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12 de dezembro de 2015

A vitória da participação política dos jovens em SP!

Antes de falar, escute. Antes de escrever, pense.
Antes de gastar, ganhe. Antes de julgar, espere. 
Antes de rezar, perdoe. Antes de desistir, tente. 
Autor desconhecido


Constantemente ouvimos criticas a omissão e quase alienação da juventude em relação as coisas do nosso país. Não é difícil entender as razões deste distanciamento. O filósofo grego Aristóteles (384 a.C - 322 a.C) disse que o jovem em geral, não é bom ouvinte acerca dos assuntos relacionados à política, pois ela trata dos temas práticos da vida, acerca dos quais a juventude, em princípio, não tem muita experiência e nem conhecimento teórico, o que impede o surgimento espontâneo de interesse, já que ninguém tem apreço por assuntos que lhe são distantes e obscuros.
A ausência sistemática de um tema ao longo da juventude, quando está em formação a personalidade, os hábitos e interesses que moldam o indivíduo tende a perpetuar-se pela vida, transmutando-se em um traço cultural enraizado no caráter da pessoa e de difícil modificação.
O próprio Aristóteles arremata dizendo que “não faz diferença que se seja jovem em anos ou no caráter; o defeito não depende da idade, mas do modo de viver (...)”. Quem vive totalmente apartado de um tema ao longo da juventude, tem grande dificuldade para romper o distanciamento ao longo da maturidade.
Pois, em pleno século XXI em São Paulo alguns jovens estudantes do ensino público estadual contrariaram a tese de Aristóteles. Descontentes com a imposição autoritária do governador do Estado acerca de uma chamada “Reorganização da Educação”, que na verdade tinha a intenção de fechar algumas unidades e separar alunos por ciclos, trazendo aos alunos, pais e professores enormes prejuízos. Eles reagiram a altura contra à medida que já estava em andamento pela Secretaria da Educação.
O experimentado Geraldo Alckmin (PSDB), em seu quarto mandato à frente do Estado de São Paulo, parece ter aprendido só nesta sexta-feira (4) algo básico a respeito de governos democráticos: nem sempre a população aceitará políticas públicas impostas de cima para baixo, sem o devido debate e um mínimo de transparência.
Os alunos tomaram posse daquilo que na verdade pertence a eles – As Escolas. Fizeram uma pauta mínima de exigências para que se atendidas pudessem colocar fim as ocupações em quase 150 escolas paulistas.
Os próprios alunos rechaçaram a presença de partidos políticos, sindicatos e demais organismos ligados a política rasteira e corrupta do país. Assim, com o apoio de seus pais, dos professores e de uma boa parcela da sociedade exerceram o sagrado direito da participação política.
Lograram uma significativa vitória quando conseguiram que mais de dois meses após anunciar sua intenção de reorganizar a rede de ensino paulista, Alckmin via-se obrigado a suspender o plano. Tomou a decisão pressionado pelo desmoronamento de seus índices de popularidade e pelos rumorosos protestos estudantis.
Às vésperas de se reeleger, no ano passado, o governador ostentava aprovação de 48%, segundo o Datafolha; na pesquisa ora divulgada, a taxa caiu para 28%. Além disso, as manifestações contra a proposta do governo vinham se espraiando, com bloqueios de vias e, sobretudo invasão de escolas.
A iniciativa dos jovens paulistas deve ser estendida a todos em nosso país, a constituição federal nos garante direitos que muitas vezes são esquecidos. É preciso tomar dos políticos as rédeas deste jogo perverso em que somente eles ganham, lucram e levam a sociedade ao prejuízo constante. Parabéns Alunos do Ensino Fundamental e Médio de São Paulo.

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