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20 de maio de 2016

Incoerência!

Aqueles que odiavam o PT, Lula e principalmente Dilma, estão vivendo nestes dias uma situação embaraçosa. O governo Temer que muitos dizem ser ilegítimo e golpista, ou que na melhor das hipóteses é fruto de uma ação traiçoeira de quem era parceiro e cúmplice até alguns meses atrás está começando com o pé esquerdo sua gestão.
Mesmo tendo arquitetado sua ascensão ao poder com muito tempo e calma, Temer nomeia um ministério que não condiz com o clamor das ruas. Afinal, os manifestantes e batedores de panelas alegavam serem contra a corrupção no país.
A corrupção está presente na nova equipe de governo através de: Políticos citados na Operação Lava Jato que viraram ministros e ganharam foro privilegiado; O novo ministro dos Transportes é suspeito de desvio de verba de merenda escolar;
O Itamaraty fornece passaporte diplomático a pastor citado na Lava Jato; O Brasil tem pela primeira vez um presidente acusado de ser ficha suja; Gilmar Mendes [quem mais?] reenvia processo contra Aécio Neves à Procuradoria-Geral da República em menos de 24 horas; O novo líder do governo na Câmara é acusado de homicídio.
Além desse fator, resta-nos a frustração para quem imaginava que o governo Temer fosse desaparelhar as estatais, enxugar a máquina governamental, demitir milhares de ocupantes de cargos comissionados proporcionando enorme economia às finanças do país. Nada disso está acontecendo nestes primeiros dias de Temer. A demonstração inequívoca de que está perdido e nas mãos de políticos e partidos sem escrúpulos fica a cada momento mais notório.
Não encontrar mulheres e negros competentes num país de 200 milhões de habitantes é o menor dos problemas de Temer. Postar um logo que seu filho de sete anos escolheu com a imagem da época de 1964, quando não haviam ainda cinco novos Estados também é superável, porém, ser incapaz de nomear especialistas nos assuntos técnicos é imperdoável.
Nossos políticos, e Temer se inclui nessa casta, não conseguem enxergar solução sem loteamento de cargos, sem trocas de favores, sem que haja uma situação vantajosa para eles independentemente do que sobrar para o povo.
Quem queria o fim da corrupção ou apenas a saída do PT, terá de conviver com a sombra de um governo fraco, omisso, perturbado pelas acusações de parte da sociedade que continua rachada, mas que vai cobrar sem dó as ações prometidas antes do impeachment.
Em meio a esse turbilhão, existe um congresso nacional podre, submisso às propinas e as acusações de leviandade de toda espécie. Um grupo de parlamentares dos mais fracos que se tem notícia na democracia nacional. Eles certamente não estão, nem nunca estiveram preocupados com a economia, a gestão pública e a sociedade que os sustenta. Portanto, se for contar com eles, Temer irá pelo mesmo caminho que sua antecessora. Afinal, nem Michelzinho, filho de Temer com sete aninhos de vida confiaria nessa escória que ocupa um mandato no Congresso Nacional.     

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