Estados comandados por partidos
diferentes do PSDB. Senão vejamos: Cartel dos Trens, Desvios de recursos da
Merenda, Fraudes em Licitações da PM, Composições de Metrô sendo sucateadas,
etc.
O começo da gestão em 1995 tratou de
terceirizar as estradas existentes, construídas pelo governo militar na década
de 70 e 80. As praças de pedágio proliferaram e trouxeram ganho fácil para os
empreiteiros amigos dos tucanos. Em contrapartida, todas as demais estradas
vicinais não pedagiadas estão em péssimas condições de sinalização, capa
asfáltica e segurança.
O preço do pedágio nas estradas
paulistas é uma aberração, um dos valores mais altos do mundo. Os preços estão à
disposição no link a seguir: http://www.emsampa.com.br/page12.htm Somente na
Via Anchieta que liga SP ao Litoral de Santos o valor é R$ 50,40 ida e volta.
Depois começou o lento e gradual
desmonte da segurança pública. O governo do Estado reduziu drasticamente o
efetivo policial civil e militar, incluindo a Polícia Rodoviária Estadual.
Em Bauru, por exemplo, existem menos
de 12 investigadores para atender uma população de quase 400 mil habitantes. O
Estado compra veículos novos, mas esquece de que eles precisam de seres humanos
treinados e bem remunerados para atuar no policiamento preventivo e ostensivo das
cidades.
O salário dos membros de ambas as
corporações são menores que os de muitos policiais de Estados menores do Norte
e Nordeste. Falta investimento em unidades do IML, Corpo de Bombeiros, Polícia
Científica e demais áreas que englobam a segurança do Estado.
No ano passado o governador Alckmin
começou o fechamento de escolas do ensino fundamental e médio. Sob o nome de
reestruturação das escolas a Secretaria de Educação planejava fechar mais de
cem escolas espalhadas pelo Estado. O movimento parou em virtude da reação dos
jovens alunos que invadiram suas escolas em busca de diálogo.
Entretanto, os professores, diretores
e demais funcionários das escolas estaduais são tratados como indigentes pelo
estafe do governador. Reajustes salariais são sempre abaixo da inflação e muito
aquém do merecimento pela importância da função que os professores possuem em
qualquer lugar do mundo civilizado.
Existem escolas onde faltam merendas,
materiais escolares e até papel higiênico nos banheiros. O discurso é de
escolas britânicas, mas a realidade está perto de nações como Zimbábue, Senegal
e Bangladesh.
Neste mesmo diapasão estão às três
Universidades Públicas do Estado de SP (USP, Unicamp e UNESP), as maiores do
país e da América do Sul. Atravessam no momento estado de calamidade publica,
sucateadas pela indiferença do governo tucano e daqueles que foram colocados na
função de reitores destas universidades.
O governador se esquiva da discussão e
sempre que questionado finge que o ensino superior não faz parte do seu
governo. Faltam recursos para pesquisas, qualidade de ensino e incentivo para
centenas de professores com graduação acima da média nacional poder exercer
suas atividades com respeito, tranquilidade e motivação.
Neste último ano a Saúde Pública
começa a sofrer o mesmo problema no Estado de SP. Vagas em leitos hospitalares
estão desaparecendo aos poucos. Faltam equipamentos e profissionais em muitos
hospitais.
Em Bauru, o Hospital Manoel de Abreu
foi fechado para uma suposta reforma, entretanto, ninguém na cidade viu o
projeto desta reforma. O local está fechado há dois meses e os cidadãos estão
privados de quarenta leitos num momento em que a necessidade é imperiosa de
novas vagas.
Até o Centrinho – Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais que é uma referência nacional está
sendo vitima do descaso e da política de economia sem sentido do governo
estadual. Houve uma redução de cirurgias, internações e isso tem provocado uma enorme
preocupação na sociedade.
A impressão que fica é de que o
governador quer economizar recursos à custa do sacrifício dos contribuintes que
pagam pesados tributos e não conseguem serviços de qualidade. Ao mesmo tempo em
que perdoa uma divida de R$ 110 milhões de reais da empresa Alstom que estava
envolvida no Cartel dos Trens em SP...
Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.
Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.
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