Seguidores

14 de maio de 2016

Um começo nada promissor!

Tem políticos que aspiram tornar-se Mickey Mouse...
Ser tão encantador que as pessoas
esqueçam que eles são ratos.
Autor desconhecido

Começou neste dia 12 de maio de 2016, o governo provisório de Michel Temer, denominado por seus homens de marketing como “Governo da Salvação”, cujo logotipo é a bandeira nacional estilizada com as palavras Ordem e Progresso.
A escolha de sua equipe de governo deixou de lado mulheres, negros e foi recheada de velhos políticos da nossa combalida escória partidária. Nenhuma surpresa, nem nomes oriundos da ciência, das universidades, que pudessem dar um pouco mais de esperança ao povo brasileiro.
Dentre os nomes do chamado “mais do mesmo” da política rasteira do Brasil, Temer caprichou na busca por gente que deve muito à justiça do nosso país. Isso sinaliza que nem as recentes prisões e investigações assustam alguns políticos e partidos brasileiros. Dentre estes chama a atenção os seguintes escolhidos por Temer e seus partidos aliados:
O novo ministro da Agricultura é Blairo Borges Maggi (PP-MT) considerado pelos ambientalistas como um dos maiores promotores do desmatamento e destruição da Floresta Amazônica. Apelidado de Motosserra ele não tem escrúpulos e teve a coragem de criar o Programa MT Legal, que visava estimular a regularização e legalização fundiária, algo que obviamente não realizou.
É sua a famosa frase: "Para mim, um aumento de 40% no desmatamento não significa nada; não sinto a menor culpa pelo que estamos fazendo aqui. Estamos falando de uma área maior que a Europa toda e que foi muito pouco explorada. Não há razão para se preocupar”. Será esse senhor que cuidará da política de agricultura do Brasil neste governo da Salvação Nacional.
Outro nome emblemático da equipe de Temer é o de seu Secretario de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), político que assim como outros da equipe esteve nas gestões petistas de Lula ou Dilma. Geddel ocupou o cargo de Ministro da Integração Nacional na segunda gestão de Lula entre 2007 e 2010. Período em que privilegiou seu Estado natal com 90% (Noventa por cento das verbas liberadas).
Por liberar essas verbas, Geddel foi acusado de favorecimento, mas todas as acusações foram desmentidas pelo presidente Lula. Que amigo hein? Em troca Lula se manteve distante do processo eleitoral na Bahia.
Mas o grande desempenho de Geddel foi no escândalo envolvendo os chamados "Anões do orçamento", descoberto em 1993, em que parlamentares manipulavam emendas orçamentárias com a criação de entidades sociais fantasmas ou participação de empreiteiras no desvio de verbas.
O esquema era comandado pelo deputado baiano José Alves, que ficou conhecido por afirmar ter ganhado 56 vezes na loteria em 1993. Geddel era apoiado pelo político de João Alves e foi responsável pela liberação de várias emendas para ele. Foi também acusado de ter recebido verba de empreiteiras.
Outro ministro escolhido pelo governo da Salvação Nacional foi Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo, onde estava até poucas semanas atrás na gestão de Dilma Rousseff.
Henrique Alves teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato a partir dos termos de colaboração do doleiro Alberto Youssef e passou a ser investigado pelo MPF, estando presente na lista do PGR, conhecido popularmente como lista de Janot. 
Em 15 de dezembro de 2015, uma nova fase da Lava Jato, batizada de Operação Catilinárias, o STF, através do ministro Teori Zavascki autorizou buscas pela Polícia Federal na casa de Henrique Alves. É mais um que a corrupção não cola e tem imunidade Mega Blaster na esfera do STF e da Justiça. Assim como tantos outros delatados que nunca foram ouvidos na PF, nem no STF.
Para não me alongar muito vou citar o novo Ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações Gilberto Kassab do PSD-SP. Era aliado e braço direito do PT, mas de repente resolveu mudar e apoiar o outro lado da força. Força que imediatamente após o impeachment lhe dá um ministério para ocupar.
Kassab foi acusado de irregularidades sobre a origem de seu patrimônio, que aumentou 316% acima da inflação (de R$ 102 mil para R$ 985 mil), de 1994 a 1998, período em que exerceu o cargo de deputado estadual e de secretário de planejamento do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Já o patrimônio declarado no ano de 2008 era de R$ 5.107.628,31.
Em 2004, a juíza Maria Gabriella Sacchi, da 11ª Vara da Fazenda Pública, determinou a quebra dos sigilos bancários do então candidato a vice-prefeito na chapa de José Serra (PSDB), sob a acusação de enriquecimento ilícito. Em 2005, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo confirmou arquivamento do inquérito de enriquecimento ilícito contra o vice-prefeito.
Em 20 de fevereiro de 2010, o juiz da 1ª zona eleitoral de São Paulo, cassou os mandatos de Kassab e da vice-prefeita Alda Marco Antônio por entender como ilegais as doações feitas pela Associação Imobiliária Brasileira (AIB), construtoras e Banco Itaú, mas, no dia seguinte, garantiu a permanência do prefeito de São Paulo até o julgamento final do processo de cassação de seu mandato. As doações ilegais somariam dez milhões de reais. As empreiteiras patrocinadoras teriam recebido 243 milhões de reais em contratos já pagos pela prefeitura desde 2009.
Nota-se que as acusações são muitas e as atuações da Justiça são sempre excessivamente benevolentes e imorais com essa gente que usa seus cargos e poder político para se safar de penas de todo tipo. Para que serve mesmo a Lei da Ficha Limpa?
No total são 13 investigados premiados com o voto de confiança de Temer e a nomeação para um ministério da Salvação nacional. Deus nos ajude e proteja!

Nenhum comentário: